O uso de velas no culto a Deus é um costume bíblico antigo, como vemos no mandamento do Senhor a Moisés:
«O Senhor disse a Moisés: 'Ordena aos israelitas que te tragam óleo
puro de olivas esmagadas para manter, continuamente acesas as lâmpadas
do candelabro. Disporás as lâmpadas no candelabro de ouro puro para que
queimem continuamente diante do Senhor'». (Lev 24, 1-4).
“Farás um candelabro de ouro puro… Far-lhe-ás também sete lâmpadas. As lâmpadas serão elevadas de tal modo que alumiem defronte dele” (Ex 25, 31.37)
As velas, no culto cristão católico, simbolizam o próprio Cristo, Luz do mundo e seu Santo Espírito, que veio em formas de línguas de fogo (At 2,3) por isso, são oferecidas em seu louvor no altar, assim como eram oferecidas no Templo de Jerusalém (I Re 7,49).
«Eu Sou a LUZ do mundo, aquele que me segue não andará nas trevas, mas terá a Luz da Vida». (Jo 8,12)
Do mesmo modo, as velas simbolizam a missão do cristão de ser luz no meio dos homens e também são acesas em honra dos Santos e de Maria, Mãe de Deus (Lc1,43) (Jo 1,1), pois com suas vidas, orações e obras iluminaram e iluminam a Igreja (Apo 7, 14-15. 14,13):
“ Vó sois a luz do mundo. (...) nem se acende uma luz para ser colocado debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos que estão em casa. Assim brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras, e glorifiquem vosso Pai que está no céus." (Mt 5, 15-16)
Vemos no Apocalipse que Cristo aparece a São João no meio de sete candelabros, que simbolizavam as sete igrejas, para as quais a mensagem desse livro, em princípio, estava sendo escrita, mostrando também o culto que podemos prestar ao Senhor, ao acender velas em seu louvor:
12 E voltei-me para ver quem falava comigo. E, ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro,
13 e no meio dos candelabros um semelhante a
filho de homem, vestido de uma roupa talar, e cingido à altura do peito
com um cinto de ouro;
(Ap 1, 12-13; 2, 1).
Ao acender velas, invocamos a presença do Senhor, Luz do mundo, no meio de nós,pedindo que Ele se faça presente, pois Ele "anda no meio dos candelabros":
Por isso, na Santa Missa é importante acender velas para lembrar ritualmente, visivelmente, que o Senhor está no meio de nós (Ex 13,21-22), como Ele nos disse:
" onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles. "
(Mateus 18:20)
E quando estamos reunidos em seu nome, a Luz de seu Santo Espírito vem a nós, como veio em Pentecostes, sob a forma de línguas de fogo:
(Mateus 18:20)
E quando estamos reunidos em seu nome, a Luz de seu Santo Espírito vem a nós, como veio em Pentecostes, sob a forma de línguas de fogo:
1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.
2 De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.
3 E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma.
4 E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.
(At 2,1-4)
Na Liturgia da Igreja, elas estão sempre presentes, como sinal de louvor perene a Deus (Lev 24,4) e de sua presença (Ex 13,22).
São elementos rituais essenciais para lembrar Cristo, Luz que vence as trevas, principalmente, no Sábado de Aleluia, no ritual do Batismo, na renovação das promessas do Batismo da Primeira Comunhão, na Crisma ou Confirmação para lembrar o Espírito Santo, "em forma de língua de Fogo" (At 2,3), na Missa da Apresentação do Senhor, "Luz para iluminar as nações" ( Lc 2,32).
Também são usadas em procissão, lembrando que o Senhor marcha conosco, do mesmo modo que marchou com o povo de Israel, simbolizado na coluna de fogo que precedia os israelitas:
21 E o Senhor ia adiante
deles, de dia numa coluna de nuvens para os guiar pelo caminho, e de
noite numa coluna de fogo para os alumiar, a fim de que caminhassem de
dia e de noite.
(Ex 13,21-22)
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