sexta-feira, 31 de agosto de 2012

MARIA É CHAMADA DE NOSSA SENHORA POR QUÊ?




Maria é chamada por nós, católicos, de Nossa Senhora, pois é a Mãe de Nosso Senhor e Rei, Jesus Cristo, pois " há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também" (1 Cor 8,6).

Jesus é Nosso Senhor, Filho de Deus, e o próprio Deus com o Pai e o Espírito Santo. 

Jesus é o Rei dos céus. 





 





Maria, como sua mãe, partilha da realeza de seu Filho, pois um rei, nasce de uma rainha e é assim que Maria é retratada por São João no Apocalipse (12,1-2.5):
 

"1 E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.
2 E estando grávida, gritava com as dores do parto, sofrendo tormentos para dar à luz.
5 E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono." 

A realeza de Maria deriva da realeza de seu Filho e sua realeza não significa adoração, significa que Maria é a nossa Mãe na ordem da graça, a serva mais humilde, e um exemplo para os que amam o Cristo.

 Assim, o anjo ao anunciar o nascimento de Jesus, diz que ele receberá o trono de seu pai Davi, mostrando assim, que Maria, a virgem que daria à luz ao Senhor, era também de descendência real:

"32 Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai;
33 e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. "
(Lc 1, 32-33)



A presença de Maria deve ser motivo de alegria e veneração para todo seguidor de Cristo, pois ela nos traz o próprio Jesus consigo, por isso deve ser honrada, como Mãe de Nosso Senhor e Deus:

"41 Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, saltou a criancinha no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo,
42 e exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre!
43 E donde me provém isto, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? "
 (Lc 1, 41-43) 






 








Invocada como Nossa Senhora, Maria é Mãe de Deus, pois Jesus é Nosso Senhor e Deus, como diz a Bíblia:



"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."
(Jo 1,1) 


"Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu! "
(Jo 20,28)

"Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus."
(Jo 5,18)


 
"Eu e o Pai somos um. "
(Jo10,30)




Isso significa que Maria é Mãe de Deus, a partir do momento em que o gerou no mundo (Lc 1,35) e não no sentido de que veio antes de Deus, pois ela é criatura, filha de Deus e o ser humano mais especial aos olhos do Senhor (Lc1,28), predestinada desde o início dos tempos (Gn 3,15).

O nome de Maria, também nos dá uma informação importante:

 Maria pode ter duas origens: do hebraico Miriam, formado por mar (mestre) e ram (poderoso);

 ou também do hebraico myriam ("vidente", "senhora soberana" ou mesmo "amarga" "mar de amargura, tristeza", ou do caldeu, "senhora do mar" são algumas das interpretações possíveis), que originou a forma latinizado "Maria".

Assim, o próprio nome da Mãe do Senhor nos mostra que ela é a Senhora Soberana, Senhora da amargura, Senhora das dores, como vemos nos Evangelhos, sofrendo com seu Filho, homem das dores:



 
"25 Estavam em pé, junto à cruz de Jesus, sua mãe, e a irmã de sua mãe, e Maria, mulher de Clôpas, e Maria Madalena.
26 Ora, Jesus, vendo ali sua mãe, e ao lado dela o discípulo a quem ele amava, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.
27 Então disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa."
(Jo 19,25-27) 
 

Nesse trecho do evangelho, temos muitos elementos importantes:




 







Maria foi e é a sempre virgem, pois Jesus foi seu filho único, como constatamos nessa passagem, que nos mostra a preocupação de seu Filho com sua Mãe, sozinha no mundo, daí entregar ela aos cuidados de seu discípulo amado.



Por outro lado, o discípulo amado é entregue por Jesus aos cuidados da Mãe, mostrando dessa forma que todos somos filhos dela.

Outro aspecto importante, é o fato de Jesus chamá-la de mulher, mostrando assim seu aspecto profético, desde o Gênesis até o Apocalipse, ela é a mulher profetizada desde o início para ser a colaboradora na História da salvação:
  

"Porei inimizade entre ti e a mulher" (Gn 3,15)

 "Mulher, eis aí o teu filho" (Jo 19,26)


  "uma mulher vestida do sol" (Apo 12,1)
 

No dicionário encontramos que o termo senhora é um "tratamento cortês, dispensado a uma mulher casada e, em geral, a qualquer mulher de certa condição social. / Esposa. / Dona de casa. / Proprietária. /".

Ao chamar Maria de Senhora, mostramos respeito à Mãe de Jesus, honramos e louvamos Nosso Senhor, pois reconhecemos que ela é a Senhora por causa dele, único Senhor, o seu Filho. E como nos Cânticos dos cânticos, dizemos:

"Quem é esta que avança como a aurora, bela como a lua, brilhante como o sol, temível como exército m ordem de batalha?"(Cant 6,10)


Ao chamar Maria de Senhora, mostramos que somos "filhos dela, os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o testemunho de Jesus" (Apo 12,17)   .

Ao chamar Maria de Senhora, nos colocamos contra o Demônio, pois "o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra aos demais filhos dela "(Apo 12,17). 

O demônio é o adversário de Maria, assim profetizado desde o Gênesis:
 
"Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." (Gn 3,15)



Ao chamar Maria de Nossa Senhora, nos colocamos como seus servos, procurando obedecer a seu único mandamento, que é "Fazei o que Ele vos disser" (Jo 2,5).

 Buscando obedecer a esse mandamento, honramos Maria invocando-a (Lc 1,28), olhando para seus exemplos (I Pe 3,6), tendo-a como modelo de vida e de oração(Hb 6,12). 

Podemos ter como ordem as palavras do anjo para Agar no Gênesis:

"Disse-lhe o anjo do Senhor: Torna-te para tua senhora, e humilha-te debaixo das suas mãos. "
(Gen 16,9)

Humilhar-se debaixo das mãos de Maria, é colocar-se  diante da Mãe de Misericórdia, recorrendo a sua valiosa intercessão (Jo 2, 3).

A oração a Maria, nos conduz ao Senhor, como nos diz o salmo 132,2, nossos olhos se fitam nas mãos de Maria, em suas mãos em prece, para que ela nos alcance a piedade de seu Filho como nas Bodas de Caná (Jo 2, 1-12), pois ela nada pode por si, como ser humano puro, a não ser orar por nós. 

Eis o trecho do salmo 132,2:

"Assim como os olhos dos escravos estão fitos nas mãos do seu senhor, assim como os olhos das escravas estão fitos nas mãos de sua senhora, assim os nossos olhos no Senhor, até de nós ter piedade. " 

 

A mediação de Maria em favor dos homens não obscurece nem diminui a mediação única de Cristo; 

pelo contrário, até ostenta sua potência, pois todo o salutar influxo da bem-aventurada Virgem deriva dos superabundantes méritos de Cristo, estriba-se em sua mediação, dela depende inteiramente e dela aufere toda a sua força.
 
 Pois nenhuma criatura jamais pode ser equiparada ao Verbo encarnado e Redentor.

 Mas, da mesma forma que o sacerdócio de Cristo é participado de vários modos, seja pelos ministros, seja pelo povo fiel, e da mesma forma que a indivisa bondade de Deus é realmente difundida nas criaturas de modos diversos, assim também a  única mediação do Redentor não exclui, antes suscita nas criaturas uma variegada cooperação que participa de uma única fonte, pois como diz São Paulo, os santos são "operários e administradores dos mistérios de Deus" (1 Co 4,1).




O título Nossa Senhora vem da realeza de Maria que é uma verdade fundamentada ao longo do tempo, e consta dos documentos mais antigos da Igreja e dos livros da sagrada Liturgia.

O Papa Pio XII escreveu no encerramento do ano mariano de 1954, uma bela encíclica intitulada "Ad Coeli Reginam", em português, "Sobre a realeza de Maria".


O Papa Pio XII cita na referida Encíclica "Ad Coeli Reginam" uma série de escritores sacros, como Santo Efrém, São Gregório Nazianzeno, Prudêncio, Orígenes, São Jerônimo, Santo Epifânio, Santo André Cretense, São Germano, São João Damasceno, Santo Ildefonso de Toledo.....todos estes importantes homens da Igreja chamando e invocando Maria como "Rainha" e "Senhora";

sem qualquer usurpação dos atributos divinos,porque os méritos e as virtudes santas de Maria ,e o atendimento das nossas preces vem sempre dos méritos infinitos do Cristo.











A noção de Maria como Nossa senhora também se deve a uma evolução doutrinal:

à definição do concílio de Nicéia (325) sobre a divindade de Jesus Cristo está unida a definição do concílio de Éfeso (431) sobre Maria ser a Mãe de Deus (Theotokos), pela união indissolúvel da natureza divina e humana no filho. 

A essas definições junta-se a verdade de Maria sempre Virgem proclamada em Constantinopla (553) e em Roma (649).

A fonte para o conhecimento da Virgem Maria é o Novo Testamento (Evangelhos, Atos e carta aos Gálatas), onde o nome aparece na forma grega, Marían, correspondente ao hebraico Miryam. 

O significado semítico parece ser o de «excelsa», «augusta».

São Lucas e São Mateus são os evangelistas  que dedicam mais espaço à infância de Jesus.

Os dados biográficos desses textos da Escritura dão conta, de fato, de Maria ser uma mulher jovem, pertencente à tribo de Judá e à descendência de Davi.

Desde o século V, afirmou-se uma festa própria que celebrava a Mãe de Deus em união com o mistério da Encarnação do Verbo (por isso, a data da festa cai geralmente em dezembro, pouco antes do Natal).





 






São Bernardo de Claraval, foi o primeiro a invocá-la com o título de Nossa Senhora, no século XII, e foi o autor de lindos escritos sobre Maria e da oração mariana "Lembrai-vos". 






 No Oriente, os aspectos naturais de Nossa Senhora levaram a celebrar a festa da Natividade (8 de setembro), da Anunciação (25 de março), da Purificação (2 de fevereiro), da Assunção (15 de agosto).

Depois da escolástica, devido ao desenvolvimento da mariologia, foram celebradas as festas da Visitação (2 de julho), da Imaculada conceição (8 de dezembro), da apresentação no Templo (21 de novembro).

As revelações particulares não fazem parte do depósito da fé.

 Mas sendo reconhecidas como autênticas pela Igreja devem ser reverenciadas. 

 Manifestações marianas reconhecidas pela Igreja: Carmo , Laburé, La Sallete (França - 1846), Lourdes (França - 1854) e Fátima (Portugal - 1917), Guadalupe (México - 1531) , Rue du Bac (França).

Fatos particulares da cristandade pós-tridentina deram origem às festas do Rosário (7 de outubro) e do Nome de Maria (12 de outubro). 

Tornaram-se universais as festas que eram próprias de ordens religiosas, como a do Carmelo (16 de julho), de N. Sra. das Dores (15 de setembro), do Coração de Maria (22 de agosto) e várias outras que se originaram de devoções particulares, entre as quais a de Maria Rainha (31 de maio).












  ALGUMAS FONTES:







MILAGRES E GRAÇAS DE SANTO AGOSTINHO



A translação do corpo




 


 






Poucos anos depois da morte de Santo Agostinho, os bárbaros que se tornaram donos da cidade de Hipona profanaram as igrejas, em seguida, os fiéis levaram o corpo do santo para a Sardenha passados 280 anos após sua morte.  

Em 718, Liutprando, rei dos lombardos, sabia que os sarracenos haviam devastado a Sardenha, enviou embaixadores para detectar as relíquias do santo e trazê-las para Pavia, e eles pagaram um resgate elevado, e as trouxeram para Génova.

 O rei ouviu falar do encontro das relíquias, e apressou-se em recebê-las as  com alegria e reverência.

 Mas, um dia, eles não conseguiram prosseguir em procissão com a urna até que o rei prometeu erguer uma igreja em honra de Santo Agostinho se as relíquias chegassem em Pavia.


 
 Túmulo de Santo Agostinho, em Pavia.


 E, após esse voto, continuaram com a maior facilidade, e o rei, seu fiel devoto, construiu em homenagem ao santo uma magnífica basílica, no local onde o milagre aconteceu.

O mesmo aconteceu no dia seguinte na Casale, e também foi erguida uma igreja. 


 O rei, vendo que o santo estava ansioso em propagar a fé, mandou erigir igrejas em sua honra, e, por outro lado, temendo que ele parasse em uma cidade diferente da que ele mesmo havia escolhido, apressou-se em construir uma igreja em cada um dos lugares onde passando o corpo do santo, ficou, assim,  hospedado. 


 







 Finalmente chegou em Pavia, e colocou-o com grande veneração na Igreja de São Pedro.












Alguns relatos de Milagres  de Santo Agostinho


CURADO DE DOENÇA NAS PERNAS

1. Um moleiro  tinha uma devoção especial por Santo Agostinho e sofreu uma doença grave nas pernas, virou-se ansiosamente para o santo, e viu-o  perto dele ao dormir, tocando-o em suas pernas e imediatamente curando-o, o que de fato aconteceu e lhe trouxe à vida graças ao Senhor e Santo Agostinho.






 


CURADO DE  PEDRAS NOS RINS

2. Um menino tinha uma pedra inflamada, e sua mãe, recomendou-o a Santo Agostinho, e terminada sua oração, o menino expliu a pedra e estava completamente curado.









 A VISÃO DE UM MONGE

3. Um monge,  à noite , enquanto orava, em êxtase, viu S. Agostinho em uma nuvem resplandecente, estava vestido com vestes pontifícias, seus olhos estavam brilhando como o sol que iluminou toda a Igreja, enquanto pelo ar se difundia um perfume delicioso. 







 
 VISÃO DE UM MONGE

4. São Bernardo, uma manhã,  estava no coro e adormeceu durante a leitura de uma passagem de Santo Agostinho. Então, ele viu um homem de beleza maravilhosa, de cuja boca saía um rio que inundou toda a igreja e não tinha dúvida de que era Santo Agostinho cuja eloquência vinha difundir a doutrina por toda a igreja.




RELÍQUIA VERDADEIRA APARECE NO LUGAR DE FALSA

 5. Um homem que tinha uma grande devoção a Santo Agostinho, pediu  a relíquia de um dedo do santo para um monge que preservava elas. O monge, com a promessa de uma grande soma em dinheiro,  levou um dedo de um homem morto qualquer, dizendo que era  de Santo Agostinho e embolsou o dinheiro.

 O outro, feliz, venerando a relíquia, muitas vezes beijou o relicário. Aconteceu que o Senhor por um milagre trocou o dedo falso pelo  dedo real de Santo Agostinho e então começou a ocorrer muitos milagres e as pessoas compareceram na casa desse homem em grande número. Recebendo essa  notícia o abade do mosteiro, perguntou ao monge guardião sobre as relíquias,e esse confessou seu pecado. Mas o abade queria verificar o conteúdo da caixa que continha os dedos e constatou que um  estava faltando. O abade assumiu o cargo do monge guardião e o puniu severamente. 














DEVOTO VAI AO CÉU NA COMPANHIA DO SANTO

6. No convento de Fontenoy, um monge era muito dedicado a Santo Agostinho. Ele estava estudando os escritos e pediu-lhe  a graça de morrer no dia da sua festa. Quinze dias antes da festa de Santo Agostinho, foi atingido por uma dor violenta e foi encontrado no chão, quase morto. Mas, então, ao acordar na enfermaria, o monege viu muitas pessoas vestidas de branco, seguidas por um homem velho vestido de vestes pontifícias. O Monge, que os viu chegar, ficou cheio de admiração e perguntou quem eram e onde estavam indo, e um deles disse que era Santo Agostinho, que com os seus cânones o veio visitar em seu leito de morte, o Monge tinha sido tão dedicado a ele, que o queria conduzi-lo para o reino dos céus. Esta procissão venerável foi para a enfermaria e lá permaneceu algum tempo, então a alma de Monge foi liberada dos laços da carne e introduzida no céu pelo seu patrono. 




 LENDA DE SANTO AGOSTINHO E O DIABO COM O LIVRO


7.  Enquanto Santo Agostinho ainda estava vivo, ele viu o diabo com um grande livro e perguntou-lhe o que estava escrito.

 O diabo respondeu que foram escritos os pecados de todos os homens, e Santo Agostinho pediu-lhe para ver o que foi escrito contra ele.



 




 E depois de tentar muito ver o livro, finalmente, descobriu que estava escrito que uma vez que ele não havia recitado as Completas (a oração da noite). 




 Mais tarde, o diabo, fechou o livro, e se foi.  Santo Agostinho, então, foi para a igreja onde recitou devotadamente as Completas. Mais tarde, o diabo veio novamente e o santo pediu para rever o livro.  

Abriram o livro e depois de muito procurar, descobriu que o pecado atribuído a Santo Agostinho havia sido cancelado.O diabo, então, inquieto,  disse: - tu me enganaste bem e estou arrependido de ter-te mostrado o livro em que estava escrito uma pena contra ti, pois a apagaste com tuas orações.E ele foi embora confuso.



  
A VISÃO DE UMA DEVOTA


 8. Uma mulher  que sofria muito por causa da maldade de alguns, foi procurar o conselho de Santo Agostinho.  Encontrou-o a estudar e cumprimentou-o, mas ele não atendeu ou olhou para ela. Ela pensou que ele havia feito de propósito e por causa do espírito de santidade não queria olhar uma mulher. Foi até ele, de novo, e pedindo-lhe conselho ao que ele respondeu sem uma palavra. Assim, se retirou triste. No dia seguinte, enquanto assistia à Missa, no momento  da elevação ficou em êxtase e viu a Santíssima Trindade, e também Santo Agostinho, com o rosto para baixo.

 Em seguida, ouviu uma voz que dizia:

"Quando você foi vê-lo, Agostinho estava decidido a estudar o mistério da Santíssima Trindade, assim não lhe respondeu. Oriana, vá, e você o encontrará cheio de bondade, e vai lhe dar conselhos."

 Ela o fez e Agostinho, depois de a ter escutado com carinho e atenção, aconselhou-a com cautela. 






A VISÃO DE UM DEVOTO

9. Um homem de grande piedade, em êxtase, viu todos os santos, mas, por mais que tentasse, não conseguia ver Santo Agostinho. Perguntou a razão a um dos santos que voltando-se a ele, disse:
 " Agostinho está no mais alto dos céus e contemplar a Santíssima Trindade."





PRISIONEIRO DEVOTO LIBERTADO

 10. Em Pavesi, alguns eram prisioneiros do duque de Malaspina, que se recusou a dar-lhes algo para beber, a fim de extrair um resgate elevado. Alguns já estavam em agonia e outros  bebia a própria urina. 

 




 Um deles muito joven e tinha por Santo Agostinho uma devoção especial a quem ele implorou ajuda.  



Cerca de meia-noite, o santo apareceu, tomou-o pela mão e levou-o nas margens do rio, com folhas de videira oferecendo-lhe água.







DOENTE ACAMADO É CURADO

 11. O zelador de uma igreja, muito dedicado a Santo Agostinho, por três anos ficou tão doente que foi forçado a ficar na cama.  

Um dia antes da festa do santo, enquanto rezavam as vésperas, encomendou-se a ele com grande fervor, e o santo lhe apareceu vestido de branco e disse: 

" - Você me chamou. Aqui estou eu, se levante e comemore com fervor a minha noite em minha honra."

 E o doente, sentindo-se curado, se levantou e foi à igreja para o espanto de todos que o viram. 






CEGO CURADO

12. Um homem cego, se confessou com tanta confiança, que Santo Agostinho apareceu e curou-o. 






VÁRIOS ENFERMOS CURADOS EM APARIÇÃO

13. Mais de 40 pessoas estavam seriamente doentes de Roma, Alemanha e da Gália foram visitar os túmulos dos Apóstolos. Alguns arrastando-se em muletas, outros completamente paralisados, outros eram cegos e caminhavam com ajuda de seus camaradas que serviam de condução. Passado as montanhas chegaram a um vilarejo chamado Cava, a três milhas de Pavia, e aí  apareceu-lhes S. Agostinho vestido de paramentos pontificais, saindo de uma igreja construída em honra dos santos Cosme e Damião. 


 

 O santo cumprimentou-os e perguntou-lhes para onde estavam indo, e  eles responderam que iam a Roma, então disse-lhes:

 Vão para a Itália e perguntem onde está a igreja de São Pedro, e lá vocês vão obter a graça que vocês pedem. 

Eles lhe perguntaram seu nome e ele disse: 

- "Eu sou Santo Agostinho, bispo de Hipona."

 E imediatamente desapareceu. 

Eles chegaram em Pavia, entraram na igreja de São Pedro e, quando souberam que o corpo de Santo Agostinho estava ali, gritaram: - "Santo Agostinho, ajude-nos!"









 Cidadãos e religiosos, atraídos pela novidade, formaram um fluxo na porta da igreja para o túmulo do santo, e testemunharam que os doentes vindos até ali foram totalmente curados ou, em outros, permaneceram neles traços menores da enfermidade, de modo que a fama do santo se espalhou mais e mais, e uma multidão de pessoas doentes começou a afluir à igreja, e quem veio foi curada e deixou presentes e ex-votos em gratidão.  

A quantidade desses votos fez que toda a capela de Santo Agostinho ficasse cheia e depois foram colocadas no vestíbulo, mas logo foram tantos que  se tornou difícil mantê-los na capela, e os homens foram forçados a levá-los para outro lugar.














FONTES:



AS PROCISSÕES CATÓLICAS NA BÍBLIA - SINAIS DO PODER DE DEUS.



1. As procissões são bíblicas
2. O uso de imagens nas procissões
3. Procissão no Novo Testamento
4. O uso dos êx-votos
5. As procissões são momentos de poder e testemunho



1. As procissões são bíblicas

As procissões são um costume bíblico, elas nos lembram que estamos na terra em peregrinação, marchando para a pátria eterna, nossa verdadeira casa, em Cristo Jesus.

Algumas passagens bíblicas sobre o uso de procissões na Bíblia:

"13 Assim iniciaram a primeira caminhada, à ordem do Senhor por intermédio de Moisés:
14 partiu primeiramente o estandarte do arraial dos filhos de Judá segundo os seus exércitos; sobre o seu exército estava Nasom, filho de Aminadabe;
25 Então partiu o estandarte do arraial dos filhos de Dã, que era a retaguarda de todos os arraiais, segundo os seus exércitos; sobre o seu exército estava Aiezer, filho de Amisadai;
33 Assim partiram do monte do Senhor caminho de três dias; e a arca do pacto do Senhor ia adiante deles, para lhes buscar lugar de descanso.
34 E a nuvem do Senhor ia sobre eles de dia, quando partiam do arraial.
35 Quando, pois, a arca partia, dizia Moisés: Levanta-te, Senhor, e dissipados sejam os teus inimigos, e fujam diante de ti os que te odeiam.
36 E, quando ela pousava, dizia: Volta, ó Senhor, para os muitos milhares de Israel.
(Num 10,13-36)





2. O uso de imagens nas procissões 



 



Nesse texto, vemos o uso de estandartes, comum em nossas procissões com bandeiras marcando as confrarias e grupos de oração, e o uso de se levar uma imagem representativa, a Arca da Aliança, que era encimada pelas esculturas de dois anjos, os querubins.

 A Arca representava o próprio Deus no meio do povo,por isso quando a Arca é levantada, Moisés diz:

" Levanta-te, Senhor, e dissipados sejam os teus inimigos, e fujam diante de ti os que te odeiam. (Num 10,35)"

Diz a Bíblia que sobre a Arca iam dois querubins de ouro, feitos por ordem de Deus, assim sendo, os israelitas levavam imagens em  suas procissões:

 "18 Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório.
 20 Os querubins estenderão as suas asas por cima do propiciatório, cobrindo-o com as asas, tendo as faces voltadas um para o outro; as faces dos querubins estarão voltadas para o propiciatório.
21 E porás o propiciatório em cima da arca; e dentro da arca porás o testemunho que eu te darei."
 (Ex 25, 18-21)













Em nossas procissões, as imagens representam Cristo, Maria, o Espírito Santo, a Trindade ou algum (a) santo (a), nosso(a) irmão (a) intercessor (a) (Hb 12,1), que caminha conosco enquanto peregrinamos na terra.



As imagens representam a presença dessas pessoas, como a Arca representava a presença de Deus.

Como a Arca era venerada, e por conseguinte seus anjos também, veneramos as representações sagradas de nossos irmãos heróis (Hb 6,12) na fé ou de Maria e Cristo, ao vê-las e rezar diante delas elevamos nossa mente ao céu, e os santos que não cessam de interceder por nós e pela redenção da humanidade (Ap 6,9-11)(Apoc 8,3-4) ,(Mt 18,10), oferecem nossas preces ao Pai (Apo 5,8), pelo único Mediador da Salvação (ITim 2,5) ,Jesus Cristo, Senhor Nosso.

 E assim como o povo de Israel diante da escultura da serpente de bronze (Num 21 8-9), Deus nos comunica suas graças através de suas imagens sagradas.






3. Procissão no Novo Testamento













Um exemplo de procissão no Novo Testamento é a entrada de Jesus em Jerusalém:


"7 Então trouxeram a Jesus o jumentinho e lançaram sobre ele os seus mantos; e Jesus montou nele.
8 Muitos também estenderam pelo caminho os seus mantos, e outros, ramagens que tinham cortado nos campos.
9 E tanto os que o precediam como os que o seguiam, clamavam: Hosana! bendito o que vem em nome do Senhor!
10 Bendito o reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana nas alturas!
11 Tendo Jesus entrado em Jerusalém, foi ao templo; e tendo observado tudo em redor, como já fosse tarde, saiu para Betânia com os doze."
 (Mc 11, 7-11)

Seguindo o exemplo do povo que saudou Jesus entrando com ele em procissão em Jerusalém. Em nossas procissões louvamos e bendizemos ao Senhor que caminha conosco em sua Igreja.

Seja qual for o motivo da procissão, ela é sempre um louvor a Deus em primeiro lugar, em segundo, é uma exaltação e agradecimento a Deus pela intercessão de algum Santo ou de Maria, em terceiro, pode ser também usada em penitência ou súplica por alguma necessidade.







 




Nas celebrações da Santa Missa, é costume se fazer uma procissão de entrada, como também a procissão da comunhão, lembrando o povo que caminhava no deserto em busca da Terra Prometida, agora, o céu.












4. O uso dos êx-votos


Um exemplo de procissão bíblica, na qual vemos o uso da prática de êx-votos, ou seja, um símbolo devotado a Deus, ou aos seus santos, em agradecimento por uma graça alcançada, é a procissão organizada por Josué:


"5 Disse Josué também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós.
6 E falou Josué aos sacerdotes, dizendo: Levantai a arca do pacto, e passai adiante do povo. Levantaram, pois, a arca do pacto, e foram andando adiante do povo.
7 Então disse o Senhor a Josué: Hoje começarei a engrandecer- te perante os olhos de todo o Israel, para que saibam que, assim como fui com Moisés, serei contigo. "
(JOS 3, 5-7)

"5 e disse-lhes: Passai adiante da arca do Senhor vosso Deus, ao meio do Jordão, e cada um levante uma pedra sobre o ombro, segundo o número das tribos dos filhos de Israel;
6 para que isto seja por sinal entre vós; e quando vossos filhos no futuro perguntarem: Que significam estas pedras?
7 direis a eles que as águas do Jordão foram cortadas diante da arca do pacto de Senhor; quando ela passou pelo Jordão, as águas foram cortadas; e estas pedras serão para sempre por memorial aos filhos de Israel.
8 Fizeram, pois, os filhos de Israel assim como Josué tinha ordenado, e levantaram doze pedras do meio do Jordão como o Senhor dissera a Josué, segundo o número das tribos dos filhos de Israel; e levaram-nas consigo ao lugar em que pousaram, e as depositaram ali.
9 Amontoou Josué também doze pedras no meio do Jordão, no lugar em que pararam os pés dos sacerdotes que levavam a arca do pacto; e ali estão até o dia de hoje. "
(Jos 4,5-9)






5. As procissões são momentos de poder e testemunho 

O texto do livro de Josué deixa claro que a procissão é um momento de poder, na qual o Senhor caminha conosco, pois onde há dois ou mais orando em seu nome, Ele está em nosso meio e pode operar maravilhas:


"porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós."

Realmente, nas procissões vemos o poder Deus na vida de seu povo, muitos andam descalços, carregam símbolos das graças alcançadas, como casas em miniatura, ou representações em cera de partes do corpo curada, tijolo na cabeça pela casa própria, já vi gente subindo de joelhos  escadarias e morros, ou subindo se arrastando como se estivesse nadando por ter sido livre de afogamento, etc.

Deus seja louvado pela fé de seu povo!



 





Quando oramos com fé na procissão, o Senhor nos escuta e não deixa de realizar maravilhas. 



As procissões são momentos de poder, pois é a Igreja que marcha na terra, assim , o texto bíblico do cerco de Jericó, escrito mais abaixo,  deixa claro que é preciso perseverar na oração ( o povo rezou or sete dias), novenas, terços, Missas, para que consigamos derrubar as barreiras que oprimem nossas vidas, ou impedem nossos sonhos:





"1 Ora, Jericó se conservava rigorosamente fechada por causa dos filhos de Israel; ninguém saía nem entrava.
2 Então disse o Senhor a Josué: Olha, entrego na tua mão Jericó, o seu rei e os seus homens valorosos.
3 Vós, pois, todos os homens de guerra, rodeareis a cidade, contornando-a uma vez por dia; assim fareis por seis dias.
4 Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifres de carneiros adiante da arca; e no sétimo dia rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas.
5 E será que, fazendo-se sonido prolongado da trombeta, e ouvindo vós tal sonido, todo o povo dará um grande brado; então o muro da cidade cairá rente com o chão, e o povo subirá, cada qual para o lugar que lhe ficar defronte:
6 Chamou, pois, Josué, filho de Num, aos sacerdotes, e disse-lhes: Levai a arca do pacto, e sete sacerdotes levem sete trombetas de chifres de carneiros, adiante da arca do Senhor.
15 No sétimo dia levantaram-se bem de madrugada, e da mesma maneira rodearam a cidade sete vezes; somente naquele dia rodearam-na sete vezes.
16 E quando os sacerdotes pela sétima vez tocavam as trombetas, disse Josué ao povo: Gritai, porque o Senhor vos entregou a cidade. 
 20 Gritou, pois, o povo, e os sacerdotes tocaram as trombetas; ouvindo o povo o sonido da trombeta, deu um grande brado, e o muro caiu rente com o chão, e o povo subiu à cidade, cada qual para o lugar que lhe ficava defronte, e tomaram a cidade."
(Jos 6, 1-20)


Vamos em procissão louvar ao Senhor e gritemos a ele pelo fim dos muros do desamor, da desestrutura familiar, dos problemas malignos, da depressão,  e de tudo o que nos tortura, oprime e nos impede de ser feliz.

Deus está em sua Igreja, marchemos com Ela.