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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

NOSSA SENHORA SÓ TEVE UM FILHO: JESUS. JESUS NÃO TEVE IRMÃOS CARNAIS



Maria é descrita nos Evangelhos como sendo apenas a Mãe de Jesus e não a Mãe dos irmãos de Jesus:

"Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? e não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele."
Marcos 6,3

" E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia; e estava ali a mãe de Jesus.
E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas."
João 2,1-2

"Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.
Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa."
João 19,26-27

O Evangelho de São Lucas nos diz que Jesus não tinha irmãos e a família de Nazaré eram apenas Jesus, José e Maria:

" Ora, todos os anos iam seus pais a Jerusalém à festa da páscoa;
E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa.
E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o soube José, nem sua mãe."
Lucas 2,40-43

"E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa.
E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o soube José, nem sua mãe.
Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia, e procuravam-no entre os parentes e conhecidos;"
Lucas 2,41-44

"E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no seu coração todas estas coisas."
Lucas 2,51



 Os irmãos de Jesus descritos no Evangelho (Mc 6,3; Mt 13,55) eram filhos de outra Maria.

Tiago e José, descritos como irmãos do Senhor, eram filhos de outra Maria (Mateus 27,56; Marcos 16,1) (talvez a mulher de Cléofas descrita em Jo 19,25). Tiago e Judas  são descritos como filhos de Alfeu (Mateus 10,3; Atos 1,13).

Judas é descrito como sendo irmão de Tiago (Lucas 6,16; Atos 1,13; Judas 1,1). Logo, eram todos irmãos, filhos de outra Maria e de Alfeu.

Simão é o único que não é descrito como tendo um pai ou mãe, mas podemos concluir que também era primo de Jesus, assim como os demais.


A expressão "Irmãos de Jesus" na verdade quer dizer PRIMOS DE JESUS. Não havia a palavra primo em aramaico na época de Jesus. O irmão significava não só o filho do mesmo pai e da mesma mãe, como também primos.
Há várias passagens bíblicas que mostram o termo irmão no sentido de parente ou primo (Gn 13,8; Gn 31,22-23; Ex 2,11; Jz 9, 1-3; I Cr 15,1-5; I Cr 23,21-22; II Cr 36,10).
Quando o Evangelho foi escrito em grego, os evangElistas continuaram usando o termo irmão no sentido aramaico.
São Paulo usa o mesmo termo em grego "αδέλφοι " (I Cor 15,6) para falar de irmãos na fé.






quarta-feira, 8 de maio de 2013

ADELPHOS - OS IRMÃOS DE JESUS ERAM SEUS PRIMOS - PROVAS BÍBLICAS E DA TRADIÇÃO DA IGREJA






O USO DA PALAVRA IRMÃO E PRIMO NO NOVO TESTAMENTO:


Carecemos de muita informação sobre o uso das palavras “primos” e “irmãos” no Novo Testamento. 

Vamos a um detalhado estudo sobre as línguas da Bíblia:

A Bíblia começou a ser escrita mais de 1000 anos antes de Cristo na língua hebraica, pois esta era a língua falada na Palestina até o povo de Deus sofrer o cativeiro de cinqüenta anos na Babilônia em 586 a.C.

Após o cativeiro, parte do povo que voltou para a sua terra começou a falar o aramaico; a outra parte de judeus imigrou para o Egito onde começou a falar o grego.

Mas a Bíblia continuou a ser lida e copiada em hebraico, sua língua original. 

Por volta do ano 300 antes de Cristo, o grego havia se tornado a nova língua do comércio e invadiu o mundo daquele tempo.


Então, por volta do ano 250 antes de Cristo, os judeus que estavam no Egito desde o fim do cativeiro já não sabiam mais o hebraico e nem o aramaico, tendo dificuldades para ler a Sagrada Escritura.


Para resolver a questão, um grupo de setenta e dois sábios judeus (seis de cada tribo de Israel) se reuniu em Alexandria (Egito) e pegaram todo o Texto Sagrado escrito na esquecida língua hebraica (com partes em aramaico) e o traduziram para o grego, formando assim a chamada Bíblia dos Setenta ou Septuaginta.


Esta tradução grega tornou-se o referencial dos Apóstolos e dos primeiros cristãos na confecção do Novo Testamento que também foi escrito em grego.



Entendido isso, vamos agora saber o que houve com a palavra irmão ao ser traduzida do hebraico (língua original) para o grego (língua agora mais usada).


Na língua hebraica a palavra irmão se escreve ’āh e significa filhos dos mesmos pais, mas poderia significar também outros parentes, porque não existe variedade de palavras hebraicas para designar a parentela.

Quando se traduziu a Sagrada Escritura para o grego, o termo grego usado para traduzir ’āh (irmão ou parente em hebraico) foi αδέλφος (lê-se adelphós), que é irmão em grego e significa exatamente: “nascidos do mesmo útero”.

Com esta tradução, αδέλφος recebeu também um significado mais amplo do que apenas nascidos do mesmo útero, pois αδέλφος passou na tradução a ser’āh (irmão ou parente).

Precisamos agora investigar até onde os semitas utilizavam αδέλφος para podermos estabelecer o grau de parentesco desses αδέλφοι (irmãos – lê-se adelphoi) com Jesus.



No grego se designa com essa palavra especificamente o irmão carnal, ou pelo menos o meio irmão.


Mas existem exceções como um antigo documento chamado Marco Aurélio 1,14,1; assim como numerosos textos de papiros egípcios, onde, da mesma forma como na tradução grega do Antigo Testamento, os filhos dos irmãos (sobrinhos) ou mesmo primos são chamados de αδέλφος, ou seja, irmão.



Veja o exemplo de I Crônicas 23,21-22:



“Filhos de Mooli: Eleazar e Cis. Eleazar morreu sem ter filhos, mas somente filhas, que se casaram com os filhos de Cis, seus αδέλφοι (irmãos)”,


o texto deveria ser:


“…se casaram com os filhos de Cis, seus primos”.


Leia também Gn 13,8; Gn 31,22-23; Ex 2,11; Jz 9, 1-3; I Cr 15,1-5; I Cr 23,21-22; II Cr 36,10.



Apesar dos autores do Novo Testamento terem tido a possibilidade de usar termos específicos existentes no grego para designar a parentela como ανεψιός (primo, lê-se anepsiós) ou συγγενης (parente, lê-se sungenees), os utilizaram muito pouco.


Isso por dois motivos:


eles tiveram como referência a tradução grega do Antigo Testamento e nesta tradução αδέλφος engloba toda a parentela;



e também tendo eles tido a pobre língua hebraica como língua original, não se importavam muito com a exatidão dos termos da língua grega.



Isso notamos, por exemplo, quando São Paulo escreve em grego:


“Em seguida, o Senhor apareceu a mais de quinhentos αδέλφοι (irmãos) de uma vez” (1ª Cor 15,6).



Com certeza São Paulo não dizia que estes mais de quinhentos irmãos eram nascidos do mesmo útero, mas sim usava αδέλφοι na sua amplitude maior.



Para comparação temos o fato de que a palavra portuguesa saudade não tem tradução em muitas línguas.



Esta palavra quer dizer exatamente lembrança triste do que ou de quem está distante.


Então vamos ao exemplo: como o inglês é uma das línguas onde não existe o termo exato para designar saudade, se usam termos com outros significados, mas que ganham uma amplitude para englobar saudade.


Então se alguém escrevendo em inglês quiser escrever saudade, esta pessoa utilizará (entre outras) a palavra longing que primeiramente quer dizer: ânsia/desejo intenso de algo inacessível no momento.


Ao traduzir esse texto para o português onde se procure ser fiel ao original (como foi o caso da Septuaginta) o tradutor traduzirá longing com sua designação inicial, ou seja, ânsia/desejo, apesar de existir na língua portuguesa o termo específico para designar saudade.


Deste modo, a tradução ânsia/desejo terá um alargamento onde se englobará também saudade, do mesmo modo como αδέλφος passou a ter outros significados na tradução grega e, daí, no costume semítico.


Assim percebemos que nem sempre αδέλφος quer dizer filhos do mesmo útero como foi proposto.









A Sagrada Família é apenas Jesus, Maria e José, como nos descreve São Lucas na ida ao Templo de Jerusalém e São João, em seu Evangelho, ao dizer que Jesus entregou sua Mãe aos cuidados do discípulo amado e não de um outro possível filho carnal como seria obrigação dele pela lei de Moisés.


Dados objetivos, mencionando as passagens bíblicas onde 

aparece a expressão “irmãos de 

Jesus”:


1. Mc 3,20-21.31-35: a mãe de Jesus, os seus irmãos 

e irmãs vêm encontrar Jesus, pois crêem que tenha 

enlouquecido. Jesus, ao invés, redefine o conceito de 

família.



2. Mc 6,3-5: as pessoas se perguntam sobre a origem 

do comportamento de Jesus (de onde?), invés os 

seus conterrâneos sabem bem de onde ele vem: 

conhecem os seus irmãos e sua mãe por nome e as 

irmãs estão entre eles.



3. Jo 2,12, depois das bodas de Caná, diz que Jesus 

se encontra em Cafarnaum, com sua mãe, seus 

irmãos e seus discípulos. Em Jo 7,3.5.10 se sublinha 

a distância que existe entre Jesus e seus irmãos: não 

são do mesmo mundo.



4. Nos Atos e em Paulo os irmãos de Jesus aparecem 

como membros importantes da primeira comunidade 

cristã. Atos 1,14 conta que entre os membros da 

comunidade de Jerusalém estavam a mãe e os irmãos 

de Jesus. Em 1Cor 9,5 os irmãos do Senhor são 

colocados entre os apóstolos e Cefas, como líderes da 

comunidade cristã. Em Gálatas 1,19 é lembrada a 

visita de Paulo a Jerusalém, onde, além de Cefas, 

encontrou Tiago, o irmão do Senhor.



É importante sublinhar, repetindo, que o termo grego 

usado nessas passagens é ‘adelfós’, que literalmente 

significa ‘irmão’. 

Todavia esse dado não basta para abaixar a poeira.



Existe, de fato, diversas explicações sobre

 expressão



Elencamos algumas:

1. Primos por parte de pai



Essa tese se baseia no trabalho de Eusébio de 

Cesaréia. De acordo com esse padre da igreja, os 

irmãos de Jesus podem ser identificados com os filhos 

de Alfeu-Cleofas, tio paterno de Jesus, e sua esposa, 

Maria de Cleófas. 


Portanto ‘adelfós’ significaria primo de primeiro 

grau.



Os defensores de tal tese 

dizem que  não se trata de argumentos a posteriori, 

que tentam 

defender o dogma da igreja católica, mas 

conseqüência da aplicação do método 

histórico-crítico.


O defensor clássico dessa tese é Jerônimo, autor da 

Vulgata, que, respondendo a Elvídio, que dizia que os 

‘irmãos’ eram ‘irmãos carnais’, diz: 


“Tiago, chamado 

irmão do Senhor, chamado o Justo, alguns dizem que 

era filho de José com uma outra mulher, mas creio ser 

filho de Maria, irmã da mãe do Nosso Senhor, de 

quem João fala no seu Evangelho”. 



Em linhas gerais 

se pode dizer que também Lutero defendia essa tese. 



Lemos, em Sermão sobre João: “Cristo foi o único 

filho de Maria, e a virgem Maria não teve outros filhos 

além dele. ‘Irmãos’ significa na realidade ‘primos’, pois 

as Sagradas Estrituras e os judeus chamam sempre 

irmãos os primos... Cristo, o nosso salvador, foi o 


fruto real e natural do seio virgem de Maria... Isso 

aconteceu sem a cooperação do homem e Maria 

continuou virgem também depois”. 



Também Calvino escreve: 


“Segundo o costume judeu, chamam-se 

irmãos todos os parentes. Contudo Elvídio foi 


ignorante quando disse que Maria teve diversos filhos 

por que em algum lugar se menciona ‘irmãos de 

Cristo’” (Comentário a Mateus, 13.55).



Os críticos dessa teoria são sobretudo os 

protestantes que, diferente de Lutero e Calvino, 

entendem ‘adelfós’ como ‘irmão’ no sentido carnal e 

não ‘primo’.




A tradição da Igreja sempre viu Santa Maria de Cleofas, como irma de Nossa Senhora, Tia de Jesus e Mãe dos irmãos do Senhor: Tiago, José, Simão e Judas.





2. Primos por parte de pai e de mãe



É uma tese do exegeta alemão Josef Blinzler. 


Ele diz  que Tiago e José são filhos da irmã da 

mãe de Maria, 

que também se chama Maria; Invés Simão e Judas 

são filhos de Cleofas, irmão de José esposo de 

Maria, e de Maria de Cleofas. Ele baseia sua teoria 

no texto 

de João 19,25, que distingue a irmã de Maria de Maria 

de Cleofas. Outros defensores dessa tese são Rinaldo 

Fabris e Vittorio Messori. Mas a tese não é muito 

clara, visto que não é assim tão fácil distinguir duas 

Marias em João 19,25.



3. Irmãos carnais



É a tese que nasceu com o bispo ariano de Milão, 


Elvídio, no IV século. Ele defendeu a superioridade do 

casamento em relação ao voto de castidade. Para 

sustentar a sua teoria disse que também Maria tinha 

vivido com José e tinha tido outros filhos depois do 

nascimento de Jesus.



Essa posição é sustentada pelos protestantes. Essa 

visão é contestada pelos católicos, cristãos ortodoxos 

e também pelos muçulmanos, que seguem o que é 

escrito no Corão.



4. Irmãos adquiridos



É a teoria do evangelho apócrito de Tiago, segundo o 

qual José, quando se casou com Maria, tinha 

outros filhos, de um casamento anterior


Outros escritores 

clássicos defendem essa tese: Clemente de 

Alexandria, Orígenes, Eusébio, Hilário de Poitiers, 

Ambrosiaster, Gregório de Nisa, Epifânio, Ambrósio, 

Cirilo de Alexandria. Hoje sobretudo os ortodoxos 

concordam com essa visão, mas também o adventista 

Angel Manuel Rodríguez.




5. Colaboradores


A escola exegética de Madri defende que os atuais 

textos gregos do Novo Testamento se baseiam em 

textos em aramaico e analisando os textos em 

questão dizem que ‘irmãos de Jesus’ indica na 

verdade aquele que colaboravam, ou seja, os 

apóstolos e outros discípulos que o seguiam. Do 

mesmo modo que a ‘irmã da mãe de Jesus’ seria 

também ela uma mulher que acompanhava Maria.


Para organizar a nossa apresentação, digamos que 

existem duas teorias: uma que diz que ‘adelfós’ 

significa irmão carnal e outra que retém que seja 

primo.




Argumentos favoráveis a “irmãos” 



• Etimologicamente adelfós (plural = adelfoi) significa 

co-uterino, ou seja, filho da mesma mãe.



• Mt 1,24;24 diz: “José (...) recebeu em casa sua 

mulher. Mas não a conheceu até o dia em que ela deu 

à luz um filho.” ‘Conhecer’, na Bíblia, significa ter 

relações sexuais. O texto bíblico em si não exclui que 

depois do nascimento de Jesus Maria tenha tido 

outros filhos.



• Lucas 2,7 diz que Maria deu à luz o seu filho 

primogênito. Se Maria não tivesse tido outros filhos 

Lucas poderia ter usado ‘unigênito’.



• Se os irmãos fossem primos a Bíblia teria usada a 

palavra grega ‘anepsios’ e não ‘adelfos’.



• Mc 3,21 e Jo 7,5 afirmam que os irmãos não tinham 

fé em Jesus. Desse modo não podem serem 

identificados com os apóstolos ou colaboradores do 

Senhor.




Argumentos favoráveis a “primos” 



• A palavra adelfós tem um campo semântico que não 

se limita à ligação com a mãe, mas pode normalmente 

significar também irmão só por parte de pai. Além 

disso o grego do novo testamento é uma língua 

influenciada pelo pensamento semítico dos seus 

autores. Quando o escritor escreve em grego está, na 

verdade, pensando em hebraico-aramaico. Portanto 

quando ele usa ‘adelfós’ está efetivamente usando o 

vocábulo hebraico-aramaico ‘ah’. Esse termo, na sua 

língua, não significa só irmão, mas todo grau de 

afetividade ou parentesco (Conferir Gn 13,8; 29,15; 

Lv 10,4).



• No grego existe a palavra ‘anepsioi’ para primos, 

mas no grego bíblico, que é diferente daquele 

clássico, esse vocábulo indica um parentesco não 

próximo, no sentido existencial. Portanto os ‘primos’ 

de Jesus, visto que eram em contato com ele, não 

podiam ser chamados ‘anepsioi’.



• Os ‘irmãos’ de Jesus não são nunca colocados em 

relação com Maria e José; só Jesus é filho de Maria e 

filho de José.



• O fato que Jesus é chamado primogênito e não 

unigênito não é importante. De fato na sociedade 

hebraica o primeiro filho tem um valor em si e é 

sempre o primogênito, mesmo sendo filho único. 

Ilustra essa tese a descoberta de uma inscrição em 

um túmulo em Tell el-Jehudi que diz: “nas dores do 

parto do meu primogênito a sorte me conduziu ao fim 

da vida”. É claro que nesse caso o primogênito é 

também unigênito.



Considerações finais
O problema dos ‘irmãos de Jesus’ é sobretudo uma 

questão dogmática. É muito mais simples acreditar 

que Jesus tenha tido irmãos. Porém há outros indícios 

que precisam ser considerados. A palavra ‘primo’ 

(anèpsios) aparece uma única vez no Novo 

Testamento (Colossenses 4,10 – A tradução de 

Almeida nesse caso usa, de modo errado, ‘sobrinho’). 

Porém em outro livro em grego, Tobias (que não 

aparece na Bíblia Hebraica e, por isso, nas 

protestantes, mas cujo texto hebraico foi encontrado 

também em Qumran), os termos ‘anèpsios’ e ‘adelfós’ 

são usados sem distinção para significar primo ou 

parente em geral (cf. Tobias 7,1-4 e confrontar com 

Tobias 6,1). De fato alguns manuscritos em 7,4 usam 

anèpsios, enquanto outros usam ‘adelfós’. Além do 

mais, o contexto bíblico nos obriga a recordar que o 

conceito de família naquele tempo era muito mais 

largo do que o atual: fazia parte da família, como 

irmãos (ah em hebraico), todos os que habitava a 

casa (bet em hebraico), o clã familiar. Outro 

aspecto é a tradição. Não é decisivo, mas acreditamos 

seja importante. Já no segundo século não havia 

dúvidas sobre a relação dos “irmãos” com Jesus: não 

eram filhos de Maria. Esse conceito continuou vigente 

inclusive no tempo da Reforma, com Lutero e Calvino. 

Somente nos últimos tempos ele voltou a ser 


questionado.




Concluímos dizendo que a tradição cristã afirma 

que aqueles que a bíblia chama ‘irmãos de 

Jesus’ são na verdade seus parentes


E, do nosso ponto de vista, a Bíblia não oferece 

argumentos para afirmar categoricamente que Jesus 

teve irmãos, nem para combater a doutrina que Jesus 

e filho único de Maria, doutrina largamente aceita no 

inicio do Cristianismo e, por isso mesmo, a que mais 

se aproxima da verdade plena, com base bíblica e

 histórica.







FONTES:

Publicado em 5 de fevereiro de 2012
em :







E DAS VIRGENS, VIRGEM - MARIA É A VIRGEM DAS VIRGEN







Virgem das virgens, em termos biblicos, significa que Maria foi Virginissima, a mais virgem de todas.

Desde o início do cristianismo Maria era cultuada como “Áiepartenon“, isto é, a “sempre Virgem".


A virgindade eterna de Maria é facilmente demonstrável, quer seja pela Sagrada Escritura ou pela Tradição, quer seja pela lógica.


 Maria foi Virgem antes do parto, permaneceu Virgem durante e após o parto.





Maria era Virgem antes do parto 

: “O Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma virgem desposada… e o nome da Virgem era Maria“. (Luc. I, 26).




E a própria Virgem dá testemunho disso ao anjo:

 “Como se fará isso, pois eu não conheço varão?". 






Maria permaneceu Virgem durante o parto
  


 O Evangelho nos mostra que Maria,  “deu à luz o seu filho".



" E estando ali, aconteceu completarem-se os dias em que devia dar à luz” (Luc. 1, 6).

Sendo Maria virgem antes do parto, deve sê-lo também durante o parto, pois o milagre da encarnação é uno e completo. 

E isto é muito conforme à profecia: “uma virgem conceberá e dará à luz". 

O Evangelho  faz a aplicação desta profecia: 

Ora, tudo aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor, por meio do profeta” (Mat. 1, 22).

 Ou seja, conceber e dar à luz, virginalmente!

 Deus quis manter a virgindade de Maria antes e durante o parto, não o precisava, mas assim o fez.





Maria permaneceu virgem após o parto



Se não fosse a vontade de Maria manter a castidade perpétua, sua afirmação (Como se fará isso, pois eu não conheço varão? Lc 1,34) não teria propósito, pois o Anjo poderia lhe responder:

 “se ainda não conhece, conhecê-lo-á logo; não é José teu esposo?".



 A sua afirmação só faz sentido, dentro do contexto, tendo Maria feito o voto de castidade perpétua.


ANTES DE COABITAREM:

No Evangelho de São Mateus, diz:

 “Maria, sua Mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, ela concebeu por virtude do Espírito Santo” (Mt 1, 18). 

Ora, “antes de coabitarem” significa apenas “antes de morarem juntos na mesma casa".

 Isso  aconteceu quando “José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa "
(Mt 1, 24)






FILHO PRIMOGENITO:
 





No Evangelho de São Lucas, diz: 

Maria deu à luz o seu filho primogênito  (primeiro filho)” (Lc 2, 7). 


A lei mosaica exige que todo o primogênito (primeiro filho) seja consagrado a Deus, quer seja filho único ou não: 

Consagrar-me-ás todo o primogênito entre os israelitas, tanto homem como animal: ele é meu” (Ex 13, 2). 

Um exemplo elucidativo encontrado no Egito, retirado de uma inscrição judaica: 

Arisoné entre as dores do parto morreu ao dar à luz seu filho primogênito".

 Ou no Êxodo, quando Deus disse:

 “Todo o primogênito na terra do Egito morrerá” (Ex 11, 5).

 E assim aconteceu. “Não havia casa em que não houvesse um morto” (Ex 11, 30). 

Necessariamente, havia, como em todos os países, casais de um só filho; por exemplo, todos os que se tinham casado nos últimos anos…
Depois, em outro trecho, Deus ordena:

 “contar todos os primogênitos masculinos dos filhos de Israel, da idade de um mês para cima” (Num 3, 40). 

Ora, se há primogênito de um mês de idade, como é que se pode exigir que, para haver primeiro, haja um segundo?


Logo, há primogênito sem que haja, necessariamente, um segundo filho.

A primogenitura era um título de dignidade e de honra entre os Judeus. 



Geralmente, o filho, primeiro, tinha direito a certos privilégios, como os de herdeiro etc, ficando sujeito a certas obrigações, como vemos na Bíblia. (Lc 2, 23)

É, portanto, de propósito e com razão que o Evangelista chama Jesus: “primogênito – “ton protótokon“. 

 Designa-o, deste modo, como herdeiro de David, como tendo um direito privilegiado sobre esta herança (cf Gen 10, 15 – 21, 12).

E é isso que se pode verificar na apresentação de Jesus no templo: 

Depois que foram concluídos os dias da purificação de Maria, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor: Todo o varão primogênito será consagrado ao Senhor” (Lc 2, 22)









NÃO A CONHECEU ATÉ QUE DEU À LUZ:




Em algumas traduções, aparece em São Mateus:

 “José não conheceu Maria até que ela desse à luz um filho ”
(Mt 1, 25). 



 “Até", na linguagem bíblica, refere-se apenas ao passado e 

não fica claro que após ela dar à luz José a teve como 

mulher. 



A expressão "até que" corresponde ao hebraico ad ki. 

Esta partícula na Escritura ocorre para designar apenas 

que se deu (ou não se deu) no passado sem indicação 

do que havia de acontecer no futuro.

Assim, não significa que José conheceu Maria após o 

nascimento de Jesus. 

O texto do Evangelho quer dizer apenas que "sem que José 
a conhecesse ela deu à luz o seu filho".  

 Além é claro das palavras de Maria em Lucas que mostra 

sua firme intenção de permanecer virgem, pois quando o 

anjo anuncia o nascimento de Jesus, ela poderia deduzir 

que, SENDO NOIVA,  se casaria e teria um menino, no 

entanto,  pergunta como isso acontecerá pois não conhece 

homem E NEM TEM INTENÇÃO DE CONHECER ( e aí já 

vemos a ideia de uma noiva que por inspiração divina quer 

permanecer virgem):




"Como se fará isto, pois não conheço homem?" (Lc 1,34)





Exemplos do uso do até sem indicar que após ele haveria 

mudança:



 “Micol, filha de Saul, não teve filhos até ao dia de sua 

morte” (II Sam 6, 23). 



Ou então, falando Deus a Jacob do alto da escada que este 

vira em sonhos, disse-lhe:



 “Não te abandonarei, enquanto  não se cumprir tudo o que 

disse” (Gen 28, 15). 



Quererá isso dizer que Deus o abandonaria depois? 


Em outra passagem, Nosso Senhor diz aos seus Apóstolos: 


Eis que eu estou convosco todos os dias, até 

a consumação dos séculos” (Mt 28, 20).


Ora, o texto sagrado deixa claro que a palavra “até” é um 

reforço do milagre operado, a saber, a encarnação do verbo 

por obra do Espírito Santo, e não por obra de um homem 

(S. José).
  





OS IRMÃOS DE JESUS - JESUS TEVE IRMÃOS?



Há sete textos no Novo Testamento que mencionam "Os Irmãos de Jesus", no entanto o mais expressivo é o de Mar 6, 3: "Não é este o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós?".

Leia também: Mat 13, 55s; Mar 3, 31-35; Mat 12, 46-50; Luc 8, 19-21; Joa 2, 12; Joa 7, 2-10; Ato 1, 14; Gál 1, 19 e 1 Cor 9, 5.

Vejamos então, qual o verdadeiro sentido do grau de

parentesco entre esses "Irmãos" e Jesus.


A expressão "Irmãos de Jesus" foi concebida originariamente não em ambiente grego, mas no mundo Semita.

 Os habitantes de Nazaré, por exemplo, não falavam grego, mas aramaico. 

É preciso, portanto, que procuremos avaliar o sentido da palavra "irmão" em aramaico. 

Ora, em aramaico, assim como em hebraico (línguas afins entre si), a palavra "Irmãos" Ah, em hebraico e Aha, em Aramaico, designava não somente os filhos dos mesmos genitores, mas também, os primos ou até parentes mais remotos, pois estas línguas eram pobres em vocabulário.

No antigo testamento, vinte passagens atestam o amplo significado da palavra "Irmão", vejamos alguns exemplos:

Leiamos Gên 11, 27: "Eis a descendência de Taré: Taré gerou Abrão, Nacor e Arã. Arã gerou Ló".; 


Leiamos Gên 12, 5: "Abrão tomou sua mulher Sarai, seu sobrinho Ló,...";

Agora leiamos Gên 13, 8: "Abrão disse a Ló: que não haja discórdia entre mim e ti, entre meus pastores e os teus, pois somos irmãos". (Leia também Gên 14, 12.14.16).



Leiamos 1 Cro 23, 21-22: "Filhos de Merari: Mooli e Musi. Filhos de Mooli: Eleazar e Cis. Eleazar morreu sem ter filhos, mas teve filhas que foram desposadas pelos filhos de Cis, seus irmãos".


Leiamos Tb 8, 9: Aconselhado pelo Arcanjo Rafael a casar-se com Sara, filha única de Raquel e de Ana, parentes próximos de seu pai, Tobias assim rezou a Deus: "Senhor, sabeis que não é por motivo de luxúria que recebo por mulher esta minha irmã".

Outros exemplos: Gn 12, 8-14; Gn 29, 12.15; Gn 31, 23; Gn 37, 16; Gn 39, 15; Gn 42, 15; Gn 43, 5; 1 Cro 15, 5; 2 Cro 36, 10; 2 Reis 10, 13;1 Sam 20, 29; Lv 10, 4; Jó 19, 13-14; Jó 42, 11.



Comentário: 

Vale esclarecer que na tradução grega foi usado o termo "Adelphós" irmãos, apesar do grego ter a palavra primo, em virtude da língua de pregação de Jesus ser o hebraico e o aramaico, que não tinha palavra própria para dizer primo. 

Com base nesta verificação, não teremos dificuldade de compreender que os "Irmãos de Jesus" eram, na verdade, primos de Jesus.

 Ora, é sabido que entre os orientais, os parentes mais próximos eram chamados de irmãos, como até hoje se dá em alguns países notadamente a Índia, onde em alguns idiomas locais não há palavras para designar "primo" 

Vejamos as pistas que alguns textos do evangelho nos dão:
Mat 27, 55-56: 

"Estavam ali muitas mulheres olhando de longe. Haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia a servi-lo. Entre elas Maria madalena,Maria, mãe de Tiago e de José e a mãe dos filhos de Zebedeu". (Confira Mar 15, 40).



Comentário: 

essa Maria, mãe de Tiago e de José, não é a esposa de José, mas de Clopas (ou Cléofas, ou Alfeu), conforme Joa 19, 25: "Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena".


Para melhor compreensão vejamos seguintes:


Filhos de Eli (Luc 3,23): José (pai adotivo de Jesus) e Clopas (ou Alfeu ou Cléofas). 

José (pai adotivo de Jesus) casou-se com Maria, mãe de Jesus. Clopas casou-se com uma mulher também chamada Maria (denominada Maria de Clopas). Dessa união, nasceram os seguintes filhos: Tiago (menor); José; Judas (não é o Iscariotes); Simão (não é Simão Pedro).


Pois bem, os nomes de Clopas (ou Alfeu ou Cléofas) designam em grego a mesma pessoa, pois são formas gregas do nome aramaico Claphai. O mais antigo historiador da Igreja, Hegesipo (180 d.C. - Memórias) conta-nos que Clopas (ou Alfeu ou Cléofas) era irmão de São José.

É muito comum nas Escrituras uma pessoa ser conhecida pôr 2 ou mais nomes diversos: O sogro de Moisés é chamado Raguel (Êxodo 2, 18 a 21) e logo depois é chamado Jetro (Êxodo 3, 1). Gedeão, depois de ter derribado o altar de Baal é chamado também Jerobaal (Juizes 6, 32). Josias, rei de Judá, é chamado também Azarias (2 Reis 15, 23; 1 Crônicas 3, 12). 

E no Novo Testamento o mesmo Mateus é chamado Levi: 

'Viu um homem, que estava sentado na coletoria de impostos, chamado Mateus (Mateus 9, 9). 

"Viu a Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos (Marcos 2, 14). 

O mesmo que é chamado José é chamado Barsabas (Atos 1, 23)".

Ainda, para melhor entendimento, é necessário esclarecer que outra família também entra neste contexto, a de Zebedeu tinha por esposa Salomé e teve os seguintes filhos: 

João (discípulo a quem Jesus amava) e Tiago (maior).

Ainda existe a família de João (Joa 21,15), que não é João o Evangelista, que era pai de Simão (que passou a se chamar Pedro) e André.

Esse esquema explica a íntima relação que unia as famílias de Clopas e de José. 

Supõe-se que São José morreu antes da vida pública de Jesus. 

Parece então que a virgem Maria e seu divino Filho foram para a casa de seu cunhado e as duas famílias se fundiram numa só. 

Quando Jesus, aos 30 anos de idade deixou sua mãe para iniciar sua vida pública, Maria sempre saía acompanhada de seus sobrinhos (a mulher oriental no judaísmo antigo não se apresentava em público sozinha, mas sempre acompanha por parentes próximos masculinos), isto explica porque nos evangelhos Maria aparece freqüentemente em companhia dos "Irmãos de Jesus", que na verdade, não eram filhos da virgem Maria, mas sim, seus sobrinhos.

Estavam ao pé da cruz:

Segundo os Evangelhos Sinóticos:

Mat 27, 55-56: "Estavam ali muitas mulheres olhando de longe. Haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia a serví-lo. Entre elas Maria Madalena,Maria, mãe de Tiago e de José ( mulher de Clopas Jô 19, 25 ) e a Mãe dos filhos de Zebedeu".

Mar 15, 40: "Achavam-se ali também umas mulheres, observando de longe. Entre as quais Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago (menor) e de José, e Salomé".

Luc 23, 49: "Os amigos de Jesus como também as mulheres, que o tinham seguido desde a Galiléia, conservavam-se a certa distância, e observavam estas coisas".



Segundo o Evangelista João:

Joa 19, 25: "perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas e Maria Madalena". 


(Entende-se aqui que Maria de Clopas era concunhada de Maria, termo inexistente na língua hebraica. Talvez Maria de Clopas pudesse também vir a ser irmã de sangue de Maria - mãe de Jesus, porém não há como prová-lo.).





Enumerando as mulheres que estavam juntamente com Maria ao pé da cruz, Mateus, Marcos e João as identificam da seguinte maneira:


Mateus 27, 56Marcos 15, 40João 19, 25
Maria, mãe de Tiago e de José;Maria, mãe de Tiago Menor e de José;a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas
Maria Madalena;Maria MadalenaMaria Madalena
a mãe dos filhos de Zebedeu.Salomé


Por aí se vê que a mesma Maria que é apresentada por São João como tia de Jesus (Irmã de sua mãe) é apresentada por São Mateus e São Marcos como mãe de Tiago menor e de José.

 E é claro que não se trata de Maria Salomé, que é a mãe dos filhos de Zebedeu e, portanto, é mãe de Tiago Maior.


Tiago (maior) e João:

Mar 10,35: "Aproximaram-se de Jesus Tiago e João, filhos de Zebedeu e disseram-lhe: 'Mestre, queremos que nos concedas tudo o que te pedirmos".

Mat 20, 20: "Nisto, aproximou-se à mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e prostrou-se diante de Jesus para lhe fazer uma súplica".


(Trata-se de Salomé, mulher de Zebedeu).



Relação dos Apóstolos:

Luc 6, 14-16: "Simão, a quem deu o sobrenome de Pedro, André, seu irmão, Tiago, João, Felipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Simão, chamado zelador, Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que foi o traidor".

Mat 10, 2-4: "Eis os nomes dos doze apóstolos: o primeiro, Simão, chamado Pedro, depois André, seu irmão. Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão. Felipe e Bartolomeu. Tomé e Mateus, o publicano. Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu. Simão, o cananeu e Judas Iscariotes, que foi o traidor".

(Tadeu é o Judas que não é o Iscariotes).


Mar 3, 16-19: "Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer, filhos do trovão. Ele escolheu também André, Felipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão o zelador, e Judas Iscariotes, que o entregou".




PROVAS QUE JESUS ERA FILHO ÚNICO:


Jesus foi filho único?

Luc 2, 41-46: "Seus Pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa. Quando o menino completou doze anos, segundo o costume, subiram para festa. Terminados os dias, eles voltaram, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. Pensando que ele estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia, e puseram-se a procurá-lo entre os parentes e conhecidos, e não o encontrando, voltaram a Jerusalém à sua procura. Três dias depois, eles o encontraram no templo, sentado em meio aos doutores, ouvindo-os e interrogando-os".


Comentário: Os dias de festa da Páscoa eram 7 (sete), contando os dias de viagem de ida e volta, a Sagrada Família deve ter ficado cerca de quinze dias fora de casa. 

Ora, Maria e José não podem ter deixado no lar, por tanto tempo, filhos pequenos, donde se conclui, logicamente, que aos doze anos de idade Jesus era filho único.


Por que nunca os evangelhos chamam os "irmãos de Jesus" de "filhos de Maria" ou de "José", como fazem em relação ao Nosso Senhor? 

E como, durante toda a vida da Sagrada Família, o número de seus membros é sempre três? 

A fuga para o Egito, a perda e o encontro de Jesus no Templo, etc...



Joa 19, 26-27: "Jesus, então, vendo sua mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse a sua mãe: mulher, eis o teu filho! Depois disse ao discípulo: eis a tua mãe! E a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em sua casa".



Comentário:

 Jesus ao morrer confiou sua mãe a João evangelista, filho de Zebedeu, membro de outra família.

Este gesto seria incompreensível se Maria tivesse outros filhos em casa, já que segundo a lei de Moisés teria que ficar aos cuidados do filho mais velho. 

Jesus é dito "suposto filho de José" em Luc 3, 23; é dito "o filho de Maria" (com artigo) -"uiós Marias", em Mar 6, 3. 

O Evangelho nunca diz: "A mãe de Jesus e seus filhos", embora isto fosse natural se ela tivesse outros filhos (ver Mar 3, 31-35 e Ato 1, 14).





Objeções para a virgindade de Maria:




A LOGICA DA VIRGINDADE DE MARIA:

Que Maria permanecesse Virgem depois do parto de Jesus, 

era também muitíssimo conveniente, porque:





1* Sendo Jesus, o Filho unigênito de Deus Pai (Jo 1,14) - o 

Verbo ou Sabedoria de Deus  (Jo 1,1)-- convinha que 

também na terra Ele fosse unigênito de Maria (Mc 6,3), 

chamada no Evangelho de Mãe (apenas ) de Jesus (Jo 

2,1), e não Mãe de Jesus, Tiago e João. Os irmãos ditos no 

Evangelho, na verdade são primos.



2* Se Ele tivesse tido irmãos carnais, pensar-se -ia que 

esses irmãos também seriam deuses, pois teriam nascido 

de uma mesma mulher, teriam os mesmos poderes e dons, 

causando o politeísmo e heresia.



3* É necessário que Deus só tenha uma esposa, assim 

como é necessário que Ele tenha uma só Igreja (Apo 21, 9)

 Por isso, assim também a esposa só pode ter um esposo.



 E Maria só devia ter um esposo real: o próprio Deus (Lc 

1, 35), e manter-se virgem por toda a vida (Jo 19, 25-27).




4* Se Jesus se manteve virgem sempre, Maria também 

pôde se manter virgem por uma graça única de Deus.



5* Se Maria tivesse tido filhos de outrem que não o Espírito 

Santo, seu Divino esposo, isso seria uma aberração, 

semelhante ao adultério.


No Evangelho de Lucas, ao descrever sua infância aos 12 

anos de idade, vemos que a família de Jesus eram apenas 

José e Maria:



"Ora, seus pais iam todos os anos a Jerusalém, à festa da páscoa.

42 Quando Jesus completou doze anos, subiram 

eles segundo o costume da festa;

43 e, terminados aqueles dias, ao regressarem, ficou o 

menino Jesus em Jerusalém sem o saberem seus pais;

 (...)

e não o achando, voltaram a Jerusalém em busca dele." (Lc 

2, 41-43;45)






 





 Esposa do Divino Espírito Santo 

(Lc 1,35) uma vez, Maria devia se 

conservar sua esposa fiel sempre, 

pois ela é a porta pela qual o Verbo 

de Deus entrou no mundo e a 

escritura diz:






"Esta porta ficará fechada, não se abrirá, nem entrará 


por ela homem algum; porque o Senhor Deus de Israel 

entrou por ela; por isso ficará fechada. " (Ez 44,2)



Por Maria, Cristo veio ao mundo, assim ela é uma porta 

sagrada e sua virgindade é o sinal dessa santidade e 

consagração

 

1 Então me fez voltar para o caminho da porta exterior 


do santuário, a qual olha para o oriente; e ela estava 

fechada. 2 E disse-me o Senhor: Esta porta ficará 

fechada, não se abrirá, nem entrará por ela homem 

algum; porque o Senhor Deus de Israel entrou por 

ela; por isso ficará fechada. 

(Ez 44, 1-2)