Fico pensando se o apoio dado por alguns setores a Bolsonaro favorecerá a Igreja ou não.
Um presidente que se converteu evangélico, depois de se dizer católico durante bom tempo, e está quase chegando ao poder com a ajuda de alguns dos piores setores do meio cristão evangélico, como Edir Macedo, me faz refletir como será o futuro da Igreja.
Muitas redes de tv pertencem aos evangélicos e algumas , ao que me parece, foram usadas para favorecer a campanha do candidato predileto nesta eleição.
Edir Macedo sempre perseguiu a Igreja Católica, já falou mal da Padroeira, da sua cor, construiu um templo com a intenção de ser o maior que a Basílica da Padroeira, para demonstrar seu poder, e agora se alinha para defender a candidatura de um presidente, ao que parece, dito evangélico.
Receio pelo que virá para as diversas religiões e para o Catolicismo no Brasil. Fico me questionando se o medo que as pessoas tinham do comunismo e do PT as cegaram e o verdadeiro mal está aí se disfarçando de herói.
A Igreja Católica já errou várias vezes em alianças políticas. Apesar de não ter escolhido abertamente um lado, nem ter feito campanha às claras, alguns fiéis e até padres mais conservadores o fizeram, ainda que indiretamente.
Esse momento da história do Brasil, pode ser um marco tanto para o início de perseguições à Igreja Católica, já que o candidato apoiado por Edir pode chegar ao poder, como para o início de uma ditadura militar, já que o componentes desse governo favorito são militares, o que seria mais um momento sangrento até para membros da Igreja, como já o foi para alguns católicos listados abaixo.
Peço a Deus que livre o Brasil do mal e nos dê a paz e que ilumine nosso povo para escolher com sabedoria e não levado por fakes e mentiras.
Que as almas de todos que deram a vida pelo Evangelho nesta Terra de Santa Cruz intercedam pelo futuro do nosso país!
Algumas vítimas católicas da Ditadura Militar no Brasil:
Padre Antônio Henrique Pereira da Silva Neto
Auxiliar direto de Dom Hélder Câmara “que, à época os militares rotulavam de arcebispo vermelho”, o padre Antônio Henrique Pereira da Silva Neto foi sequestrado e torturado até a morte, no Recife, entre a noite e a madrugada de 26 e 27 de maio de 1969. O crime, nunca esclarecido até a prescrição do processo aberto para apurar os fatos, teve o objetivo político de tentar barrar, através da violência física, o arcebispo nas suas ações e pregações em defesa da liberdade.
Madre Maurina Borges da Silveira
Madre católica, foi levada do Lar Santana, em Ribeirão Preto – orfanato no qual atuava como madre superiora – para o DOPS, na capital paulista em 1969. Foi torturada e estuprada acusada de subversão por envolvimento com a Força Armada de Libertação Nacional (FALN).
Padre João Bosco Burnier
Padre católico, assassinado em 12/10/1976 pelas forças da repressão em Conceição do Araguaia, quando junto ao bispo D. Pedro Casaldaliga, defendia mulheres que estavam sendo torturadas.
Frei Tito de Alencar
Frei dominicano, preso em 1970, aos 24 anos, torturado nas dependências do DOI-CODI. Foi deportado para o Chile e depois fugiu para a Itália. Traumatizado pela tortura foi levado ao suicídio em 10/08/1974.
Padre Françoies Jentel
Padre católico, preso em 1972 por liderar uma revolta contra a invasão de terras por uma empresa que havia comprado parte do vilarejo que ficava no antigo Mato Grosso. Ficou preso por cerca de um ano até ser libertado, expulso do país de volta à França.
Entre outros católicos e evangélicos, conforme listados em http://www.pavablog.com/2014/04/02/veja-lista-de-evangelicos-e-catolicos-vitimas-da-ditadura-militar-no-brasil/