terça-feira, 31 de maio de 2016

SANTOS ÍNDIOS - CATÓLICOS




SÃO JOÃO DIEGO ( SAN JUAN DIEGO)





É o primeiro santo americano de origem indígena.
 Era um índio nativo nascido em 1474, que antes de ser batizado tinha o nome de Cuauhtlatoatzin, traduzido como “águia que fala” ou “aquele que fala como águia”.

Era um índio pobre, pertencia à mais baixa casta do Império Azteca. Atraído pela doutrina dos padres franciscanos que chegaram no México em 1524, se converteu e foi batizado, junto como sua esposa. Receberam o nome cristão de João Diego e Maria Lúcia, respectivamente.

A esposa Maria Lúcia ficou doente e faleceu em 1529. Ele então foi morar com seu tio, diminuindo a distancia da igreja para nove milhas. Fazia esse percurso todo sábado e domingo, saindo bem cedo, antes do amanhecer.

Durante uma de suas idas à igreja, no dia 09 de dezembro de 1531 por volta de três horas e meia entre a vila e a montanha, ocorreu a primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe, num lugar hoje chamado “Capela do Cerrinho”, onde a Virgem Maria o chamou em sua língua nativa, nahuatl, dizendo: “Joãozinho, João Dieguito”, “o mais humilde de meus filhos”, “meu filho caçula”, “meu queridinho”.

A Virgem o encarregou de pedir ao Bispo, o franciscano João de Zumárraga, para construir uma igreja no lugar da aparição. Como o Bispo não se convenceu, Ela sugeriu que João Diego insistisse. No dia seguinte, domingo, voltou a falar com o Bispo, que pediu provas concretas sobre a aparição.

Na terça feira, 12 de dezembro, João Diego estava indo à cidade, quando a Virgem apareceu e o consolou. Em seguida pediu que ele colhesse flores para Ela no alto da colina de Tepeyac. Apesar do frio inverno, ele encontrou lindas flores, que colheu, colocou no seu manto e levou para Nossa Senhora. Ela disse que as entregasse ao Bispo como prova da aparição.





 Diante do Bispo ele abriu sua túnica, as flores caíram e no tecido apareceu impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Tinha então cinqüenta e sete anos.

Após o milagre de Guadalupe, foi morar numa sala ao lado da capela que acolheu a sagrada imagem, depois de ter passado seus negócios e propriedades ao seu tio. Dedicou o resto de sua vida propagando as aparições aos seus conterrâneos nativos, que se convertiam. Ele amou profundamente a Santa Eucaristia, e obteve uma especial permissão do Bispo para receber a comunhão três vezes na semana, um acontecimento bastante raro naqueles dias.

João Diego faleceu no dia 30 de maio de 1548, aos setenta e quatro anos, de morte natural.

O Papa João Paulo II durante sua canonização em 2002, designou a festa litúrgica para 09 de dezembro, dia da primeira aparição, e louvou Santo João Diego pela sua simples fé nutrida pelo catecismo, como um modelo de humildade para todos nós.








SANTA CATARINA TEKAKWITHA






Beatificada juntamente com Pe. José de Anchieta, era uma Índia pele-vermelha, nascida em 1656 em Ossemon, perto de Port Orange, atual Albany, filha de pai iroquês pagão e de mãe algonquina cristã. Tendo ficado órfã muito cedo, conseguiu sobreviver a uma epidemia de varíola com grave diminuição da visão e com o rosto desfigurado; foi então recolhida por um tio, chefe da aldeia, ajudando doravante a sua esposa no cuidado da casa.

O nome de Tekakwitha, que lhe foi dado nos anos de infância, significa "a que coloca as coisas em ordem", ou, com referência à enfermidade da visão, "a que avança e põe algo diante". 

Crescida na inocência, rejeitou propostas de matrimónio e em 1675 entrou em contacto com os missionários católicos do Canadá, recebendo o batismo em 18-4-1676, dia de Páscoa, das mãos do Pe. Jacques de Lamberville, que lhe impôs o nome de Kateri(Catarina). Ameaçada pelo tio pagão, fugiu para buscar refúgio na missão de S. Francisco Xavier, em Sault, perto de Montreal, onde recebeu a eucaristia e deu exemplo de extraordinária piedade, mas com grande discreção.







Afastava-se por longo tempo na floresta onde, junto à cruz por ela traçada na casca de uma árvore, ficava por muito tempo em oração, sem porém descuidar das funções religiosas, do serviço da comunidade e da família que a hospedava. Passou por provas terríveis. Em 25-3-1679 fez voto perpétuo de castidade. Extenuada pela doença e pelos sofrimentos, morreu em 17 de abril de 1680 e rapidamente se difundiu a fama das suas virtudes. Note-se que Catarina aprendera a religião católica com a mãe e desde menina, apesar da mãe ter morrido, conservou o que esta lhe ensinara, observando a moral cristã e rezando regularmente. Quando veio a encontrar pela primeira vez os missionários, já estava preparada para o baptismo. Amou, viveu e conservou o seu cristianismo só com a ajuda da graça, longe de qualquer outro companheiro de fé por muitos anos.

Canonizada em 2012 por Bento XVI.




BEATOS JOÃO BATISTA E JACINTO DOS ANJOS








João Batista e Jacinto dos Anjos, índios zapotecos da Serra Norte de Oaxaca, nasceram no ano de 1660 em S. Francisco Cajonos.

João Batista se casou com Josefa da Cruz, com quem teve uma filha chamada Rosa. Jacinto dos Anjos se casou com Petrona dos Anjos, com quem teve dois filhos chamados João e Nicolasa. Ambos pertenciam à Circusncrição de S. Francisco Cajonos, atendida pelos padres dominicanos Gaspar dos Reis e Alonso de Vargas.

De ambos sabemos que foram pessoas íntegras em sua vida pessoal, matrimonial e familiar, assim como no cumprimento dos seus deveres civis, de modo que desempenharam diversos cargos públicos próprios do seu tempo como regidores, presidente, síndico e prefeito, mostrando assim o respeito pelas tradições culturais e a responsabilidade para o cumprimento dos deveres civis.

Igualmente, consta que os dois foram pessoas batizadas, evangelizadas e catequizadas, desempenhando também os diversos cargos aos quais os fiéis tinham acesso neste tempo como acólito, sacristãos maior e menor e outros.

Finalmente desempenharam o cargo civil e eclesiástico de Fiscal, que os missionários introduziram ou fomentaram entre os indígenas. O III Concílio Provincial Mexicano celebrado em 1585 queria que "em cada povo se escolha a um ancião distinguido por seus impecáveis costumes, que ao lado dos párocos seja perpétuo censor dos costumes públicos"(Pe. Antonio Gay, História de Oaxaca, II.V.2) "É seu ofício principal inquirir os delitos e vícios que perturbam a moralidade, revelando ao sacerdote os adultérios, divórcios indevidos, perjúrios, blasfêmias, infidelidades, etc." (Ibíd; Cf. III Concilio Mexicano L I, Tít. IX, 1,23).

Na noite do dia 14 de setembro de 1700, os dois Fiscais descobriram que um bom grupo de pessoas do povoado de S. Francisco Cajonos e da redondeza estavam realizando em uma casa particular um culto de religiosidade ancestral; os Fiscais avisaram aos padres dominicanos; os Fiscais e os Padres acompanhados do capitão Antônio Rodríguez Pinelo foram ao lugar dos fatos, suupreenderam aos autores, dispersando a reunião, recolhendo as oferendas do culto e regressando-se ao convento.

No dia seguinte, o povo se amotinou, exigindo a entrega das oferendas confiscadas e dos Fiscais. Refugiando-se no convento os Padres, os Fiscais e a Autoridade, passaram a tarde entre exigências e negociações. Finalmene, ante as ameaças e o perigo crescentes de matar a todos e incendiar o convento, o capitão Pinelo decidiu entregar os Fiscais, sob a promessa de respeitarem as suas vidas.

Os Padres no aceitaram a entrega. Os Fiscais, porém, deixaram as suas armas aceitando a perspectiva de morrer, se confessaram, receberam a Comunhão, dizendo João Batista: "vamos morrer pela lei de Deus; como eu tenho a sua Divina Majestade, não temo nada nem hei de necesitar armas"; e ao ver-se em mãos de seus carrascos disse: "aqui estou, já que me matarão amanhã, que me matem agora". Quando eram açoitados na coluna da praça pública, os carrascos disseram aos Padres que observavam desde a janela: "Padres, encomendem-nos a Deus"; e quando os carrascos se burlavam deles dizendo-lhes: "estava saboroso o chocolate que os padres te deram?", eles respondiam com o silêncio.

No dia 16 os carrascos conduziram os Fiscais a S. Pedro, onde novamente os açoitaram e os encarcelaram. Quando os verdugos convidavam os Fiscais a renunciar à fé católica e seriam perdoados, eles responderam "uma vez professamos o Batismo, continuaremos sempre a seguir a verdadeira religião". Logo os levaram subindo e descendo pelas ladeiras, até o monte Xagacía antigamente chamado "Monte das Folhas", onde amarrados os derrubaram, quase os degolaram e os mataram a golpes de machado, lhes arrancaram os corações e os jogaram aos cães que não os comeram. Os verdugos Nicolás Aquino e Francisco López beberam o sangue dos mártires, para recuperar o ânimo e fortalecer-se segundo o costume de beber sangue de animais de caça, porém também como sinal de ódio e coragem, segundo um ditado ancestral que ainda hoje se escuta "vou tomar o teu sangue". Foram sepultados no mesmo monte, desde então chamado "Monte Fiscal Santos".

Alguns opinam que os Fiscais não são Mártires mas delatores de seus compatriotas e traidores da sua cultura; porém é claro que os Fiscais estavam designados civil e religiosamente para o exercício do cargo público na cidade e na comunidade religiosa. Mais ainda, desde o princípio do proceso civil que se realizou entre 1700 e 1703 e no processo eclesiástico até o dia de hoje, permanece a fama do martírio e da santidade, que finalmente a Igreja reconhece com a Beatificação.










NOSSA SENHORA DE GUADALUPE





 Essa imagem retrata Nossa Senhora com características indígenas.

Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena convertido chamado Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002 e mencionado acima).

Nossa Senhora disse então a Juan Diego que fosse até o bispo e lhe pedisse que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus.

O bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido.  Seguindo o pedido da Virgem, São Juan Diego levou sua tilma cheia de rosas, colhidas em pleno inverno, para o Bispo.
O prelado viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Santíssima Virgem para a capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531.






O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já existe há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.







No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. E nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do referido bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.

Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América” pelo Papa Pio XII no dia 12 de outubro de 1945.









NOSSA SENHORA DE CAACUPÊ







Mostra que a Virgem Maria, assim como em Guadalupe, é Mãe do índios, aparece e olha por eles.

 A pequena imagem de madeira que ocupa os principais altares paraguaios, a Virgem de Caacupê, foi esculpida por um índio guarani fugitivo.

Vendo-se encurralado pelos índios que o perseguiam e que iriam matá-Io, ele se esconde atrás de uma grande árvore e promete que se fosse salvo faria com aquele tronco que o protegia uma imagem de Nossa Senhora.

Fora de perigo, pois milagrosamente seus perseguidores passaram ao seu lado sem o terem percebido, o índio guarani esculpiu duas imagens da Virgem, uma grande, que destinou à igreja da aldeia, e outra menor, que fez para sua devoção particular












sexta-feira, 27 de maio de 2016

VIRGENS NEGRAS - NOSSAS SENHORAS NEGRAS





NOSSA SEHORA DO LORETO




Nossa Senhora de Loreto, também conhecida como a Virgem de Loreto , desde o século XVI está coberta com um manto de jóias característica, chamada de dalmática , é a estátua venerada na Santa Casa, a Casa de Nazaré que teria voada até a cidade de Loreto, na Itália. 
Esta é uma Virgem Negra : sua peculiaridade é o rosto escuro, comum aos ícones mais antigos, muitas vezes devido  a fumaça de lâmpadas de óleo e velas ou alterações químicas sofridas pelas cores originais. 
Em alguns casos, são representadas negras, por inspiração do Cântico dos Cânticos, onde se diz: "Eu sou negra, mas sou bela" e, mais tarde, voltando-se para seus amigos: "Olha que eu sou morena, porque o sol me queimou" (1 5-6), e, neste caso, o sol simbolizaria Deus.







 NOSSA SENHORA DA CANDELÁRIA (DE TENRIFE)




A Virgem da Candelária ou Luz apareceu em uma praia na ilha de Tenerife (Ilhas Canárias, Espanha) em 1400.
Os nativos guanches da ilha ficaram com medo dela e tentaram atacá-la, mas suas mãos ficaram paralisadas.

A imagem foi guardada em uma caverna, onde, séculos mais tarde, foi construído o Templo e Basílica Real da Candelária (em Candelária).

Mais tarde, a devoção se espalhou na América.

 É santa padroeira das Ilhas Canárias, sob o nome de Nossa Senhora da Candelária.








NOSSA SENHORA DE TINARI (MADONNA DI TINADARI)







A procedência dessa imagem veio de uma embarcação que voltava da Síria ou do Egito.

Enquanto navegava pelo mar Adriático, inesperadamente se formou uma tempestade, por isto, teve de interromper a viagem e se refugiar na bacia de Tindari, no norte da Sicília, na Itália. Quando tudo passou e o mar se acalmou, os marinheiros se prepararam para retomar a viagem. Mas, ao começarem a remar não conseguiram mover a embarcação, parecia que ela estava mesmo encalhada no porto. Eles então decidiram aliviar a carga, jogando algumas caixas ao mar. Só quando lançaram a caixa que continha a Sagrada Imagem de Maria, a embarcação pôde se mover e retomar sua rota.



Os marinheiros da baía de Tindari resolveram resgatar as caixas para ver o que continham. A primeira que abriram continha a preciosa imagem da Virgem Maria e o Menino Jesus, causando grande surpresa e satisfação à todos. Decidiram que ela devia ficar no lugar mais bonito da cidade, assim a transportaram para o alto do monte de Tindari.

A escultura representa a Virgem Maria sentada com o Menino Jesus entre os braços, historiadores e teólogos acreditam que ela pertence ao período pós Concílio de Éfeso, no qual foi definida a divina maternidade de Maria, em 431. O estilo bizantino, leva a crer que a origem seja mesmo o Oriente.

A imagem considerada milagrosa pelos devotos passou a ser venerada com o título de Nossa Senhora de Tindari. Como foi esculpida em madeira de cedro negro é também chamada de "Madonna Negra". È festejada nos dias 06 de junho e 08 de setembro, especialmente.

Essa devoção se propagou e a pequena capela se tornou um grande Santuário mariano, repleto de peregrinos vindos de todas as partes do mundo.
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segunda-feira, 23 de maio de 2016

APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DO PÃO








Nossa Senhora do Pão

O culto de Nossa Senhora do Pão apareceu pela primeira vez na sequência de um evento milagroso que remonta a 1707, quando a cidade de Novoli (Le), Itália,  foi atingida por uma terrível praga que dizimou a população.

 A epidemia se espalhou rapidamente e inútil foram as orações a Santo Antônio Abade e os cuidados prestados na forma tradicional. 







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Foi então que a Virgem Maria apareceu para a plebeia Giovanna ( "o Giuanna Noscia"), uma jovem muito pobre que não podia nem ler nem escrever. 

A simpática senhora veio até Giovanna, entregou-lhe pão e disse-lhe para levá-lo para o pastor e não dispensar os moribundos. Sem fôlego, a menina tomou o pão,  foi para o padre e disse-lhe o que tinha acontecido. 






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Estes, a fim de evitar quaisquer ilusões, mandou Giovanna a Nossa Senhora para aprender a Ave Maria. Em resposta, Nossa Senhora disse à menina para dizer ao pároco de que tem tido a uma boa escola e tem sido dirigida por uma boa mestra.

 Estas poucas palavras foram o suficiente para torná-lo claro de que estava na frente de um milagre, e que a senhora era a Virgem Maria.

 Imediatamente ele visitava os doentes e distribuia o "pão de Maria", dizendo o que tinha acontecido com Giovanna.

 Milagrosamente curou os doentes.

 Na verdade, em 1705 e 1706, houve uma alta mortalidade que fez com que os habitantes a buscar intervenção divina e em 1707, o ano aparição, caiu morto. 
Nas imediações do nicho onde a menina viu Nossa Senhora, em um lugar chamado "cuneddha", uma igreja foi erguida em sua homenagem. 






Oficialmente, a igreja é descrita pela primeira vez na visita pastoral de 1746. 

Naquela ocasião, de fato, foi afirmado que a igreja dedicada à Virgem de Constantinopla apresentada com uma nave única e três altares, a principal com um nicho de pedra com a imagem de Nossa Senhora de Constantinopla desenhada na parede e o lado respectivamente dedicado a São Marcos e Santo Agostinho. 

Foi em 1853 que a capela de Nossa Senhora de Constantinopla levou à primeira vez o nome "Maria SS. Del Pane", como evidenciado no santo verbal Visita Pastoral que também relatou "a necessidade de registrar um relatório de tantos fatos prodigiosos escritos pelo Rev . D. Vincenzo Tarantini ".

 Em 1855, a cólera se alastrou na província de Lecce e, prodigiosamente, enquanto Lecce, Trepuzzi, Squinzano, Cariano Arnesano foram atingidAs pela doença contagiosa, a única Novoli, que tinha recorrido ao padroeiro amado, ele permaneceu imune a doença, de modo que os habitantes dos países vizinhos vieram pedir o pão abençoado por Maria SS. Constantinopla para serem libertados da praga.

 Desde o final de 1800, o título de Nossa Senhora do pão apareceu mais e mais vezes, para se tornar o único título da Padroeira de Novoli; Foi Mons Zola (na visita pastoral de 1880) como um lembrete de que o clero de Novoli solennizava o protetor no terceiro domingo de julho.







 Dentro da igreja tem a estátua da Virgem, do artista Luigi GUACCI; o simulacro é recebido por banca de mármore de julho de 1930, após um incêndio por uma vela caída (26 de abril de 1929) destruiu a estátua velha e danificou o templo. 

Diz-se de muitos milagres atribuídos a Nossa Senhora de pão, tais como a cura de um pedreiro de Novoli, um cânone de Lecce, o padre Pisignano, depois de ser ungido com o óleo da lâmpada que iluminava o nicho com a imagem da Virgem; e também, em 1890, o milagre de uma menina de doze anos cair em um poço e ser salva pela intercessão de Maria.

 A partir do século XVIII, então, o culto de Nossa Senhora do Pão é fortemente sentido em Novoli e também a igreja dedicada a ela é vistada quase como a casa do pão; e o pão, na fé dos devotos e do coletivo, estava indo para completar a imagem das vidas retratadas no brasão de armas da cidade, em uma Eucaristia simbólica e perfeita.




















FONTES:

http://www.tanogabo.it/Religione/Madonna_pane.htm
http://www.paisemiu.com/news/index.php/editoriale/728-madonna-del-pane-la-tradizione-regala-radici-e-ali
http://flickeflu.com/photos/55372349@N05












sexta-feira, 20 de maio de 2016

NOSSAS SENHORAS NEGRAS - MÃE DE DEUS E DE TODOS OS NEGROS E NEGRAS





NOSSA SENHORA DE ALTÖTTING

A imagem negra de Maria venerada em Altötting é muito antiga (possivelmente de 1330), esculpida em madeira de tília . 
O livro "Maria é o nosso refúgio", escrito em 1497, relata que um menino de três anos caiu em um córrego e flutuava nele por meia hora até que ele foi puxado para fora "completamente morto." A mãe aflita, com grande confiança na Virgem, levou o filho morto à capela da santa e colocou-o sobre o altar. Com seus companheiros, ela caiu de joelhos e implorou pelo renascimento de seu filho. Imediatamente seu filho voltou à vida. 





Logo outro milagre aconteceu: Um fazendeiro, voltando para casa a pelos campos com sua carroça teve seu filho de seis anos esmagado.  Ele foi tão esmagado que não havia esperança para a sua vida. Mas a família fez um juramento e clamou a intercessão da Mãe de Deus. No dia seguinte, a saúde do menino foi restaurada totalmente. 




Notícias do poder da intercessão de Nossa Querida Senhora de Altötting se espalharam como fogo selvagem e logo centenas de milhares de peregrinos começaram a chegar a cada ano de toda a Europa.  Altötting recebe cerca de um milhão de peregrinos anualmente.





"quando esse olhava para a serpente de metal, vivia. "

Números 21,9




NOSSA SENHORA DE MARAZELL 





Na noite de 21 de Dezembro, 1157 , um monge beneditino chamado Magnus foi a uma floresta à procura de um lugar para construir um mosteiro. Em um ponto, seu caminho ficou bloqueado por uma pedra enorme que era grande demais para passar por cima ou ao redor, assim Magnus pegou uma pequena estátua de madeira da Virgem Maria que ele tinha em sua mochila, ajoelhou-se em oração, e pediu à Virgem Maria orientação .

Logo houve um grande estrondo e a rocha se separou em duas, permitindo-lhe passar. Magnus e alguns dos moradores locais construíram uma pequena capela para abrigar a estátua. A notícia da imagem milagrosa da Virgem rapidamente se espalhou, e a capela teve de ser periodicamente ampliada para acomodar as multidões crescentes.

A estátua é uma pequena (48 cm de altura) figura de madeira românica da Virgem Maria sentada, segurando o Menino Jesus. Nas mãos do bebê estão uma maçã e um figo, chamando a atenção para a queda de Adão, mas também a redenção da humanidade de Cristo. Maria e Jesus são quase totalmente cobertos com ricas roupas e usam coroas douradas, incrustadas de jóias.


Faze-te uma serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; 
e será que viverá todo o que, 
tendo sido picado, olhar para ela. 
Números 21,8




NOSSA SENHORA DE MENDE - VIRGEM NEGRA DE MENDE






Numa das capelas da Catedral de Notre-Dame-et-Saint-Privat de Mende, podemos ver a Virgem negra de Mende feita de madeira preta de oliva. Mencionada desde meados do século XIII, ela foi trazida do Leste, da Terra Santa, do Mosteiro do Monte Carmelo, durante uma cruzada pelo próprio São Martial, que lhe dedicou um humilde santuário em honra desta Virgem, a Mãe de Deus.
 Foi salva duas vezes de destruição, pela primeira vez em 1579, durante o saque dos huguenotes, em seguida, em 1793, durante a destruição perpetrada por revolucionário, mas a criança que ela carregava foi perdida. 
Relíquias foram colocadas entre seus ombros, incluindo como diz um inventário canônico de 1857: Cabelo e peças de roupas da Virgem, fragmentos do túmulo do Virgem Maria, fragmentos da Verdadeira Cruz, relíquias de São Pedro, Santo André, São Paulo, São Martial, São Denis, entre outros.

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A imagem representa a Virgem Maria sentada em um banco, envolta em um manto, tendo os braços para a frente. O corpo inteiro foi pintado de vermelho, apenas a cabeça e pescoço são cobertas com um verniz preto.




E as lavrou de querubins e de palmas, e de flores abertas, e as revestiu de ouro acomodado ao lavor. 
1 Reis 6,35













FONTES:

http://www.sacred-destinations.com/austria/mariazell-shrine/photos/interior-cc-andrijbulba
http://www.internetgebetskreis.com/en/uber-uns/mariazell-an-european-shrine-of-mary/
https://en.wikipedia.org/wiki/Mariazell_Basilica
http://www.interfaithmary.net/pages/Alt%F6tting.htm
https://en.wikipedia.org/wiki/Shrine_of_Our_Lady_of_Alt%C3%B6tting#/media/File:Gnadenbild,_Gnadenkapelle_Alt%C3%B6tting.jpeg
http://catholozere.cef.fr/pdf_patr/mende_3.pdf
http://lieuxsacres.canalblog.com/archives/2006/09/04/2607551.html
http://www.wingsunfurled-web.com/fr/carnet-voyage/france/languedoc-roussillon/lozere-villes.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Virgem_Negra#/media/File:Mende_cathedrale_vierge_noire.JPG




POEMA DO DIA DE SANTA RITA

No dia de Santa Rita dos Impossíveis,
ponho teu nome no eco de sua oração.
Teus pés andem sobre rosas abençoadas
e o espinho do caule te lembre de mim,
e o sangue da ferida te lembre de mim,
e o perfume das pétalas maceradas
te lembre de mim,
pois sou aquele que te importuna
para que mudes;
aquele que te sangra
para te apressares;
o aroma e a essência que suaviza
para te abrandares.











quarta-feira, 18 de maio de 2016

NOSSAS SENHORAS NEGRAS - MÃE DE DEUS E DOS NEGROS


Há muitas imagens negras de Nossa Senhora. A cor se deve  ao tipo de material de que eram feitas essas imagens (madeira) ou à fumaça das velas que com o tempo as escureciam, ou no caso de Aparecida, alguns também mencionam a lama do rio como fator para escurecê-la.  

De qualquer maneira, são imagens que representam metaforicamente que a Virgem Maria é a Mãe de todos os negros também, que ela, por ser Mãe de Deus, e o próprio Deus não faz distinção de pessoas.
Todos somos iguais.

As imagens são usadas para nos lembrar do sagrado, não são adoradas. Só Deus é adorado. Seus Santos são amados, venerados, honrados como servos e exemplos.

A Bíblia nos mostra que os judeus também usaram imagens por ordem de Deus e que ficavam curados ao olhar para a imagem de uma Serpente em sianl de fé a Deus:


"quando esse olhava para a serpente de metal, vivia. "

Números 21,9



Geralmente essas imagens estão associadas a lendas que lhes atribuem origem mais antiga, e tanto representam a Senhora em pé como sentada num trono ou num banco, acompanhada pelo Menino Jesus. A sua popularidade prende-se à reputação de possuírem o poder de realizar milagres, e o seu culto tornou-as, tradicionalmente, em destino de peregrinação.

Embora espalhadas por todo o mundo, a maioria dessas imagens encontram-se na Europa, onde existem cerca de 400 conservadas em igrejas e em museus. Na sua maioria remontam à Idade Média, esculpidas ou pintadas em madeira, e de pequenas dimensões.










NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA


Nossa Senhora da Conceição Aparecida, popularmente chamada de Nossa Senhora Aparecida, é a padroeira do Brasil. Venerada na Igreja Católica. Um título mariano negro, Nossa Senhora Aparecida é representada por uma pequena imagem de terracota da Virgem Maria atualmente alojada na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, localizada na cidade de Aparecida, em São Paulo.

Sua festa litúrgica é celebrada em 12 de outubro, um feriado nacional no Brasil desde 1980, quando o Papa João Paulo II consagrou a Basílica, que é o quarto santuário mariano mais visitado do mundo,capaz de abrigar até 45.000 fiéis.


Segundo os relatos, a aparição da imagem ocorreu na segunda quinzena de outubro de 1717, quando Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, conde de Assumar e governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, estava de passagem pela cidade de Guaratinguetá, no vale do Paraíba, durante uma viagem até Vila Rica.

O povo de Guaratinguetá decidiu fazer uma festa em homenagem à presença de Dom Pedro de Almeida e, apesar de não ser temporada de pesca, os pescadores lançaram seus barcos no Rio Paraíba com a intenção de oferecerem peixes ao conde. Os pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso rezaram para a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus. Após várias tentativas infrutíferas, desceram o curso do rio até chegarem ao Porto Itaguaçu. Eles já estavam a desistir da pescaria quando João Alves jogou sua rede novamente, em vez de peixes, apanhou o corpo de uma imagem da Virgem Maria, sem a cabeça. Ao lançar a rede novamente, apanhou a cabeça da imagem, que foi envolvida em um lenço. Após terem recuperado as duas partes da imagem, a figura da Virgem Aparecida teria ficado tão pesada que eles não conseguiam mais movê-la. A partir daquele momento, os três pescadores apanharam tantos peixes que se viram forçados a retornar ao porto, uma vez que o volume da pesca ameaçava afundar as embarcações.Esta foi a primeira intercessão atribuída à Virgem.



"Faze-te uma serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; 
e será que viverá todo o que, 
tendo sido picado, olhar para ela. "

Números 21,8





NOSSA SENHORA MONT SERRAT

Nossa Senhora de Monserrate ou Virgem Negra de Montserrat (em catalão, Mare de Déu de Montserrat, que significa "Mãe de Deus do Monte Serreado") é uma imagem de Maria, a mãe de Jesus Cristo, localizada no Mosteiro de Santa Maria de Montserrat, no município de Monistrol de Montserrat, na província de Barcelona, na Catalunha, na Espanha. É conhecida popularmente como La Moreneta ("A Morena").

Segundo a lenda, a imagem teria sido construída por São Lucas e levada ao seu atual local, o Montserrat, na Catalunha, por São Pedro no ano 50. No século VIII, durante a invasão muçulmana da Península Ibérica, teria sido escondida por devotos numa caverna. A imagem teria sido reencontrada somente no ano 880, por um grupo de crianças. Um bispo teria, então, tentado levá-la para a cidade de Manresa, mas a imagem teria se tornado pesadíssima, impedindo seu translado. O bispo teria interpretado o fato como um milagre e como um sinal de que a imagem deveria permanecer no local. Teria, então, sido construído o Mosteiro de Santa Maria de Montserrat no local, para abrigar a imagem.



E nelas, isto é, nas portas do templo, 
foram feitos querubins e palmeiras, ...
Ezequiel 41,25






NOSSA SENHORA DE  CZESTOCHOWA (OU DO MONTE CLARO - no Brasil)

Nossa Senhora de Częstochowa (em polaco: Matki Boskiej Częstochowskiej) (o ícone é uma variante do tipo hodigítria - hodegetria) é um título católico de Maria, consagrada como a padroeira da Polônia. Também conhecida no Brasil como Nossa Senhora do Monte Claro, sendo padroeira da cidade Dom Feliciano, no interior do Rio Grande do Sul. Nesta cidade, o dia 20 de agosto é um feriado municipal em sua homenagem e também padroeira da cidade de Virmond, no Paraná.

Sua representação é sempre feita em cores escuras, de onde recebe o nome de "Madona Negra" (como ocorre com Nossa Senhora Aparecida).

A Senhora Negra foi pintada por São Lucas, o Evangelista ; e foi ao pintar o quadro, que Maria disse a ele sobre a vida de Jesus , que mais tarde foi incorporada ao seu evangelho.A próxima vez que ouvimos falar sobre a pintura foi em 326 D.C quando Santa Helena em Jerusalém deu um quadro ao seu filho Constantine que tinha construído um santuário em Constantinopla. Durante uma batalha , a pintura foi colocada nas paredes da cidade e os inimigos fugiram. Nossa Senhora salvou a cidade da destruição . A pintura foi conservada por outras pessoas até 1382 quando invasores tártaros atacaram a fortaleza do Príncipe


"Farás também dois querubins de ouro; 
de ouro batido os farás... "
Êxodo 25,18




NOSSA SENHORA DO BOM PARTO - VIRGEM NEGRA DE PARIS


Os títulos de Nossa Senhora, "do Bom Parto" e do "Bom Sucesso" nasceram aos pés da imagem da Virgem Negra de Paris, venerada na antiga igreja Saint-Etienne-des-Grès, capital francesa. Invocar a proteção da Mãe durante a gestação e parto é o que toda família cristã sempre fez ao longo dos séculos.  
Nos registros das primeiras igrejas cristãs, encontramos muitas indicações sobre estátuas e pinturas da Virgem Maria com a pele morena. Na Antiguidade, a cor preta em símbolos religiosos, era sinal de fertilidade. Um sinal que a primitiva arte cristã manteve, para invocar a fertilidade física e espiritual de Maria, Mãe de Deus e nossa. 
A imagem de Maria da igreja de Paris foi esculpida em pedra negra e data do século XI. Considerada milagrosa, é diante dela que acorrem constantes peregrinações de devotos. Nossa Senhora do Bom Parto é especialmente invocada nas ocasiões de tragédias pessoais e públicas. 






E as lavrou de querubins e de palmas, e de flores abertas, e as revestiu de ouro acomodado ao lavor. 

1 Reis 6,35




Foto (Foto: Arquivo)


NOSSA SENHORA DE OROPA


A estátua chegou à Itália no século IV pelas mãos de Santo Eusébio que a encontrou na Palestina.

Esculpida em madeira de pinus cembra (uma espécie de pinheiro europeu), com sorriso delicado e austero, a Virgem de Oropa foi coroada pelos antigos reis de Savoia, em 1620. “Um das curiosidades sobre a estátua é que ela não tinha o rosto escuro. Supõe-se que tenha sido pintada ou adquirido a cor preta devido a fumaça da velas acesas ao seu redor”, conta a responsável pela comunicação do Santuário de Oropa, Linda Angeli.
Nos meses de julho, uma procissão parte da região do Vale de Aosta, na fronteira com a França, com centenas de peregrinos que caminham por 12 horas pelas montanhas chegam à Oropa para homenagear a "Madonna Nera". Promessas e agradecimentos são comuns não só entre os italianos mas também entre franceses, alemães e até brasileiros que nos últimos tempos passam pelo loca




Assim era também de dez côvados o outro querubim; 
ambos os querubins eram de uma mesma medida 
e de um mesmo talhe. 
1 Reis 6,25





 NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA DE DIJON

Com seu corpo mais humano que os das imagens comuns e sua face comprida, inteligente, quase parece uma mulher moderna. No entanto, é bem antiga!

Ela veio para a catedral gótica de Dijon no sec. XIII, onde recebeu o nome de  Nossa Senhora da Esperança quando, ao enfrentar um leão no circo, um francês prisioneiro dos turcos evocou seu nome e conseguiu matar a fera. 

O nome foi confirmado no sec XVI depois de um cerco da cidade pelos suiços, reconfirmado novamente quando Dijon foi preservada da epidemia de cólera, e de novo em 1944 quando os nazistas abandonaram a cidade sem causar maiores danos.

Ela tinha um menino Jesus no colo, que desapareceu quando a Igreja foi invadida pelos revolucionarios franceses em 1794. Parece que seu rosto era originalmente branco, mas no sec. XVI foi pintado de preto.


É uma poderosa imagem: repare que tem seios pesados e barriga, uma Mãe mesmo, uma Virgem forte. 

É invocada quando há epidemias ou secas; pela libertação de prisioneiros, pela Paz.


E foi feito com querubins e palmeiras,
 de maneira que cada palmeira estava entre querubim e querubim, e cada querubim tinha dois rostos,
 Ezequiel 41,18



CONTINUAREI EM OUTRA POSTAGEM

terça-feira, 17 de maio de 2016

SANTOS E SANTAS NEGROS CATÓLICOS



SÃO MAURÍCIO

São Maurício foi um capitão na Legião Tebana, uma unidade lendária do exército romano que fora recrutada no Alto Egito, na cidade de Tebas, e era composta inteiramente de cristãos. 
Foi o primeiro santo negro do Cristianismo. 



Depois disso olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, de pé, diante do trono e do Cordeiro, com vestes brancas e segurando palmas.

Apocalipse 7,9





SANTA EFIGÊNIA


Ifigênia ou Ifigénia  é uma uma das responsáveis pela disseminação do Cristianismo na Etiópia. Era filha do rei etíope Eggipus. Ela se consagrou a Deus após se converter pela mediação de São Mateus, o Evangelista.
É festejada no dia 21 de setembro.





SANTO ELESBÃO

Elesbão (séc. VI dC) foi um rei do Império de Axum, na atual Etiópia. Venerado no dia 27 de outubro. Era descendente do rei Salomão e da rainha de Sabá.  No século VI d.c. , Elesbão conseguiu expandir o reino cristão da Etiópia através do Mar Vermelho até a Península Arábica e o Iêmen, convertendo árabes e judeus à fé cristã.


Louvem o Senhor, todas as nações; 
exaltem-no, todos os povos!
 Salmos 117,1




SÃO BENEDITO

Benedito, o Negro ou Benedito, o Africano, nasceu na Sicília, sul da Itália, em 1524, no seio de família pobre e era descendente de escravos oriundos da Etiópia. Outras versões dizem que ele era um escravo capturado no norte da África, o que era muito comum no sul da Itália nesta época. Neste caso, ele seria de origem moura, e não etíope. De qualquer modo, todos contam que ele tinha o apelido de "mouro" pela cor de sua pele.






SÃO MARTINHO DE LIMA OU PORRES

Foi um religioso e santo peruano. Era filho ilegítimo de João de Porres, nobre espanhol pertencente à Ordem de Alcântara e de Ana Velásquez, negra alforriada.  A sua festa litúrgica celebra-se a 3 de novembro. É o santo patrono dos mestiços católicos.   É padroeiro dos afro-americanos, mulatos e do Peru, dos barbeiros e cabelereiros. Foi o primeiro santo negro no continente americano.




Não há diferença entre judeus e gentios,
 pois o mesmo Senhor é Senhor de todos 
e abençoa ricamente todos os que o invocam,
 Romanos 10,12






SANTA BAKHITA

O nome "Bakhita" que significa em idioma africano, "afortunada", "sortuda" ou "bem-aventurada", não lhe foi dado ao nascer mas lhe foi atribuído pelos raptores. Foi capturada e vendida por mercadores de escravos negros no mercado de El Obeid e de Cartum ao cônsul da Itália no Sudão, D. Calixto Legnani, que logo lhe deu carta de liberdade. No período de escravidão, Bakhita sofreu as humilhações, sofrimento físico, psicológico e moral dos escravos negros.  Sua festa litúrgica é no dia 8 de fevereiro. É a Padroeira do Sudão, dos sequestrados e escravizados.




Então Pedro começou a falar: "Agora percebo verdadeiramente que Deus não trata as pessoas com parcialidade, 
Atos 10,34




BEATA NHÁ CHICA



Ela é a primeira Santa nascida no Brasil (para a Santa Sé), a primeira Santa negra brasileira, logo uma referência importante para a população negra, sobretudo para quem professa o catolicismo.

Francisca de Paula de Jesus, a Nhá Chica, nasceu em 1808, na fazenda Porteira dos Vilellas, na região de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, no município de São João del Rei (MG), e faleceu em 14 de junho de 1895, em Baependi (MG). Pressupõe-se que tenha nascido escrava, já que era filha de uma: Izabel Maria, filha de Nhá Rosa, que veio de Benguela, em Angola, pois quando a Lei do Ventre Livre – que considerava livre a prole de mulher escrava nascida a partir da data da lei – foi promulgada, em 28 de setembro de 1871, Nhá Chica estava com mais de 61 anos! Ela morreu sete anos após a Lei Áurea (13 de maio de 1888).


Vocês, senhores, tratem seus escravos da mesma forma. Não os ameacem, uma vez que vocês sabem que o Senhor deles e de vocês está nos céus, e ele não faz diferença entre as pessoas.
 Efésios 6,9






BEATA MARIA CLEMENTINA 

Maria Clementina (nee Alphonsine ) Anuarite Nengapeta  foi uma Freira  da República Democrática do Congo da Congregação da Sagrada Família Irmãs Wamba ; Ela foi morta por ter resistido a uma tentativa de estupro. Ela foi declarada uma mártir e proclamada Beata pelo Papa João Paulo II em 1985 .    Está escrita no Martirológio Romano em 01 de dezembro .









VENERÁVEL TERESA CHIKABA


Serva de Deus Teresa Juliana Chikaba (1676-1748), religiosa dominicana. Princesa africana, nasceu na Costa do Ouro, atual Guiné. Quando criança teve uma visão de Nossa Senhora com o Menino Jesus. Escravizada aos dez anos, foi entregue ao Marquês de Mancera, e logo se tornou a mais querida serva de sua esposa. Piedosa, tenta aos 24 anos entrar num convento, mas é rejeitada por vários, até ser aceita pelas dominicanas de Salamanca - apenas para trabalhar, a princípio. Mas, dando mostras de santidade, foi-lhe concedido o véu, ocasião pela qual viu o próprio São Domingos receber seus votos. Letrada, mística e penitente, é considerada a primeira escritora afro-hispânica.




SÃO ZENÃO DE VERONA



Nascido no Norte da África e falecido em Verona no dia 12 de abril de 371.
Foi ou um dos primeiros bispos de Verona. É considerado santo pela Igreja Católica e pela Igreja Ortodoxa.
São Gregório Magno, no final do século VI, relata um milagre associado à divina intercessão de Zenão. Em 588, o Adige transbordou e inundou Verona. A enchente alcançou a Igreja dedicada a São Zenão, mas, milagrosamente, a água não entrou no edifício mesmo estando as portas abertas. A igreja foi doada a Teodelinda, que supostamente testemunhou o milagre, e esposa do rei dos lombardos Autário.
Zenão é geralmente representado com itens relacionados à pesca, como peixes e varas de pescar e é o padroeiro dos pescadores. "A tradição local afirma que o bispo gostava de pescar no vizinho Adige", escreve Alban Butler, "mas é mais provável que originalmente fosse um símbolo de seu sucesso em trazer pessoas para o batismo".






SÃO BALTAZAR - REI MAGO

As lendas irão nomear e descrever os magos. Melquior, velho de cabelos e barbas brancos, ofereceu o ouro. Gaspar, jovem imberbe, presenteou o incenso. Baltazar, com barba e a pele escura, ofereceu mirra.
Este último ganharia, além da condição de rei e mago, a da santidade, único com essa tríplice condição entre os africanos que se tornaram santos da Igreja, merecendo na América portuguesa e espanhola culto, festa e lugar nos altares. 
Caído em esquecimento no Brasil, o culto a São Baltazar mantém-se vivo na América de origem espanhola, sendo ele lembrado como o Santito Negro ou Santo Cambá. No Brasil, era importante no Rio de Janeiro, com sua imagem sempre presente na Igreja de Nossa Senhora da Lampadosa.







SÃO CARLOS LWANGA

Carlos Lwanga era chefe dos pajens, que serviam na corte do rei Muanga da Uganda.

Acontece que a entrada da evangelização na África, sofreu muito pelas invasões dos homens brancos, por isso os missionários tinham que ser homens verdadeiramente de Deus, ou seja, de caridade, pois facilmente eram confundidos como colonizadores. Depois da entrada dos padres que fizeram um lindo trabalho de evangelização que atingiu Carlos Lwanga e outros, o rei se revoltou e decretou pena de morte para os que rezassem.

São Carlos, depois de muito se preparar junto com seus companheiros, apresentou-se diante do rei com o firme propósito de não negar a fé, por isso foi queimado vivo diante de todos. Seguindo o irmão na fé, nenhum deles renegou, até que em 1887 o último deles morreu afogado, como parte dos corajosos mártires de Uganda, na África.








BEATO ISIDORO BAKANJA

O Beato Isidoro Bakanja (Bokendela (Congo), entre 1880/1890 – 15 de Agosto de 1909) foi um católico leigo mártir africano.

Conhecido como Mártir do Escapulário, pertencia à tribo dos Boangi. Ainda menino foi obrigado a trabalhar como pedreiro ou nos campos. Converteu-se ao cristianismo em 1906. Em seguida recebeu o escapulário e assim começou a fazer parte da "Família Carmelitana". Enquanto trabalhava para os colonizadores em uma plantação em Ikili, foi proibido pelo patrão de catequizar os seus companheiros de trabalho que eram pagãos. No dia de 22 de abril de 1909 o superintendente, depois de rasgar o escapulário carmelita que Isidoro usava como testemunho visível da própria sua fé cristã, mandou açoitá-lo duramente até sangrar. Apesar das feridas causadas por este castigo, com fé suportava pacientemente e perdoava. Morreu, por consequência dos açoites, no dia 15 de Agosto, do mesmo ano.

Foi beatificado pelo Papa João Paulo II no dia 24 de Abril de 1994 durante a Assembléia Especial para a África.


Sua festa é comemorada dia 12 de Agosto.





Manadas de camelos cobrirão a sua terra, camelos novos de Midiã e de Efá. Virão todos os de Sabá carregando ouro e incenso e proclamando o louvor do Senhor. 
Isaías 60,6






SANTA SARA KALI

É uma santa local, cultuada na Igreja de Saint Michel, de Notre Dame de La Mer, em Saintes-Maries-de-La-Mer, em Camargue, França. Sua festa é celebrada nos dias 24 e 25 de maio, reunindo ciganos de todo o mundo.
Na Igreja Católica, temos dois Santos Ciganos, uma é Santa Sara e o outro é São Zeferino (ou Ceferino) Giménez Malla.

Contam as Lendas que Sara era uma escrava egípcia que pertencia a José de Arimatéia, este a emprestou  para as Marias (Maria Jacobé (de Cléofas), Maria Salomé, Maria Madalena) para ajudá-las nos afazeres da casa, até porque as Marias cuidavam de Jesus e os Apóstolos equanto mais ajuda melhor.


Sara passa então a viver com as Marias e com Jesus ouvindo os seus ensinamentos, as suas pregações que lhe despertaram a fé, esta convivência continuou até a crucificação de Jesus, e Sara permaneceu na casa com as Marias. 



José de Arimatéia, seu escravo Trofino, as Marias e Sara, todos foram colocados em uma barca sem remos e sem alimentos, para sofrerem e morrerem em alto mar, e assim foi feito.

A Lenda conta que durante os sofrimentos que todos passaram, estando em Alto Mar, sem nenhuma provisão, todos entraram em desespero, mas Sara foi a que manteve a sua Fé e em meio a todo este tormento ela se ajoelhou na Barca e começou a pedir ao Mestre que se fosse do merecimento de todos, que a Barca aportasse em segurança e que todos tivessem o livramento da morte, e se ela Sara recebesse esta graça, ela seria escrava de Jesus, levaria a palavra do Mestre aonde ela não tenha sido ouvida, e que também usaria um lenço na cabeça para o resto da sua vida, em reverencia e agradecimento pela graça alcançada.


Milagrosamente a Barca aportou em segurança no Porto de Petit Roné, no sul da França, hoje conhecidacomo Saint Marie de La Mer Santas Marias do Mar, onde todos foram acolhidos e recebidos pelos pescadores que viram esta Barca aportar. 



não estarão fazendo discriminação, 
fazendo julgamentos com critérios errados? 
Tiago 2,4








BEATO PADRE VICTOR






Pe. Francisco de Paula Victor, o sacerdote mineiro afrodescendente foi beatificado em Três Pontas, Minas Gerais, no dia 14 de novebro de 2015.
Tendo vivido entre os anos 1827 e 1905, Pe. Victor tornou-se o primeiro padre ex-escravo do Brasil.

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Presidindo o rito, como representante do Papa Francisco – reporta o jornal vaticano “L’Osservatore Romano” –, o Cardeal Amato recordou que alguns com desprezo chamavam-no de “pretinho e não lhe poupavam humilhações pelo fato de ser de descendência africana”.
Efetivamente, “tinham preconceitos raciais contra ele. Mas foram sucessivamente conquistados pela sua modéstia, bondade e simpatia”.
O purpurado traçou algumas característica da personalidade do Pe. Victor, que era “de ânimo nobre. Não se deixou envolver pela mentalidade elitista dos sacerdotes, mas cultivou a virtude da humildade e da simplicidade”.





Foi um pároco generoso e dinâmico, ressaltou o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, recordando que “assegurava sempre a santa missa, celebrada no domingo com grande solenidade e com a participação de notáveis pregadores”.
No entanto, Pe. Victor “jamais subiu ao púlpito, mas foi muito ativo na catequese e na administração dos sacramentos”. O mês em honra a Nossa Senhora foi introduzido por ele.
Pe. Victor percorreu a cavalo “as áreas rurais para levar conforto espiritual aos que se encontravam nas regiões mais remotas”.
Também as cifras evidenciam essa sua intensa atividade pastoral: entre 1852 e 1905, ano da sua morte, administrou o sacramento do Batismo a 8.790 recém-nascidos de brancos e a 383 filhos de escravos.
O Cardeal Amato frisou que todos reconheciam nele “um homem de Deus, repleto dos dons do Espírito Santo. Seu zelo apostólico não conhecia limites”. O novo beato foi particularmente atento em favorecer a educação sobretudo aos jovens menos favorecidos. Para tal fundou uma escola gratuita em sua paróquia.
“Era generoso e dava aos necessitados os presentes e as ofertas que recebia. Beneficiava inclusive aqueles que no início o havia desprezado”, disse o purpurado.
Por isso, seus paroquianos, cerca de vinte anos após sua morte, “colocaram uma lápide em sua homenagem intitulada ao “Anjo Tutelar” dos três pontanos, com a escrita: “Sua vida foi um Evangelho. Sua memória, a consagração eterna de um exemplo vivo. Homenagem ao valor e à virtude”.
Quando morreu, um jornalista escreveu que Pe. Victor era “uma arca de caridade e a sua vida foi um faixo de luz, porque ensinava aos ricos a ser misericordiosos e aos pobres a ser pacientes “, recordou o cardeal prefeito.
Morreu muito pobre: na realidade, concluiu o purpurado, ele “nasceu para o Evangelho e viveu para o povo”.

A Igreja no Brasil celebrará sua festa litúrgica em 23 de setembro. (RL)



O SANTO EUNUCO ETÍOPE





A Igreja Etíope afirma que suas primeiras origens estão no funcionário real batizado por Filipe, o Evangelista (Atos dos Apóstolos, capítulo 8):

"E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta.
E levantou-se, e foi; e eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido a Jerusalém para adoração, regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías." (8:27)





A passagem prossegue, explicando como Filipe ajudou o tesoureiro etíope a compreender a passagem do Livro de Isaías que ele estava lendo, após o qual o africano pediu para ser batizado por ele, o que Filipe fez. 




A versão etíope deste versículo menciona Hendeke (ህንደኬ); a rainha Gersamot Hendeke VII foi rainha da Etiópia de 42 a 52 d.C..
Padre da Igreja St. Ireneu de Lyon em seu livro Adversus haereses ( Contra as heresias , um anti- início gnóstico trabalho teológico) 3: 12: 8 (180 dC), escreveu sobre o eunuco etíope: 

"Este homem (Simeon Bachos o eunuco) também foi enviado para as regiões da Etiópia, para pregar o que ele próprio tinha acreditado, que havia um Deus pregada pelos profetas, mas que o Filho do presente (Deus) já tinha feito (His) aparição em carne humana, e tinha sido levado como a ovelha ao matadouro, e todas as outras declarações que os profetas feitas a respeito dele ".

 Na tradição etíope  ortodoxa, ele é referido como Bachos e na tradição ortodoxa oriental ele é conhecido como um judeu etíope com o nome de Simeão também chamado de negro, o mesmo nome que é dado em Atos 13: 1 . 






A ESCRAVA ANASTÁCIA







Apesar de não ser uma Santa reconhecida pela Igreja, é uma personalidade religiosa de devoção popular brasileira, cultuada informalmente por milagres que lhe são atribuídos
 A própria existência da Escrava Anastácia é colocada em dúvida pelos estudiosos do assunto, já que não existem provas materiais da mesma.
No imaginário popular, a Escrava Anastácia era uma escrava de linda de rara beleza, que chamava atenção de qualquer homem. Ela era curandeira, ajudava os doentes, e com suas mãos, fazia verdadeiros milagres. 
Por se negar a ir para a cama com seu senhor e se manter virgem, apanhou muito e foi sentenciada a usar uma máscara de ferro por toda a vida, só tirada às refeições, e ainda sendo espancada, o que a fez sobreviver por pouco tempo, tempo esse durante o qual sofreu verdadeiros martírios. 
Quando Anastácia morreu, seu rosto estava todo deformado. Escrava Anastácia é cultuada tanto no Brasil quanto na África.




Naquela ocasião Jesus disse: "Eu te louvo, Pai, Senhor dos céus e da terra, porque escondeste estas coisas dos sábios e cultos, e as revelaste aos pequeninos.
São Mateus 11,25





NEGRINHO DO PASTOREIO

Embora não seja reconhecido como um santo pela Igreja Católica, o Negrinho do Pastoreio é considerado, por aqueles que acreditam na lenda, como o protetor das pessoas que perdem algo.
Escravo de um estancieiro muito mau; este menino não tinha padrinhos nem nome, sendo conhecido como Negrinho, e se dizia afilhado da Virgem Maria. 
Após perder uma corrida e ser cruelmente punido pelo estancieiro, o Negrinho caiu no sono, e perdeu o pastoreio. Ele foi castigado de novo, mas depois achou o pastoreio, mas, caindo no sono, o perdeu pela segunda vez. 
Desta vez, além da surra, o estancieiro jogou o menino sobre um formigueiro, para que as formigas o comessem, e foi embora quando elas cobriram o seu corpo. 
Três dias depois, o estancieiro foi até o formigueiro, e viu o Negrinho, em pé, com a pele lisa, e tirando as últimas formigas do seu corpo; em frente a ele estava a sua madrinha, a Virgem Maria, indicando que o Negrinho agora estava no céu.
 A partir de então, foram vistos vários pastoreios, tocados por um Negrinho, montado em um cavalo baio.









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SANTO ANTÔNIO DE CATEGERÓ


Santo Antônio de Categeró ou Antônio de Cartago, OFS nasceu na cidade de Barca, Cirenaica, na África e, no início de sua vida religiosa, professava a fé em Maomé.


Por ocasião de um aprisionamento que o fez escravo, foi levado à Sicília, para trabalhar em galeras. Vendido como trabalhador escravo a João Landavula (camponês dos arredores de Noto), transformou-se em pastor. Detentor de alma sincera, grande retidão de caráter e agudeza de espírito, aproximou-se da fé em Cristo. Muito disciplinado, sabia controlar seu corpo a ponto de vencer as fraquezas. O que se pode perceber da descrição do caráter do bem-aventurado Santo Antônio de Categeró é que o seu ascetismo foi responsável pela superação das condições sociais adversas. Quando conquistou liberdade, dedicou-se totalmente ao trabalho em hospitais (cuidar dos doentes) e à vida religiosa (homem de orações) o que o levou a ingressar para a Ordem Terceira de São Francisco e, por fim, optou por uma vida contemplativa como grande eremita no deserto. Sua morte deu-se no dia 14 de março de 1549.




OBSERVAÇÃO:

Há outros Santos africanos que se acredita terem sido negros, como Santo Agostinho e sua Mãe, Santa Mônica, São Serapião, São Saturnino, Santas Perpétua e Felicidade, etc., mas como não se tem certeza absoluta, preferi não retratá-los aqui.  

Lembrando que muitos Santos foram embranquecidos devido a maior parte da população ser européia, como o caso de São Maurício, que ora encontramos imagens suas brancas, ora negras. Mas, no início, todas eram negras. 

Assim como temos imagens que eram brancas e se tornaram negras como algumas imagens de Nossa Senhora, devido ao material de que eram feitas. 

(VEJA AS POSTAGENS IMAGENS DE NOSSA SENHORA NEGRA:
http://rezairezairezai.blogspot.com.br/search/label/NOSSAS%20SENHORAS%20NEGRAS)

Um fato escandaloso são as imagens brancas de Nhá Chica, que mostram como o preconceito ainda está presente em membros da Igreja, tentando embranquecer uma Mulher, no mínimo, mulata.



O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA NOS DIZ SOBRE DISCRIMINAÇÃO:

"§1935 A igualdade entre os homens diz respeito essencialmente à sua dignidade pessoal e aos direitos que daí decorrem.


Qualquer forma de discriminação nos direitos fundamentais da pessoa, seja (essa discriminação) social ou cultural, ou que se fundamente no sexo, na raça, na cor, na condição social, na língua ou na religião deve ser superada e eliminada, porque contrária ao plano de Deus."





       VEJA MAIS SANTOS NEGROS E NEGRAS CATÓLICOS: