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sexta-feira, 26 de abril de 2013

ACENDA VELAS PELAS ALMAS - BÍBLIA E TRADIÇÃO DA IGREJA





 O uso de velas é um costume bíblico antigo, como vemos no mandamento do Senhor a Moisés:
 
«O Senhor disse a Moisés: 'Ordena aos israelitas que te tragam óleo puro de olivas esmagadas para manter, continuamente acesas as lâmpadas do candelabro. Disporás as lâmpadas no candelabro de ouro puro para que queimem continuamente diante do Senhor'». (Lev 24, 1-4).

“Farás um candelabro de ouro puro… Far-lhe-ás também sete lâmpadas. As lâmpadas serão elevadas de tal modo que alumiem defronte dele” (Ex 25, 31.37)



AS VELAS NO CULTO CRISTÃO CATÓLICO

As velas, no culto cristão católico, simbolizam o próprio Cristo, Luz do mundo e seu Santo Espírito, que veio em formas de línguas de fogo (At 2,3). 


Elas são símbolos de uma oração contínua diante de Deus " para que queimem continuamente diante do Senhor'». (Lev 24, 4).

Dai, a importância de acender velas na intenção dos falecidos, para que nossa oração, simbolizada na vela, seja continua diante do Senhor.

 Depois de rezar e acendê-las, deixamos na presença do Senhor um símbolo material de nosso pedido.

A vela perpetua nosso pedido  continuamente diante do Senhor'». (Lev 24, 4).

Os falecidos não precisam das velas, mas das nossas orações. 

 No entanto, nossas orações e intenções podem ser simbolizadas , representadas materialmente pelas velas.

Ao olhar as velas  nós saberemos e nos lembraremos de nossos pedidos e estaremos pedindo novamente, só por lembrar. 

E os outros que olharem, também saberão que nós estamos em oração.




PARA QUE REZAR PELOS MORTOS? O QUE A BÍBLIA DIZ?


Na Bíblia, São João diz que devemos rezar por um irmão que está em pecado e se o pecado não foi para a morte Deus perdoará esse irmão (1 Jo 5,16).

 Também Jó oferecia sacrifícios pelos pecados de seus filhos para que Deus os perdoasse.

Por isso, fazemos o mesmo pelos que morreram, para que Deus os perdoe e os liberte dos laços da mancha do pecado:

"levantando-se de madrugada, oferecia holocaustos Segundo o número de todos eles (seus filhos); pois dizia Jó: Talvez meus filhos tenham pecado, e blasfemado de Deus no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente."
JÓ 1, 5 

Orar pelos mortos era um costume muito antigo entre os judeus, mesmo antes de Cristo, decorrente da fé na ressurreição, como lemos na Bíblia:



"43. Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição,
44. porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles."
(2 Mac 12, 43-44)



OS CRISTÃOS JÁ ORAVAM PELOS MORTOS, COMO NOS DIZ A BÍBLIA:

Um exemplo da intercessão da Igreja pelos mortos nos e apresentada na Bíblia por São Paulo ao falar dos cristãos que se batizavam em favor dos mortos:

"De outra maneira, que intentam os que se batizam em favor dos mortos? Se os mortos realmente não ressuscitam , por que se batizam por eles?" (2 Cor 15,29)











BASE BÍBLICA SOBRE O PURGATÓRIO

Os falecidos que não entraram diretamente no céu e precisam passar por uma última purificação de seus pecados, o Purgatório,  estão em estado de sofrimento pelos pecados.

Os pecados (Mt 15,20),  produzem uma mancha na alma ou consequências se não são expiados em vida, serão  na outra:

 " há pecados que podem ser perdoados neste mundo ou no outro" (Mt 12,32):

"se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro " (Mt 12,32)

Essa purificação é descrita por São Paulo como um fogo purificador:


"a obra de cada um aparecerá. O dia (do julgamento) demonstrá-lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um.
14. Se a construção resistir, o construtor receberá a recompense (O CÉU).
15. Se pegar fogo, arcará com os danos. Ele será salvo, porém passando de alguma maneira através do fogo (PURGATÓRIO)."
(1 Cor 3,13-15)
E Jesus nos diz que há castigos distintos do inferno reservados a "aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis" ( Lc 12, 45-48) esses "serão lançado na prisão e dali não sairão, enquanto não pagarem o último centavo" ( Mt 5,22.25-26).

As almas, porém,  nada podem fazer por sua própria purificação a não ser aguardarem pela libertação de suas "manchas" (Mt 15,20) , consequências, pois já foram julgadas por suas obras: " Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo" (Heb 9,27).

As almas  recebem o que fizeram em vida:
 "ali cada um receberá o que mereceu, conforme o bem ou mal que tiver feito enquanto estava no corpo" 
(2 Cor 5,10)


O sacrifício de Jesus nos justifica e nos salva plenamente.

 Pelo batismo, fomos sepultados com Cristo para vivermos uma vida nova  e temos todos os pecados perdoados.

 Contudo,  após o batismo, os pecados cometidos acarretam uma mancha, uma pena que deve ser expiada.
(Veja 1Sam 3,13-14; 4,18; 2 Sam 12,13-14; Jon 1,12)

Se morremos na amizade de Deus, sem pagar por essas penas temporais, "seremos salvos de alguma maneira, porem, passando pelo fogo, se purificando" 
(1 Cor 3,15) 

 Temos um exemplo nos Atos dos Apóstolos de cristãos que pecaram e foram castigados: 


"Não foi aos homens que mentiste, mas a Deus.
5. Ao ouvir estas palavras, Ananias caiu morto. Apoderou-se grande terror de todos os que o ouviram."
(At 5,4-5)



 Contudo, podemos socorrer as almas  em purificação com nossa intercessão (I  Tim 2,1; 2Cor 15,29)  da igreja, e  de todos os santos (Rm 14,8; Gl3,27-28), para que o tempo desse sofrimento seja atenuado, como nos disse São João:

"Se alguém vê seu irmão cometer um pecado que não o conduza a morte, reze, e Deus lhe dará a vida"
(1 Jo 5,16)




Em outro trecho bíblico lemos que São Paulo reza por um um amigo seu chamado Onesíforo, que muitos estudiosos da Bíblia supõe já tivesse morrido, pois ele  não fala dele como se estivesse vivo, mas apenas relembra seus feitos no passado e pede pela família dele (a casa de Onesíforo):
















"16.
 O Senhor conceda sua misericórdia à casa de Onesíforo, que muitas vezes me reconfortou e não se envergonhou das minhas cadeias!


17. Pelo contrário, quando veio a Roma, procurou-me com solicitude e me encontrou.
18. O Senhor lhe conceda a graça de obter misericórdia junto do Senhor naquele dia. Sabes melhor que ninguém quantos bons serviços ele prestou em Éfeso."
(2Tim 1,16-18)


Após ler o Capítulo 4 dessa mesma Carta, vemos realmente que Onesíforo estava morto na época em que Paulo a escreveu, pois, no fim dela, ele não fala de Onesíforo, mas sim da família dele (9. Saúda Prisca e Áquila, e a família de Onesíforo).
Comprova-se, assim, que de fato Onsíforo estava morto, pois, do contrario, no final de sua epístola, Paulo teria saudado seu amigo ou o mencionado diretamente:

"19. Saúda Prisca e Áquila, e a família de Onesíforo
20. Erasto ficou em Corinto. Deixei Trófimo doente em Mileto.
21. Apressa-te a vir antes do inverno. Saúdam-te Eubulo, Pudente, Lino, Cláudia e todos os irmãos.
22. O Senhor esteja com o teu espírito! A graça esteja convosco!"
(2 Tim 4,19-22)














A VELA - SÍMBOLO DE ORAÇÃO, SACRIFÍCIO, DOAÇÃO:


Ao acender uma vela, simbolicamente oferecemos um holocausto, a vela se consome, se sacrifica, simbolizando nossa intencao de nos doar em oracao pelo próximo.

O holocausto era, na Antiguidade e na lei mosaica, o sacrifício mais perfeito, porque por ele a vítima era oferecida a Deus e queimada, por inteiro, em reconhecimento a seu poder e direito absolutos sobre quem a oferecia. A vela acesa é um holocausto em miniatura.

A pessoa adquire a vela, que passa a lhe pertencer, a ser sua. Acende-a para ser consumida em seu lugar.


Ao acender a vela e rezarmos, deixamos perante o Senhor um simbolo continuo de nossos pedidos:

 "Sobre o candelabro de ouro puro conservará em ordem as lâmpadas perante o Senhor continuamente."
(Lev 24,4)

Essa oracao e sufrágio só é aceita graças ao sacrifício da cruz do Único Filho Deus, Nosso Senhor Jesus, "oferecido uma só vez" (Heb 9,28) e renovado continuamente em todas as Missas "ate que ele venha" (1 Cor 11,26), pois e a Igreja, seu Corpo, que unida a sua Cabeça, Cristo, que pede por seus fieis, pois "vivos ou mortos pertencemos ao Senhor" (Rom 14,8).



Toda oração nossa se une a oração de Jesus que  "vive para interceder por nosso favor" (Heb 7,25)


Jesus "é a Cabeça do corpo, da Igreja" (Col 1,18), por isso não reza só, todo o corpo de Cristo reza junto com ele.

  É o Cristo total (1 Cor 12,12) quem intercede ao Pai.

      Assim, toda a Igreja: 
os Santos dos céus, os da terra e os que estão em purificação podem orar e interceder.

Pela união desse Corpo místico, o que fazemos de bom, orações e obras, redunda em benefício de toda a Igreja:

 "se um membro sofre, todos os membros padecem com ele; se um membro  tratado com carinho, todos os outros se congratulam com ele
(1 Cor 12,26).

Assim, nossas orações podem ser oferecidas pelo bem dos membros mais necessitados, como as almas em purificação.

E, nossas orações, simbolizadas materialmente nas velas, "queimando" continuamente, chegam na presença de nosso Deus.

Deus  as recebe também pelas mãos de seus Santos, que "tem cada um taças de ouro cheias de perfume (que são as orações dos fieis)" (Apo 5,8).

É claro que a vela está longe de ter o mesmo valor do sacrifício eucarístico, a Missa.
A Missa tem valor é infinito, visto que por ela é o próprio Homem-Deus que se oferece a seu Pai, mas nem por isso deve ser desprezada ou abolida.

Deve-se, sim, evitar a má interpretação e o exagero, isto é,  dar ao uso da vela maior valor do que ela, de fato, tem.

As velas não são usadas para iluminar as almas, porém nossa oração é como luz nas trevas do pecado, metaforicamente elas iluminam as almas em purificação.

Vela acesa é, pois, símbolo de consumação, oração, luz, vida, ressurreição, Cristo, graça e Glória.


São João, no Apocalipse, descreve que viu Jesus no meio de sete candelabros de ouro, por isso em nossas igrejas temos velas para lembrar Nosso Senhor Ressuscitado:

 "aquele que anda pelo meio dos sete candelabros de ouro" (Apo 2,1):



"Voltei-me para saber que voz falava comigo. Tendo-me voltado, vi sete candelabros de ouro
13. e, no meio dos candelabros, alguém semelhante ao Filho do Homem, vestindo longa túnica até os pés, cingido o peito por um cinto de ouro." (Apo 1,12-13)




































sábado, 18 de agosto de 2012

ACENDA VELAS EM LOUVOR A DEUS (LEV 24,4)




 O uso de velas no culto a Deus é um costume bíblico antigo, como vemos no mandamento do Senhor a Moisés:
 
«O Senhor disse a Moisés: 'Ordena aos israelitas que te tragam óleo puro de olivas esmagadas para manter, continuamente acesas as lâmpadas do candelabro. Disporás as lâmpadas no candelabro de ouro puro para que queimem continuamente diante do Senhor'». (Lev 24, 1-4).

“Farás um candelabro de ouro puro… Far-lhe-ás também sete lâmpadas. As lâmpadas serão elevadas de tal modo que alumiem defronte dele” (Ex 25, 31.37)




 








 As velas, no culto cristão católico, simbolizam o próprio Cristo, Luz do mundo e seu Santo Espírito, que veio em formas de línguas de fogo (At 2,3)  por isso, são oferecidas em seu louvor no altar, assim como eram oferecidas no Templo de Jerusalém (I Re 7,49).














Eis a passagem do Evangelho:

  «Eu Sou a LUZ do mundo, aquele que me segue não andará nas trevas, mas terá a Luz da Vida». (Jo 8,12)
















Do mesmo modo, as velas simbolizam a missão do cristão de ser luz no meio dos homens e também são acesas em honra dos Santos e de Maria, Mãe de Deus (Lc1,43) (Jo 1,1), pois com suas vidas, orações e obras iluminaram e iluminam a Igreja (Apo 7, 14-15. 14,13):

“ Vó sois a luz do mundo. (...) nem se acende uma luz para ser colocado debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos que estão em casa. Assim brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras, e glorifiquem vosso Pai que está no céus." (Mt 5, 15-16)



Vemos no Apocalipse que Cristo aparece a São João no meio de sete candelabros, que simbolizavam as sete igrejas, para as quais a mensagem desse  livro, em princípio, estava sendo escrita, mostrando também o culto que podemos prestar ao Senhor, ao acender velas em seu louvor:
 
 12 E voltei-me para ver quem falava comigo. E, ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro,
13 e no meio dos candelabros um semelhante a filho de homem, vestido de uma roupa talar, e cingido à altura do peito com um cinto de ouro;
(Ap 1, 12-13; 2, 1).

 Ao acender velas, invocamos a presença do Senhor, Luz do mundo, no meio de nós,pedindo que Ele se faça presente, pois Ele "anda no meio dos candelabros":
 
1 Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete candelabros de ouro:(Apo 2,1)
Por isso, na Santa Missa é importante acender velas para lembrar ritualmente, visivelmente, que o Senhor está no meio de nós (Ex 13,21-22),  como Ele nos disse:





 


  " onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles. "
(Mateus 18:20)







E quando estamos reunidos em seu nome, a Luz de seu Santo Espírito vem a nós, como veio em Pentecostes, sob a forma de línguas de fogo: 
 
 1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.
2 De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.
3 E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma.
4 E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. 
(At 2,1-4) 


 Na Liturgia da Igreja, elas estão sempre presentes, como sinal de louvor perene a Deus (Lev 24,4) e de sua presença (Ex 13,22)



 




São elementos rituais essenciais para lembrar Cristo, Luz que vence as trevas, principalmente, no Sábado de Aleluia, no ritual do Batismo, na renovação das promessas do Batismo da Primeira Comunhão, na Crisma ou Confirmação para lembrar o Espírito Santo, "em forma de língua de Fogo" (At 2,3), na Missa da Apresentação do Senhor, "Luz para iluminar as nações" ( Lc 2,32).




Também são usadas em procissão, lembrando que o Senhor marcha conosco, do mesmo modo que marchou com o povo de Israel, simbolizado na coluna de fogo que precedia os israelitas:

21 E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvens  para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite.
22 Não desaparecia de diante do povo a coluna de nuvem de dia, nem a coluna de fogo de noite. 
(Ex 13,21-22)