quarta-feira, 26 de abril de 2017

SANTA QUITÉRIA - PROTETORA CONTRA A RAIVA, A LOUCURA E CÃES RAIVOSOS - 22 DE MAIO





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Enganosa é a beleza e vã a formosura, 
mas a mulher que teme ao Senhor, essa sim será louvada.
 Provérbios 31,30


Santa Quitéria teria nascido, pelo ano 120, na região do Império Romano conhecida, então, como Bracara-Augusta, a atual cidade de Braga. 

Seu pai, Lúcio Caio Atílio Severo, era régulo de uma província do Império Romano que abrangia parte da Galiza e da antiga Lusitânia. Estava casado com Cálcia Lúcia. Sendo ambos de famílias ilustres, embora pagãs, estiveram muitos anos sem terem descendência até que Cálcia Lúcia concebeu nove meninas que nasceram de um só parto, numa ocasião em que o marido se encontrava ausente acompanhando o imperador Adriano que viajava pela Península.

Cálcia, que considerou agoirento o nascimento de nove filhas, com o intuito de se subtrair às troças do mundo e a uma eventual indignação ou suspeições do marido sobre qualquer infidelidade, congeminou um plano para matar as filhas, mandando-as afogar no rio. 

Encarregou de concretizar este plano Cita, jovem donzela, devota e cristã oculta, que tinha sido a única pessoa a assistir ao parto. Foram-lhe dadas indicações para que divulgasse a notícia de que o parto tinha corrido mal e que as crianças tinham morrido à nascença. Todavia, Cita, movida por elevados sentimentos cristãos, levou as meninas de casa, como combinado, mas estava decidida não só a salvar a vida das nove irmãs, como também a dar-lhes a vida nova do Espírito, pelo sacramento do baptismo.

 Assim, em vez de atentar contra a sua vida, entregou-as a Santo Ovídio, arcebispo de Braga, que lhes administrou o baptismo e lhes atribuiu os seguintes nomes: 
Quitéria, Eufémia, Germana, Liberata (ou Librada), Vitória, Basília, Marinha, Genebra e Marciana.




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Detalhe do altar lateral direito do Santuário de Santa Quitéria em Felgueiras, Portugal






Conhecendo a tragédia que pesava sobre as inocentes crianças, e que quase as vitimara, Santo Ovídio, depois do baptismo, entregou-as aos cuidados de diversas famílias cristãs, para que tomassem conta delas durante a infância, dando-lhes educação religiosa, encarregando-se o arcebispo de prover a todas as despesas. 



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Santo Ovídio



Refere Frei Bento da Ascensão que a educação religiosa recebida pelas nove meninas, na infância, produziu nelas um tal domínio em seus corações que, durante a sua breve existência e até ao seu termo, sempre souberam pôr em prática as grandes virtudes e calcar aos pés as grandezas e vaidades do mundo a fim de glorificarem apenas a Jesus Cristo.

À medida que foram crescendo, as nove irmãs tomaram conhecimento do destino a que a mãe as tinha votado, entregando-as para morrerem, e o modo como foram salvas pela criada cristã. Sentindo-se particularmente agradecidas à Divina Providência, não só pelo facto de lhes ter salvo a vida do corpo, como por lhes ter dado uma vida nova pelo sacramento do Batismo e terem crescido no conhecimento dos princípios da vida cristã, decidiram afastar-se do mundo e viver juntas, como num convento, para um maior aperfeiçoamento da sua vida de piedade, para servirem a Deus de modo mais perfeito e para crescerem na prática das virtudes pelo mútuo auxílio e exemplo de vida.

 Para concretizarem este seu projeto contactaram o generoso arcebispo, Santo Ovídio e dele obtiveram a necessária aprovação. O modo de vida que seguiram rapidamente as tornou conhecidas entre todos, pois o exemplo de vida cristã evidenciado no fervor, na caridade, na mútua obediência, no serviço e na alegria despertavam a admiração de quantos com elas contactavam.



"Abrasadas estas santas meninas no fogo do amor divino, cada qual de per si, e umas na presença das outras, fizeram todas voto de castidade, consagrando a sua virginal pureza àquele soberano Senhor que as fizera nascer dum tão milagroso parto, e depois de nascidas as livrara da morte, que sua mãe lhes mandara dar, criando-as e sustentando-as até ali, com providência tão particular. Fechando pois os olhos ao mundo, e empregando-se só em seu divino esposo, Lhe sacrificaram as suas almas e juntamente com elas os seus corpos, vivendo, naquela tenra idade, estas esposas de Jesus Cristo, santas nos costumes, puras nos corpos, e abrasadas nas almas com as chamas da caridade e com o fogo do amor divino." (Citado a partir de LEITE, José, S. J. (org.) – Santos de cada dia II. 4.ª edição. Braga: Editoria )






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"Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo."

São Mateus 25,1



Com esta passagem, queremos sublinhar o facto de Quitéria, tal como as irmãs, ter consagrado a sua virgindade a Cristo, seu divino esposo, facto que aparecerá bem destacado numa das capelas do percurso ao ar livre do santuário de Felgueiras, na qual o pergaminho que Santa Quitéria apresenta ao seu pretendente patenteia, precisamente, estes esponsais divinos: «Jesus é o meu esposo».


Por ocasião de uma perseguição aos cristãos, levada a cabo pelo imperador Adriano (117- -138) que alastrou a todo o império romano, também a região de Braga, onde viviam as nove irmãs, se tornou palco de prisões e martírio dos que professavam a fé cristã. 

Cumprindo ordens, Lúcio Caio Severo ordenou que fossem detidos todos os cristãos encontrados nos seus domínios. Sendo conhecidas como cristãs exemplares, as irmãs foram levadas à presença do governador. Este, sem saber que era seu pai, ficou deveras impressionado com a atitude das jovens e interrogou-as para saber quem eram, onde viviam, quem eram os seus familiares. 

Foi então que Germana, tomando a palavra, respondeu em nome de todas, com coragem e desassombro, que eram naturais de Braga, filhas do próprio governador e que adoravam Jesus Cristo, único e verdadeiro Deus, estando prontas a tudo sofrer por amor a Jesus e em defesa da sua fé. 

Verdadeiramente impressionado e surpreendido, Lúcio Severo quis ficar sozinho com as suas filhas, a esposa e Cita, a criada que tinha salvo a vida das irmãs. Ficou, então, a par dos pormenores que rodearam o nascimento das crianças e, nessa altura, manifestou todo o seu afeto por elas. Recordando-lhes a antiga nobreza da família; falou-lhes do seu futuro do qual faziam parte grandes casamentos com rapazes ricos e nobres sendo, necessário, primeiro, renunciarem à fé cristã.




Ao ouvir a resposta negativa das filhas, o pai enfureceu-se e deixou-as a sós na sala do palácio onde se encontravam. Em oração invocaram do Céu a graça e a coragem de resistirem às propostas do pai que eram contrárias à vontade de Deus. Foi então que um anjo lhes apareceu e as avisou para saírem do palácio. Ao regressar à sala, Lúcio Severo ficou furioso por não as encontrar e mandou os soldados em sua perseguição.

Todas se dispersaram por diversas regiões, sobretudo pela Espanha, e apenas Santa Quitéria foi presa e trazida à presença do governador.








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Os diversos relatos são unânimes em referir que as oito irmãs de Santa Quitéria foram martirizadas. Resumimos o relato que apresenta Frei Bento da Ascensão:

7 Citado a partir de LEITE, José, S. J. (org.) – Santos de cada dia II, p. 164. Cf. NUNES, Pinho Pe (...)

Santa Marinha encaminhou-se para a Galiza onde ficou durante algum tempo ao serviço de uma lavradeira, perto de Orense. Denunciada como cristã, foi perseguida e martirizada mediante variados e horríveis suplícios que passaram pelo dilaceramento das suas carnes, por ser lançada num tanque de água do qual saiu milagrosamente viva, atirada para uma fornalha de enormes labaredas as quais se afastaram sem lhe terem causado qualquer dano. Por fim, quando contava apenas dezoito anos foi degolada em Águas Santas, perto da cidade de Orense, na Galiza. No local o rei Afonso, o Magno mandou erguer uma igreja.7


Santa Vitória foi martirizada em Córdova recebendo «tormentos esquisitos», de acordo com a expressão de Frei Bento da Ascensão, que passaram pelo fogo, pela roda de navalhas e, finalmente, por ser crivada de setas. Decorria o ano de 138 e Santa Vitória contava, apenas, dezasseis anos.8

Santa Genebra padeceu o martírio numa região da Galiza, onde hoje se situa a cidade de Tuy, contando dezasseis anos, embora não se conheçam pormenores do seu martírio.

Sobre Santa Marciana pouco se sabe, apenas que terá dado a sua vida em defesa do Evangelho na cidade de Toledo, com a idade de 35 anos.

Relativamente a Santa Germana, não são conhecidos pormenores quanto à data ou local em que entregou a sua vida a Deus, apenas se levanta a hipótese de que poderá ter sido martirizada em África ou em Águas Santas.




No que se refere a Santa Liberata, permanecem as mesmas incertezas que envolvem a vida das outras suas irmãs quanto à data e ao local da sua morte. São apresentados três lugares como possíveis locais onde foi martirizada, sofrendo o suplício da cruz: Miragaia (Porto), Castelo Branco e Águas Santas (norte do Porto). Segundo a tradição, nesse local terá brotado uma fonte denominada «santa» atendendo aos efeitos milagrosos das suas águas que beneficiavam a todos quantos a ela acorriam em cura das suas enfermidades.



Por fim, a tradição refere que Santa Eufémia viveu durante cerca de dois anos nas serras do Gerês e, no fim desse tempo, foi perseguida por ser cristã. Depois de ter sofrido maus tratos, foi lançada na prisão. Aí recebe a visita de um anjo que a cura de forma milagrosa de todas as suas feridas. Padeceu, então, novos suplícios, no fim dos quais foi degolada, estando as suas relíquias na Sé de Ourense.


Quanto a Santa Quitéria, podemos dizer que foi presa e conduzida à presença de seu pai, o qual tentou, uma vez mais, demovê-la de professar a fé cristã. Deu-lhe também a notícia de que tinha sido prometida em casamento a Germano, um nobre rico. Quitéria pede ao pai um tempo para pensar. O seu anjo custódio aconselhou-a a refugiar-se no Monte Pombeiro, no cimo do qual se erguia uma pequena capela dedicada a São Pedro, nas imediações de uma cidade denominada Eufrásia, destruída nas invasões dos Mouros e que era governada por Lenciano (ou Leuciano), feroz perseguidor de cristãos. 
Lenciano, tendo descoberto o refúgio de Santa Quitéria e das demais donzelas que a ela se tinham juntado a fim de viverem em comunidade cristã, prendeu-as e informou o pai sobre o seu paradeiro.

Estiveram na prisão três dias sem receberem qualquer alimento. Durante o tempo de cativeiro foram confortadas por um anjo e observaram-se situações inesperadas: os guardas foram convertidos ao cristianismo pela instrução recebida, enquanto alguns doentes obtiveram a cura dos seus males. Entre estes últimos se insere a iconografia do doente de raiva curado por Santa Quitéria, tal como é representado no Quinto Passo do Santuário de Santa Quitéria, em Felgueiras.



Lúcio Severo enviou então emissários para convencerem a sua filha a aceitar o seu casamento com Germano. Todavia, a decisão da jovem não se alterou. 

Germano, acompanhado de vários soldados, vai ao seu encontro com ordens para a matar. Ele mesmo, na manhã do dia 22 do ano de 135, tomou a espada e decapitou Santa Quitéria que, assim, se tornou a primeira mártir em terra que depois viria a ser portuguesa. 







Imagem de Santa Quitéria, da Igreja  do Monte de Santa Quitéria ( Miradouro) a 2 km de Felgueiras, Porrugal



"Quem perder sua vida por amor de mim, a achará."
São Mateus 16,25


Os soldados que a prenderam ficaram cegos. Diz ainda a tradição que após ter a cabeça decepada, Quitéria tomou em suas mãos e caminhou até a cidade vizinha onde caiu e foi sepultada.






No local do martírio, brotou uma fonte e  os soldados e o próprio Germano ficaram cegos, enquanto Lenciano, entretanto convertido, tal como as donzelas da comunidade de Santa Quitéria, bem como outros cristãos foram martirizados naquele monte e sepultados junto da capela de São Pedro. Talvez este relato venha justificar as dezenas de sepulturas com imensas ossadas que foram encontradas no local quando foi escavado a fim de construir as fundações da atual igreja.



O principal centro de culto de Santa Quitéria situa-se, como referimos, na região francesa da Aquitânia, mais precisamente na localidade de Aire-sur-l’Adour, povoação classificada pela Unesco como património mundial e que se encontra num dos «Caminho de Santiago». Segundo a tradição, a igreja foi construída no local do martírio de Santa Quitéria, e ali se conservam as suas relíquias, bem como o sarcófago e a fonte que brotou no local da sua decapitação. 

A lenda do Landes Quiteria


O sarcófago, que contém as relíquias da santa na cripta da igreja de Santa Quiteria em Aire. 


"e, caindo nela o homem, e tocando os ossos de Eliseu, reviveu, e se levantou sobre os seus pés."
 2 Reis 13,21



http://landesenvrac.blogspot.com.br/2010/01/quitterie-daire.html


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Fonte que brotou no local do martírio



Santa Quitéria é invocada pelos devotos contra a raiva, a mordedura dos cães raivosos e a loucura, sendo-lhe, igualmente, atribuída a ajuda para que as crianças que apresentavam atrasos no andar pudessem começar a caminhar.




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Igreja de Santa Quitéria, em Aire-sur-l'Adour, França

"A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome. "
Apocalipse 3,12


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Por que ela é patrona contra a raiva , a loucura e mordedura de cães raivosos?

Na prisão, lhe apareceu um anjo a consolá-la bem como a própria Virgem Maria que sobre ela derramou um vaso de odoríferos perfumes e lhe deu uma cruz dizendo que triunfaria com ela dos três inimigos da alma: o mundo, o diabo e a carne. Depois colocou-lhe um anel no dedo em sinal dos seus desposórios espirituais e assegurou-lhe que conservaria, durante a sua vida, a jóia da pureza. Prometeu-lhe ainda que os molestados pela raiva ou o furor, tanto que invocassem o seu patrocínio, alcançariam a perfeita saúde.



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Orações que lhe são dirigidas pedindo a sua intercessão contra a loucura e a mordedura de animais raivosos. Esta invocação em particular fica a dever-se, entre os factores já referidos, também ao facto de se acreditar que, enquanto vivia, a sua presença amainava a ira dos cães raivosos. Por este motivo, em algumas das suas representações surge acompanhada por um ou mais cães como indicação desta sua proteção. 

O homem que, como a jovem, se encontrava na prisão, apresentava algumas feridas nos membros superiores, sobre as quais Santa Quitéria derramou um unguento e o curou da hidrofobia.


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Oração à Santa Quitéria



Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Santa Quitéria, esposa de Cristo, recebestes no céu a coroa da glória eterna.

Senhor meu Jesus Cristo, Vós concedestes a Santa Quitéria a dupla coroa do martírio e da virgindade, nós Vos suplicamos que assim como destes a Vossa serva o poder de derrotar o demônio e de converter muitas almas, assim pelos méritos dessa Vossa Santa dignai-Vos dar-nos a graça de, com a sua intercessão, estarmos defendidos das tentações do espírito das trevas.

Assim como concedestes a Santa Quitéria o dom de operar curas, nós Vos pedimos que, por sua intercessão, estejamos protegidos contra as doenças e contra a peste, contra as enfermidades do corpo e da alma. Assim seja.

Rezar 1 Pai-Nosso, 1 Ave Maria e 1 Glória ao Pai.


e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.
 Apocalipse 5,8

E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias. 
Atos 19,11


ORAÇÕES:

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1-PROTEÇÃO CONTRA A IRA DE INIMIGOS


Santa Quitéria que fostes vítima da ira de teu pai, peço-te que rogue a Nosso Senhor Jesus, que me proteja contra a ira de meus inimigos, fazendo com que eu possa a eles me reconciliar, de forma a desfazer a inimizade, se isto não for possível que eu os perdoe do fundo de minha alma. Que assim seja. 


2 - PARA LIVRAR-ME DE MINHA IRA


Santa Quitéria, vós que fostes perseguida e morta pela ira de teu pai, eu a ti peço que me ajude a me livrar deste sentimento tenebroso a ira, que tantas vezes me invade, em nome de Jesus quero me tornar uma pessoa melhor. Que assim seja.








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FONTES:


https://cultura.revues.org/352
https://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Quit%C3%A9ria
http://autocaravanista.blogspot.com.br/2010/03/santa-quiteria-felgueiras.html
https://conexaoportugaldotcomdotbr.wordpress.com/tag/isabel-amorim/
https://cofradesdedaimiel.blogspot.com.br/2013/05/santa-quiteria-una-santa-muy-mora.html








































segunda-feira, 24 de abril de 2017

SANTAS MULHERES GUERREIRAS CATÓLICAS E BÍBLICAS - FEITOS CORAJOSOS E MILAGROSOS


ÍNDICE:

1- NA BÍBLIA, UMA MULHER QUEBRA O CRÂNIO DO INIMIGO DE ISRAEL 

2- NA BÍBLIA, JUDITE CORTA A CABEÇA DO INIMIGO E ACABA COM A GUERRA


3- SANTA JOANA DARC - A GUERREIRA HEROÍNA E PADROEIRA DA FRANÇA


4- SANTA CLARA EXPULSA UM EXÉRCITO DE SARRACENOS


5- A CORAGEM DE SANTA TECLA, MÁRTIR


6- NEM DEZ HOMENS CONSEGUEM MOVER SANTA LUZIA


7- ALGOZES MORTOS POR TENTAREM PROFANAR  SANTA INÊS


8-  A CORAGEM DE SANTA BÁRBARA


9 - SANTAS PERPÉTUA E FELICIDADE MOSTRAM FORÇA E CORAGEM


10 - A CORAGEM DE MADRE JOANA ANGÉLICA DE JESUS - MÁRTIR





NA BÍBLIA, UMA MULHER QUEBRA O CRÂNIO DO INIMIGO DE ISRAEL 


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Havia, porém, no meio da cidade uma torre forte; e todos os homens e mulheres, e todos os cidadãos da cidade se refugiaram nela, e fecharam após si as portas, e subiram ao eirado da torre.
E Abimeleque veio até à torre, e a combateu; e chegou-se até à porta da torre, para a incendiar.
Porém uma mulher lançou um pedaço de uma mó sobre a cabeça de Abimeleque; e quebrou-lhe o crânio.
Então chamou logo ao moço, que levava as suas armas, e disse-lhe: Desembainha a tua espada, e mata-me; para que não se diga de mim: Uma mulher o matou. E o moço o atravessou e ele morreu.
Vendo, pois, os homens de Israel que Abimeleque já era morto, foram-se cada um para o seu lugar.
Juízes 9,51-55





NA BÍBLIA, JUDITE CORTA A CABEÇA DO INIMIGO E ACABA COM A GUERRA

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No Livro de Judite, no Antigo Testamento, vemos que o  rei Nabucodonosor ameaçava gravemente o povo de Israel, através de seu marechal Holofernes.  Os israelitas ficaram desesperados, pois sabiam que Holofernes estava arrasando e saqueando tudo o que encontrava pelo caminho. 

Judite era uma mulher viúva, porém ainda jovem e muito bonita. Era muito temente a Deus e de conduta irrepreensível.
Judite orou com grande instância a Deus, uma oração intensa, regada a jejum, grande louvor e lágrimas.
E Judite tirou a roupa de viúva, arrumou-se, perfumou-se e vestiu-se com roupa de festa. Ficou belíssima, capaz de seduzir os homens que a vissem. Depois, apanhou uma sacola com alimentos e dirigiu-se para onde estava Holofernes.

 Bastou apenas vê-la para apaixonar-se.  Após muito assédio, Holofernes promoveu um banquete regado a muito vinho, com o propósito de manter relações sexuais com Judite. Acabou por adormecer. Procurando deixá-lo a sós com Judite, os servos fecharam a tenda e saíram. Judite, então, aproveitando-se a coma alcoólica de Holofernes, usando a própria espada deste, cortou-lhe a cabeça. Judite pegou a sacola utilizada para levar mantimentos e fez com que a cabeça de Holofernes fosse colocada dentro. Após, deixou discretamente o acampamento e voltou para seu povo, levando consigo a cabeça do opressor.






SANTA JOANA DARC - A GUERREIRA


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Munida de uma bandeira branca, Santa Joana chega a Orleães em 29 de abril de 1429. Ela participava dos conselhos de guerra dos generais, que frequentemente ouviam o que ela tinha a dizer (possivelmente acreditando que suas instruções tinham origem divina). Sob seu estandarte, o exército de 4 000 homens derrotaram os ingleses em batalha e romperam o cerco a Orleães a 8 de maio de 1429. A presença de Joana é creditada como fundamental para a vitória, dando coragem e força aos soldados. Os franceses estavam cercando Orleães havia quase oito meses e não conseguiam superar as defesas inglesas. Porém, com Santa Joana ao seu lado, o fervor religioso e patriótico reascendeu nas tropas e os conduziu a vitória.

 Ela teria chegado para a batalha em um cavalo branco, armadura de aço, e segurando um estandarte com a cruz de Cristo, circunscrita com o nome de Jesus e Maria. 

Após a vitória em Orleães, os ingleses pensaram que os franceses iriam tentar reconquistar Paris ou a Normandia, mas ao invés disto, Joana convenceu o Delfim a iniciar uma campanha sobre o rio Loire. Isso já era uma estratégia de Joana para conduzir o Delfim a cidade de Ruão.

Joana dirigiu-se a vários pontos fortificados sobre pontes do rio Loire. Em 11 e 12 de junho de 1429, participou da vitória francesa na batalha de Jargeau. No dia 15 de junho, foi a vez da batalha de Meung-sur-Loire. A terceira vitória foi em Beaugency, nos dias 16 e 17 de junho do mesmo ano. Um dia após sua última vitória se dirigiu a Patay, onde sua participação foi pouca. A luta na região, única batalha em campo aberto, já se desenrolava sem a presença de Joana d'Arc.


SANTA CLARA EXPULSA O EXÉRCITO DE SARRACENOS
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A força e a eficácia poderosa de sua oração pode ser sentida em 1244, quando o imperador Frederico II atacou o vale de Espoleto, tendo a seu serviço um exército de sarracenos.

Lançaram-se ao saque de Assis, e como São Damião ficava fora dos muros, resolveram começar por ali.Embora muito doente, Clara fez colocar o Santíssimo num ostensório, bem à vista do inimigo.

E Clara orou com grande fervor, pedindo a Cristo que salvasse suas irmãs do saque e do estupro.

Em seguida, orou pela cidade de Assis. No mesmo instante, o terror se apoderou dos assaltantes, que fugiram em debandada.




A CORAGEM DE SANTA TECLA, MÁRTIR


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Ela foi condenada a ser comida por animais selvagens, mas foi novamente salva por uma série de milagres quando as fêmeas a protegem contra seus agressores machos.

Atirada aos leopardos e tigres, estes se deixaram acariciar pela jovem, cujas mãos mansamente lamberam.

Em outro suplício ainda foi sujeita a fiel discípula de São Paulo.

Trancada numa caverna cheia de serpentes venenosas, estas nenhum mal lhe fizeram.









NEM DEZ HOMENS CONSEGUEM MOVER SANTA LUZIA:

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Como ela dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição.
Embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão.

Foi, então, condenada a morrer ali mesmo. Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva as chamas não tiveram nenhum efeito.
Logo em seguida, Luzia foi condenada à morte pela espada, maravilhando a todos com sua inabalável resolução e seu profundo espírito de fé.




ALGOZES MORTOS POR TENTAREM PROFANAR  SANTA INÊS

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Santa Inês tinha 13 nos quando foi condenada, por ser cristã,  a ser exposta nua num prostíbulo no Circo de Domiciano . Introduzida no local da desonra, uma luz celestial a protegeu e ninguém ousou aproximar-se dela. Seus cabelos cresceram maravilhosamente cobrindo seu corpo.
Ao ser defendida por um anjo guardião, um dos seus lascivos pretendentes caiu morto, mas a santa, apiedada, orou a Deus e o ressuscitou.  Temeroso, o Prefeito Sempronius passou o caso ao seu cruel substituto, Aspásio.

Após novo interrogatório, a menina foi condenada a morrer queimada.
As chamas também não a tocaram, voltando-se contra seus algozes e matando muitos deles.



 A CORAGEM DE SANTA BÁRBARA



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Bárbara, por ser cristã,  teve os "seios cortados, depois foi conduzida para fora da cidade onde o seu próprio pai a executou, degolando-a.

Quando a cabeça de Bárbara rolou pelo chão, um imenso trovão ribombou pelos ares fazendo tremer os céus.

Um relâmpago flamejou pelos ares e atravessando o céu fez cair por terra o corpo sem vida de Dióscoro, pai impiedoso da Virgem mártir".










SANTAS PERPÉTUA E FELICIDADE MOSTRAM FORÇA E CORAGEM




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Por serem cristãs,  Perpétua e Felicidade foram amarradas com arame e soltaram sobre elas uma vaca bravíssima, que as atacou sem misericórdia.

O povo emocionado, ao ver a valentia das jovens mães, pediu que as retirassem pela porta onde saiam os gladiadores vitoriosos.

A Felicidade cortaram a cabeça com um golpe de machado, Porém o verdugo que deveria matar Perpétua estava muito nervoso e errou o primeiro golpe.

 Ela deu um grito de dor, porém posicionou melhor a cabeça para facilitar o trabalho do verdugo e lhe indicou onde deveria atingi-la.

Assim, esta mulher corajosa mostrou até o último instante que morria mártir por sua própria vontade e com toda generosidade.





A CORAGEM DE MADRE JOANA ANGÉLICA DE JESUS - MÁRTIR

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Sóror Joana Angélica era uma freira da Congregação das Irmãs Concepcionistas. Em 1822, quando o brigadeiro Luís Madeira de Melo veio para Salvador comandar a Província, ela era abadessa do Convento da Lapa. A vinda do brigadeiro português revoltou os soldados brasileiros e a cidade virou um campo de batalha. Certo dia, soldados e marinheiros portugueses, embriagados de álcool e de ódio, a título de perseguir supostos revoltosos, invadiram o Convento da Lapa. A fim de preservar a integridade das monjas, Sóror Joana Angélica ordenou que elas fugissem pelo quintal. Os soldados enfurecidos derrubaram o portão de ferro e Joana Angélica colocou-se entre eles e o segundo portão que dá acesso à clausura onde o Santíssimo Sacramento está exposto. Na tentativa de impedir com seu corpo a entrada dos soldados, ela abriu os braços e exclamou: “Para trás, bandidos. Respeitem a casa de Deus. Recuai, só penetrareis nesta Casa por sobre o meu cadáver”. Foi então assassinada com golpes de baioneta e, ao pé do altar, esvaiu-se em sangue. Era o dia 20 de fevereiro de 1822.










sábado, 22 de abril de 2017

MILAGRE PARA A CANONIZAÇÃO DE JACINTA E FRANCISCO - OS PASTORINHOS DE FÁTIMA


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Aconteceu em Pernambuco, em 2007,  o milagre que permitiu a canonização dos Pastorinhos em Fátima, que acontecerá no próximo dia 13 de maio, em Portugal.

Uma criança de sete anos foi curada após sobreviver a uma queda de sete metros e ter sido diagnosticada com danos cerebrais irreversíveis. O pai teria invocado os pastorinhos após o acidente.

O evento foi reconhecido como milagre pelo papa Francisco no último dia 23 de março. O próprio sacerdote celebrará a canonização de Francisco e Jacinta Marto, as crianças que, junto com a prima Lúcia de Jesus, tiveram as visões de Nossa Senhora em Fátima, a primeira acontecendo em 13 de maio em 1917. Os dois morreram ainda crianças, enquanto Lúcia faleceu em 2005.

LOCAL
O Vaticano não informou o local exato onde se deu o evento, mas o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, deu declarações a veículos de comunicação portugueses dizendo estar "muito feliz que o Recife tenha contribuído no processo".


Saburido não irá à celebração em Fátima, mas a criança - cuja identidade não será revelada - e sua família confirmaram presença.

De acordo com o site da Rádio Vaticana, "a criança estava na casa do avô, brincando com a irmãzinha, quando caiu, por acidente, de uma janela de cerca sete metros de altura, sofrendo um grave traumatismo crânio encefálico, com a perda de material cerebral. Na mesma noite, os familiares e uma comunidade de irmãs de clausura haviam rezado com insistência, pedindo a intercessão dos pastorinhos de Fátima”.

"Depois de transportada ao hospital em coma, foi operada. Os médicos disseram então que, caso sobrevivesse, viveria em estado vegetativo ou, no máximo, com graves deficiências cognitivas", diz a Rádio Vaticana em seu site.

No dia 2 de fevereiro de 2007, uma equipe médica deu um “parecer positivo unânime sobre o caso, como ‘cura inexplicável do ponto de vista científico’”.






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Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos;
À universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados;
Hebreus 12,22-23






quinta-feira, 13 de abril de 2017

A VIGÍLIA DA QUINTA-FEIRA SANTA - ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO




A VIGÍLIA DA QUINTA-FEIRA SANTA:

Uma tradição piedosa é a adoração do Santíssimo na Quinta feira -Santa, realizada após a Missa do Lava-pés, na qual buscamos relembrar o momento de agonia e oração do Senhor no horto, vigiando e orando, como ele pediu aos Apóstolos.



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Adoramos Jesus presente no Pão e no vinho, em particular, na hóstia consagrada, o Santíssimo Sacramento.


Ele foi confortado por um Anjo; e nós, podemos dizer que somos Anjos de Jesus, quando ficamos em adoração ao Santíssimo diante d’Ele para O consolar e tomar parte das Suas amarguras. Uma oração que representa esse ato de reparação e consolação é a oração ensinada pelo Anjo de Portugal aos três pastorinhos, que deveriam repetir três vezes:

"Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos.
Peço Vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam.


Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo,
adoro-Vos profundamente
e ofereço Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo,
presente em todos os sacrários da terra,
em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido.
E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração
e do Coração Imaculado de Maria,
peço Vos a conversão dos pobres pecadores."


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Em sua encíclica Miserentissimus Redemptor, sobre as reparações, o papa Pio XI considerou os atos de reparação à Jesus Cristo como um dever de todos os católicos e se referiu a eles como "uma forma de compensação pela injúria cometida" nos sofrimentos de Jesus.

Ao terminar a Missa do Lava-pés, o Santíssimo é levado pelo sacerdote a um altar lateral, que será o horto das Oliveiras, enquanto se canta o hino :



                                                       (Canta na igreja:)
1)Tão sublime  Sacramento / adoremos  neste altar
    pois o antigo   testamento
   Deu ao novo seu lugar / Venha a fé  por suplemento
   O sentido completar

2- Ao eterno  pai cantemos /e a  Jesus o salvador 
    Ao espírito   exaltemos
   Na trindade eterno amor/ Ao Deus uno e trino demos
   a alegria do louvor
   Amém    Amém

                                                     (Só cantar na procissão)
1)Canta a Igreja o rei do mundo / que se esconde sob os véus   
   Canta o sangue tão fecundo
   Derramado  pelos seus / e o mistério tão profundo
   De uma Virgem Mãe de Deus

2)Um menino nos foi dado / veio aos servos o Senhor
   Foi na terra semeado
   O seu Verbo Salvador / Ao partir nos foi deixado
   Pão da vida, Pão de amor

3)Celebrando a despedida / com os doze  Ele ceou
  Toda páscoa foi cumprida
   Novo  rito   inaugurou / e o seu corpo /  Pão de vida
   aos irmãos ele entregou.

4)Cristo o verbo onipotente / deu-nos nova refeição:
    faz-se carne realmente
   O que deixa de ser pão / Eis que o vinho é sangue ardente
   vence a fé, o gosto e a visão



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terça-feira, 11 de abril de 2017

O ANJO DA AGONIA DO HORTO E A VIGÍLIA DE ADORAÇÃO - SOMOS ANJOS



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«Pai meu, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.» (S. Mateus 26,42)


A NOITE DA AGONIA

De acordo com os quatro evangelhos, logo após a Última Ceia, Jesus saiu para orar (S. João 18,1). Mateus e Marcos identificam o lugar como sendo o jardim conhecido como Getsêmani. 

Jesus estava acompanhado de Pedro, João e Tiago, filho de Zebedeu, a quem Jesus pediu que permanecessem acordados e orassem. 

Então ele se retirou para uma distância curta deles ("um tiro de pedra") e, ali, sentiu uma enorme tristeza e angústia, dizendo «Pai, se é do teu agrado, afasta de mim este cálice; contudo não se faça a minha vontade, mas sim a tua.» (S.Lucas 22,42) .

Então, um pouco depois, Ele disse «Pai meu, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.» (S. Mateus 26,42). Ele recitou esta oração três vezes, conferindo a situação dos apóstolos à cada vez e encontrando-os dormindo. 
Ele então profere uma de suas famosas frases: «o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.» (S. Mateus 26,41) .

Um anjo vem do céu para fortalecê-lo.

Durante a Sua agonia, conforme Ele rezava «...o seu suor tornou-se em gotas de sangue a cair sobre a terra.» (S. Lucas 22,44)

O Pai celeste respondeu a oração de Jesus enviando-Lhe um Anjo.
Jesus aludiu à possível ajuda dos Anjos, frente uma inútil ajuda humana: "Ou pensas tu que eu não poderia apelar para o Meu Pai, para que Ele pusesse à Minha disposição, agora mesmo, mais de doze legiões de Anjos?" (Mt 26,53). 

Mas o Senhor preferiu renunciar a uma intervenção com caráter de milagre, que teria desviado a Sua missão. Pelo contrário, Jesus quis oferecer à humanidade o testemunho do amor supremo.



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A "Agonia no Jardim" é o primeiro dos mistérios dolorosos do Santo Rosário.


OS ATOS DE REPARAÇÃO:

 A Santa Tradição da Igreja Católica inclui orações e devoções específicas como atos de reparação pelos sofrimentos de Jesus durante a sua agonia e Paixão. Estes atos não envolvem um pedido pelos beneficiários, vivos ou mortos, mas buscam a "reparação dos pecados" contra Jesus.  Algumas destas orações estão disponíveis no livro de orações conhecido como Raccolta (aprovado por um decreto de 1854 e publicado pela Santa Sé em 1898), que também inclui orações como os "Atos de Reparação à Virgem Maria".



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A VIGÍLIA DA QUINTA-FEIRA SANTA:

Uma tradição piedosa é a adoração do Santíssimo na Quinta feira -Santa, na qual buscamos relembrar o momento de agonia e oração do Senhor no horto, vigiando e orando, como ele pediu aos Apóstolos.

Ele foi confortado por um Anjo; e nós, podemos dizer que somos Anjos de Jesus, quando ficamos em adoração ao Santíssimo diane d’Ele para O consolar e tomar parte das Suas amarguras. Uma oração que representa esse ato de reparação e consolação é a oração ensinada pelo Anjo de Portugal aos três pastorinhos, que deveriam repetir três vezes:

"Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos.
Peço Vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam.


Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo,
adoro-Vos profundamente
e ofereço Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo,
presente em todos os sacrários da terra,
em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido.
E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração
e do Coração Imaculado de Maria,
peço Vos a conversão dos pobres pecadores."




Em sua encíclica Miserentissimus Redemptor, sobre as reparações, o papa Pio XI considerou os atos de reparação à Jesus Cristo como um dever de todos os católicos e se referiu a eles como "uma forma de compensação pela injúria cometida" nos sofrimentos de Jesus.

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O envio do Anjo nos mostra também em que luta o Senhor estava envolvido. Porque depois do sofrimento no Horto, quando chegaram os soldados para prendê-l'O, Ele disse: "Esta é a vossa hora e o poder das trevas" (Lc 22,53). 

O aparecimento do Anjo mostra-nos que agora é a decisão da luta entre os Anjos bons e os anjos maus, os demônios, esta luta que começou na provação dos Anjos, e na qual os anjos caídos perderam seu lugar nos céus. Jesus avisou antes da Sua Paixão: "agora é o julgamento desde mundo, será lançado fora o príncipe deste mundo" (Jo 12,31). Quer dizer que Ele lançará fora o diabo.



O ARCANJO GABRIEL : POSSÍVEL ANJO CONSOLADOR

 O Arcanjo anunciador, por excelência, das revelações de Deus é Gabriel, que significa "Deus é meu protetor" ou "homem de Deus"e, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras. 

Padroeiro da diplomacia, dos trabalhadores dos correios e dos operadores dos telefones, comumente está associado a uma trombeta, indicando que é aquele que transmite a Voz de Deus, o portador das notícias. Há algumas aparições suas citadas na Bíblia, além da missão mais importante e jamais dada a uma criatura, que o Senhor confiou a ele: o anúncio da encarnação do Filho de Deus. Motivo que o fez ser venerado, até mesmo no islamismo. 





OFÍCIO DAS TREVAS

Ofício das Trevas



Este ofício é a recitação do Ofício de Leituras combinado com Laudes, na madrugada ou manhã da Quinta-feira da Semana Santa, ou seja, rezado à noite na Quarta-feira Santa.

Havendo sacerdote ou diácono, ele preside, de acordo com a precedência. Deve vestir vestes corais de acordo com seu estado. Não se usam estolas ou pluviais. Os demais clérigos usam também vestes corais. Se um sacerdote ou diácono presidir, deve haver um cerimoniário e alguns acólitos, com sobrepelizes. Um dos acólitos é o encarregado de extinguir as velas após os salmos. É bom haver um grupo de cantores, para entoar os hinos, as antífonas e os salmos.

Se apenas leigos celebrarem o Ofício, um deles dirigirá, com as adaptações indicadas. Se esses leigos forem seminaristas ou religiosos, usarão veste talar ou hábito, com sobrepeliz.

No centro do local onde se celebra o Ofício das Trevas, preferencialmente no coro antes do presbitério, coloca-se um ambão, de onde se dirá os salmos, leituras e orações. O presbítero sentará na sede, acompanhado de dois diáconos, ou de um diácono e o cerimoniário, ou do cerimoniário e outro acólito, se houver. Sendo o diácono a presidir, senta-se ao seu lado o cerimoniário e outro acólito, se houver. O Bispo senta-se no trono ou no faldistório, de acordo com as regras do Cerimonial dos Bispos.

O candelabro de trevas, constando de quinze velas, é colocado em frente ao altar, à sua direita. Essas velas serão apagadas, aos poucos, durante o rito. Além do candelabro de trevas, seis velas podem estar acesas no altar, como se faz durante a Missa Solene, e serão apagadas durante o Benedictus. Um apagador de velas é colocado perto do candelabro de trevas.

Não se usa cruz processional nem velas processionais ou tochas durante o Ofício das Trevas.

Dando início à celebração, os clérigos em veste coral, cerimoniários, acólitos e cantores ou coro entram em silêncio e reverência, de forma processional, vindo o celebrante por último, e se aproximam do altar. Genuflectem ao Santíssimo Sacramento, ou, em sua falta, inclinam-se profundamente diante do altar, e vão para seus lugares.

Para a extinção de cada vela, o acólito responsável pega o apagador, reverencia o altar e vai ao candelabro para cumprir sua função.

No invitatório, no hino, no Evangelho, no Benedictus, nas preces e na oração, bem como na despedida, todos permanecem de pé. Nos salmos e leituras, permanecem sentados, exceto quem lê ou entoa o salmo. No invitatório, faz-se o sinal-da-cruz na boca, e no Benedictus e na bênção, o grande sinal-da-cruz.



Invitatório

V: † Abri os meus lábios, ó Senhor.
R: E minha boca anunciará vosso louvor.

Salmo 94 (95)
Convite ao louvor de Deus
Animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser ‘hoje’. (Hb 3,13)

Ant. Cristo por nós foi tentado, sofreu e na Cruz morreu: Vinde todos, adoremos!

Vinde, exultemos de alegria no Senhor; *
aclamemos o rochedo que nos salva.
Ao seu encontro caminhemos com louvores, *
e com cantos de alegria o celebremos!

Ant. Cristo por nós foi tentado, sofreu e na Cruz morreu: Vinde todos, adoremos!

Na verdade, o Senhor é o grande Deus, *
o grande Rei, muito maior que os deuses todos.
Tem nas mãos as profundezas dos abismos, *
e as alturas das montanhas lhe pertencem;
o mar é dele, pois foi ele quem o fez, *
e a terra firme suas mãos a modelaram.

Ant. Cristo por nós foi tentado, sofreu e na Cruz morreu: Vinde todos, adoremos!

Vinde adoremos e protremo-nos por terra, *
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor,
e nós somos o seu povo e seu rebanho, *
as ovelhas que conduz com sua mão.

Ant. Cristo por nós foi tentado, sofreu e na Cruz morreu: Vinde todos, adoremos!

Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: †
"Não fecheis os corações como em Meriba, *
como em Massa, no deserto, aquele dia,
em que outrora vossos pais me provocaram, *
apesar de terem visto as minhas obras. "

Ant. Cristo por nós foi tentado, sofreu e na Cruz morreu: Vinde todos, adoremos!

Quarenta anos desgostou-me aquela raça, †
e eu dise: "Eis um povo transviado, *
seu coração não conheceu os meus caminhos!"
E por isso lhes jurei na minha ira: *
"Não entrarão no meu repouso prometido! "

Ant. Cristo por nós foi tentado, sofreu e na Cruz morreu: Vinde todos, adoremos!

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Cristo por nós foi tentado, sofreu e na Cruz morreu: Vinde todos, adoremos!

Ofício de Leituras


1 Cantem meus lábios a luta
que sobre a cruz se travou;
cantem o nobre triunfo
que no madeiro alcançou
o Redentor do Universo
quando por nós se imolou.

2 O Criador teve pena
do primitivo casal,
que foi ferido de morte,
comendo o fruto fatal,
e marcou logo outra árvore,
para curar-nos do mal.

3 Tal ordem foi exigida
na obra da salvação:
cai o inimigo no laço
de sua própria invenção.
Do próprio lenho da morte
Deus fez nascer redenção.

4 Na plenitude dos tempos,
a hora santa chegou
e, pelo Pai enviado,
nasceu do mundo o autor;
e duma Virgem no seio
a nossa carne tomou.

5 Seis lustros tendo passado,
cumpriu a sua missão.
Só para ela nascido,
livre se entrega à Paixão.
Na cruz se eleva o Cordeiro,
como perfeita oblação.

6 Glória e poder à Trindade.
Ao Pai e ao Filho, louvor.
Honra ao Espírito Santo.
Eterna glória ao Senhor,
que nos salvou pela graça
e nos remiu pelo amor. Amém.


Ant. 1 Estou cansado de gritar e de esperar pelo meu Deus


Salmo 68(69),2-22.30-37
O zelo pela vossa casa me devora
Deram vinho misturado com fel para Jesus beber. (Mt 27,34)

I

Salvai-me, ó meu Deus, porque as águas *
até o meu pescoço já chegaram!
Na lama do abismo eu me afundo *
e não encontro um apoio para os pés.
Nestas águas muito fundas vim cair, *
e as ondas já começam a cobrir-me!

À força de gritar, estou cansado; *
minha garganta já ficou enrouquecida.
Os meus olhos já perderam sua luz, *
de tanto esperar pelo meu Deus!

Mais numerosos que os cabelos da cabeça, *
são aqueles que me odeiam sem motivo;
meus inimigos são mais fortes do que eu; *
contra mim eles se voltam com mentiras!

Por acaso poderei restituir *
alguma coisa que de outros não roubei?
Ó Senhor, vós conheceis minhas loucuras, *
e minha falta não se esconde a vossos olhos.

Por minha causa não deixeis desiludidos *
os que esperam sempre em vós, Deus do universo!
Que eu não seja a decepção e a vergonha *
dos que vos buscam, Senhor Deus de Israel!

Por vossa causa é que sofri tantos insultos, *
e o meu rosto se cobriu de confusão;
eu me tornei como um estranho a meus irmãos, *
como estrangeiro para os filhos de minha mãe.

Pois meu zelo e meu amor por vossa casa *
me devoram como fogo abrasador;
e os insultos de infiéis que vos ultrajam *
recaíram todos eles sobre mim!

Se aflijo a minha alma com jejuns, *
fazem disso uma razão para insultar-me;
se me visto com sinais de penitência, *
eles fazem zombaria e me escarnecem!
Falam de mim os que se assentam junto às portas, *
sou motivo de canções, até de bêbados!

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Estou cansado de gritar e de esperar pelo meu Deus 
Apagam-se as duas velas mais ao extremo do candelabro de trevas.

Ant. 2 Deram-me fel como se fosse um alimento, em minha sede ofereceram-me vinagre.

II

Por isso elevo para vós minha oração, *
neste tempo favorável, Senhor Deus!
Respondei-me pelo vosso imenso amor, *
pela vossa salvação que nunca falha!

Retirai-me deste lodo, pois me afundo! †
Libertai-me, ó Senhor, dos que me odeiam, *
e salvai-me destas águas tão profundas!
Que as águas turbulentas não me arrastem, †
não me devorem violentos turbilhões, *
nem a cova feche a boca sobre mim!

Senhor, ouvi-me pois suave é vossa graça, *
ponde os olhos sobre mim com grande amor!
Não oculteis a vossa face ao vosso servo! *
Como eu sofro! Respondei-me bem depressa!
Aproximai-vos de minh’alma e libertai-me, *
apesar da multidão dos inimigos!

Vós conheceis minha vergonha e meu opróbrio, †
minhas injúrias, minha grande humilhação; *
os que me afligem estão todos ante vós!
O insulto me partiu o coração; *
não suportei, desfaleci de tanta dor!

Eu esperei que alguém de mim tivesse pena, †
mas foi em vão, pois a ninguém pude encontrar; *
procurei quem me aliviasse e não achei!
Deram-me fel como se fosse um alimento, *
em minha sede ofereceram-me vinagre!

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Deram-me fel como se fosse um alimento, em minha sede ofereceram-me vinagre.

Apagam-se as duas velas seguintes em direção ao centro do candelabro de trevas.

Ant. 3 Procurai o Senhor continuamente, e o vosso coração reviverá.

III

Pobre de mim, sou infeliz e sofredor! *
Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus!
Cantando eu louvarei o vosso nome *
e agradecido exultarei de alegria!
Isto será mais agradável ao Senhor, *
que o sacrifício de novilhos e de touros.

Humildes, vede isto e alegrai-vos: †
o vosso coração reviverá, *
se procurardes o Senhor continuamente!

Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, *
e não despreza o clamor de seus cativos.
Que céus e terra glorifiquem o Senhor *
com o mar e todo ser que neles vive!

Sim, Deus virá e salvará Jerusalém, †
reconstruindo as cidades de Judá, *
onde os pobres morarão, sendo seus donos.
A descendência de seus servos há de herdá-las, †
e os que amam o santo nome do Senhor *
dentro delas fixarão sua morada!

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Procurai o Senhor continuamente, e o vosso coração reviverá.

Apagam-se as duas velas seguintes em direção ao centro do candelabro de trevas.

V. Quando eu for elevado da terra,
R. Atrairei para mim todo ser.



PRIMEIRA LEITURA


Da Carta aos Hebreus 4,14–5,10
Jesus Cristo, sumo sacerdote

Irmãos: Temos um sumo-sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. Com efeito, temos um sumo-sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno.

De fato, todo o sumo sacerdote é tirado do meio dos homens e instituído em favor dos homens nas coisas que se referem a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Sabe ter compaixão dos que estão na ignorância e no erro, porque ele mesmo está cercado de fraqueza. Por isso, deve oferecer sacrifícios tanto pelos pecados do povo, quanto pelos seus próprios. Ninguém deve atribuir-se esta honra, senão o que foi chamado por Deus, como Aarão.

Deste modo, também Cristo não se atribuiu a si mesmo a honra de ser sumo-sacerdote, mas foi aquele que lhe disse: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei”. Como diz em outra passagem: “Tu és sacerdote para sempre, na ordem de Melquisedec.”

Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem. De fato, ele foi por Deus proclamado sumo-sacerdote na ordem de Melquisedec.

RESPONSÓRIO Cf. Hb 5,8.9.7

R. Embora fosse o próprio Filho, aprendeu a obediência através do sofrimento * E para quem lhe obedece tornou-se uma fonte de eterna salvação.
V. Nos seus dias deste mundo fez subir preces e súplicas com clamores veementes e por sua piedade Jesus foi atendido. * E para quem lhe obedece tornou-se uma fonte de eterna salvação.

Apaga-se a próxima vela, à esquerda, no candelabro de trevas.

SEGUNDA LEITURA

Da Homilia sobre a Páscoa, de Melitão de Sardes, bispo
(N. 65-71: SCh 123,94-100)
(Séc. II)
O Cordeiro imolado libertou-nos da morte para a vida

Muitas coisas foram preditas pelos profetas sobre o mistério da Páscoa, que é Cristo, a quem seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém (Gl 1,5). Ele desceu dos céus à terra para curar a enfermidade do homem; revestiu-se da nossa natureza no seio da Virgem e se fez homem; tomou sobre si os sofrimentos do homem enfermo num corpo sujeito ao sofrimento, e destruiu as paixões da carne; seu espírito, que não pode morrer, matou a morte homicida.

Foi levado como cordeiro e morto como ovelha; libertou-nos das seduções do mundo, como outrora tirou os israelitas do Egito; salvou-nos da escravidão do demônio, como outrora fez sair Israel das mãos do faraó; marcou nossas almas com o sinal do seu Espírito e os nossos corpos com seu sangue.

Foi ele que venceu a morte e confundiu o demônio, como outrora Moisés ao faraó. Foi ele que destruiu a iniqüidade e condenou a injustiça à esterilidade, como Moisés ao Egito.

Foi ele que nos fez passar da escravidão para a liberdade, das trevas para a luz, da morte para a vida, da tirania para o reino sem fim, e fez de nós um sacerdócio novo, um povo eleito para sempre. Ele é a Páscoa da nossa salvação.

Foi ele que tomou sobre si os sofrimentos de muitos: foi morto em Abel; amarrado de pés e mãos em Isaac; exilado de sua terra em Jacó; vendido em José; exposto em Moisés; sacrificado no cordeiro pascal; perseguido em Davi e ultrajado nos profetas.

Foi ele que se encarnou no seio da Virgem, foi suspenso na cruz, sepultado na terra e, ressuscitando dos mortos, subiu ao mais alto dos céus.

Foi ele o cordeiro que não abriu a boca, o cordeiro imolado, nascido de Maria, a bela ovelhinha; retirado do rebanho, foi levado ao matadouro, imolado à tarde e sepultado à noite; ao ser crucificado, não lhe quebraram osso algum, e ao ser sepultado, não experimentou a corrupção; mas ressuscitando dos mortos, ressuscitou também a humanidade das profundezas do sepulcro.

RESPONSÓRIO Rm 3,23-25a; Jo 1,29b

R. Pois todos os homens pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados, de graça, mediante a libertação, realizada por meio de Cristo. * Deus destinou que Cristo fosse, por seu sangue, a vítima da propiciação, pela fé que colocamos nele mesmo.
V. Eis aqui o Cordeiro de Deus, o que tira o pecado do mundo. * Deus destinou que Cristo fosse, por seu sangue, a vítima da propiciação, pela fé que colocamos nele mesmo.

Apaga-se a próxima vela, à direita, no candelabro de trevas.

Laudes


Ant. 1 Olhai, Senhor, e contemplai meu sofrimento! Escutai-me e vinde logo em meu auxílio!

Salmo 79(80)
Visitai, Senhor, a vossa vinha
Vinde, Senhor Jesus! (Ap 22,20)

Ó Pastor de Israel, prestai ouvidos. *
Vós, que a José apascentais qual um rebanho!
Vós, que sobre os querubins vos assentais, †
aparecei cheio de glória e esplendor *
ante Efraim e Benjamim e Manassés!
Despertai vosso poder, ó nosso Deus, *
e vinde logo nos trazer a salvação!

Convertei-nos, ó Senhor Deus do universo, †
e sobre nós iluminai a vossa face! *
Se voltardes para nós, seremos salvos!

Até quando, ó Senhor, vos irritais, *
apesar da oração do vosso povo?
Vós nos destes a comer o pão das lágrimas, *
e a beber destes um pranto copioso.
Para os vizinhos somos causa de contenda, *
de zombaria para os nossos inimigos.

Convertei-nos, ó Senhor Deus do universo, †
e sobre nós iluminai a vossa face! *
Se voltardes para nós, seremos salvos!

Arrancastes do Egito esta videira, *
e expulsastes as nações para plantá-la;
diante dela preparastes o terreno, *
lançou raízes e encheu a terra inteira.

Os montes recobriu com sua sombra, *
e os cedros do Senhor com os seus ramos;
até o mar se estenderam seus sarmentos, *
até o rio os seus rebentos se espalharam.

Por que razão vós destruístes sua cerca, *
para que todos os passantes a vindimem,
o javali da mata virgem a devaste, *
e os animais do descampado nela pastem?

Voltai-vos para nós, Deus do universo! †
Olhai dos altos céus e observai. *
Visitai a vossa vinha e protegei-a!

Foi a vossa mão direita que a plantou; *
protegei-a, e ao rebento que firmastes!
E aqueles que a cortaram e a queimaram, *
vão perecer ante o furor de vossa face.

Pousai a mão por sobre o vosso Protegido, *
o filho do homem que escolhestes para vós!
–E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus! *
Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome!

Convertei-nos, ó Senhor Deus do universo, †
e sobre nós iluminai a vossa face! *
Se voltardes para nós, seremos salvos!

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. 1 Olhai, Senhor, e contemplai meu sofrimento! Escutai-me e vinde logo em meu auxílio!

Apagam-se as duas velas seguintes em direção ao centro do candelabro de trevas.

Ant. 2 Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada temo!

Cântico Is 12,1-6
Exultação do povo redimido
Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. (Jo 7,37)

Dou-vos graças, ó Senhor, porque estando irritado, *
acalmou-se a vossa ira e enfim me consolastes.
Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada temo; *
o Senhor é minha força, meu louvor e salvação.

Com alegria bebereis no manancial da salvação, *
e direis naquele dia: “Dai louvores ao Senhor,
invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas, *
entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime.

Louvai cantando ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos, *
publicai em toda a terra suas grandes maravilhas!
Exultai cantando alegres, habitantes de Sião, *
porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel!”

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. 2 Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada temo!

Apagam-se as duas velas seguintes em direção ao centro do candelabro de trevas.

Ant. 3 Deus nos deu de comer a flor do trigo, e com o mel que sai da rocha nos fartou.

Salmo 80(81)
Solene renovação da Aliança
Cuidai, irmãos, que não se ache em algum de vós um coração transviado pela incredulidade. (Hb 3,12)

Exultai no Senhor, nossa força, *
e ao Deus de Jacó aclamai!
Cantai salmos, tocai tamborim, *
harpa e lira suaves tocai!
Na lua nova soai a trombeta, *
na lua cheia, na festa solene!

Porque isto é costume em Jacó, *
um preceito do Deus de Israel;
uma lei que foi dada a José, *
quando o povo saiu do Egito.

Eis que ouço uma voz que não conheço: †
“Aliviei as tuas costas de seu fardo, *
cestos pesados eu tirei de tuas mãos.
Na angústia a mim clamaste, e te salvei, †
de uma nuvem trovejante te falei, *
e junto às águas de Meriba te provei.

Ouve, meu povo, porque vou te advertir! *
Israel, ah! se quisesses me escutar:
Em teu meio não exista um deus estranho *
nem adores a um deus desconhecido!

Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, †
que da terra do Egito te arranquei. *
Abre bem a tua boca e eu te sacio!

Mas meu povo não ouviu a minha voz, *
Israel não quis saber de obedecer-me.
Deixei, então, que eles seguissem seus caprichos, *
abandonei-os ao seu duro coração.

Quem me dera que meu povo me escutasse! *
Que Israel andasse sempre em meus caminhos!
Seus inimigos, sem demora, humilharia *
e voltaria minha mão contra o opressor.

Os que odeiam o Senhor, o adulariam, *
seria este seu destino para sempre;
eu lhe daria de comer a flor do trigo, *
e com o mel que sai da rocha o fartaria”.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. 3 Deus nos deu de comer a flor do trigo, e com o mel que sai da rocha nos fartou.

Apagam-se as duas velas seguintes em direção ao centro do candelabro de trevas.




LEITURA BREVE Hb 2, 9b-10

Vemos Jesus coroado de glória e honra, por ter sofrido a morte. Sim, pela graça de Deus em favor de todos, ele provou a morte. Convinha de fato que aquele, por quem e para quem todas as coisas existem, e que desejou conduzir muitos filhos à glória, levasse o iniciador da salvação deles à consumação, por meio de sofrimentos.


V. Lembra-te de Cristo, ressuscitado dentre os mortos! * Ele é nossa salvação e nossa glória para sempre.
R. Lembra-te de Cristo, ressuscitado dentre os mortos! Ele é nossa salvação e nossa glória para sempre.
V. Se com ele nós morremos, também, com ele viveremos.
R. Ele é nossa salvação e nossa glória para sempre. 
V. Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Lembra-te de Cristo, ressuscitado dentre os mortos! Ele é nossa salvação e nossa glória para sempre.

BENEDICTUS Lc 1, 68-79

Durante o Benedictus, se houver as seis velas do altar, o acólito responsável por apagá-las, munido do apagador, dirige-se ao altar, faz a inclinação profunda, e procede à cerimônia. A partir do sexto verso, ele vai à extrema esquerda do altar, e apaga essa vela. Depois, vai à extrema direita, para apagar a vela correspondente. Volta, então, à esquerda, para apagar a próxima, e, então, à direita, e assim por diante, de modo a apagar todas as seis velas nos últimos seis versos. Feita a cerimônia, inclina-se profundamente ao altar, e volta ao seu lugar.

Ant. Ardentemente eu desejei comer convosco esta Páscoa antes de ir sofrer a morte.

Bendito seja o Senhor Deus de Israel, *
que a seu povo visitou e libertou;
e fez surgir um poderoso Salvador *
na casa de Davi, seu servidor,
como falara pela boca de seus santos, *
os profetas desde os tempos mais antigos,
para salvar-nos do poder dos inimigos *
e da mão de todos quantos nos odeiam.
Assim mostrou misericórdia a nossos pais, *
recordando a sua santa Aliança
e o juramento a Abraão, o nosso pai, *
de conceder-nos  que, libertos do inimigo,
a ele nós sirvamos sem temor †
em santidade e em justiça diante dele, *
enquanto perdurarem nossos dias.
Serás profeta do Altíssimo, ó menino, †
pois irás andando à frente do Senhor *
para aplainar e preparar os seus caminhos,
anunciando ao seu povo a salvação, *
que está na remissão de seus pecados.
Pelo amor do coração de nosso Deus, *
Sol nascente que nos veio visitar
lá do alto como luz resplandecente *
a iluminar a quantos jazem entre as trevas
e na sombra da morte estão sentados †
e para dirigir os nossos passos, *
guiando-nos no caminho da paz.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Ardentemente eu desejei comer convosco esta Páscoa antes de ir sofrer a morte.


A Cristo, eterno sacerdote, a quem o Pai ungiu com o Espírito Santo para anunciar aos cativos a libertação, supliquemos humildemente; e digamos:
Senhor, tende piedade de nós!

Vós, que subistes a Jerusalém para sofrer a Paixão, e assim entrar na glória,
conduzi vossa Igreja à Páscoa da eternidade.
Senhor, tende piedade de nós!

Vós, que, elevado na cruz, deixastes a lança do soldado vos traspassar,
curai as nossas feridas.
Senhor, tende piedade de nós!

Vós, que transformastes o madeiro da cruz em árvore da vida,
concedei de seus frutos aos que renasceram pelo batismo.
Senhor, tende piedade de nós!

Vós que, pregado na cruz, perdoastes o ladrão arrependido,
perdoai-nos também a nós pecadores.
Senhor, tende piedade de nós!

Pai nosso que estais nos céus,
santificado seja o vosso nome;
venha a nós o vosso reino,
seja feita a vossa vontade,
assim na terra como no céu;
o pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do mal.



Senhor nosso Deus, amar-vos acima de tudo é ser perfeito; multiplicai em nós a vossa graça e concedei, aos que firmamos nossa esperança na morte do vosso Filho, alcançarmos por sua ressurreição aqueles bens que na fé buscamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
R. Amém.

Se um sacerdote ou diácono preside o Ofício, é ele quem despede o povo, dizendo:
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo.
R. Amém.

Dada a bênção, acrescenta-se:
V. Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
R. Graças a Deus.

Não havendo sacerdote, ou diácono, e na recitação individual, conclui-se assim:
O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
R. Amém.

Faz-se o strepitus com um pedaço de madeira ou o breviário, significando o terremoto ocorrido na morte de Jesus. Os demais podem juntar-se ao strepitus com seus breviários. Apaga-se a última vela do candelabro de trevas.


FONTE:
http://www.salvemaliturgia.com/2010/03/oficio-das-trevas-em-portugues-no-rito.html