ALGUNS MILAGRES LISTADOS EM SEU PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO:
AJUDA A TER FILHOS
Em Pergola, lugarejo da Úmbria, havia uma casa pertencente a uma das mais ilustres famílias da Itália, que, pela grande devoção que tinha a Santa Rita, fazia-lhe todos os anos a festa na igreja de Santo Agostinho.
Estavam casados há mais de dezoito anos, mas viviam tristes porque não tinham filhos.
Recorreram a Santa Rita com fervorosas súplicas, para que lhes alcançasse de Deus o que lhe pediam.
O Senhor atendeu a suas orações, dando-lhes dois filhos, que foram a consolação dos pais e a honra da família.
RESTITUI A VISÃO
Na cidade de Valença, no ano de 1688, Santa Rita restituiu a visão a uma menina cega de nascimento, no fim de uma novena que os pais da criança lhe fizeram.
A Bernardino, filho de Tibério, restituiu Santa Rita a visão de um dos olhos, que tinha perdido por causa de uma ferida: entrando no sepulcro da santa, saiu livre do mal de que padecia.
RESTITUI A AUDIÇÃO E A FALA
Uma mulher nobre, chamada Mateia de César, natural de Rocha, que era surda-muda desde a sua primeira idade, fez uma promessa a Santa Rita. Passou a ouvir e logo falou.
Francisca, natural de Fucella, surda de cinco anos, pela intercessão de Santa Rita, conseguiu ouvir, após lhe rezar três Ave-Marias.
CURA PEDRA NOS RINS
No ano de 1457, um homem, natural de Ocone, tremendamente aflito de pedras nos rins, recorreu a Santa Rita e logo se viu livre de tão penoso mal.
CURA MAL NO CORAÇÃO
A mãe da menina Josefa Maria prometeu a Santa Rita vestir-lhe um hábito igual ao da santa se a livrasse de um terrível mal do coração.
Concedeu-lhe a santa imediatamente a graça.
EXPELE ALFINETE DA GARGANTA
Não é menor a graça que recebeu uma criança chamada Ana, cuja garganta foi atravessada por um alfinete, que lhe impedia a respiração. Sendo-lhe aplicada com grande fé uma estampa da santa , no mesmo tempo expeliu o alfinete pela boca.
CURA PARALÍTICO
Lúcia tinha um filho de pés e mãos entrevados havia muitos anos: untou-os com azeite da lâmpada de Santa Rita e invocou o seu patrocínio; levantou-se o menino completamente são.
SAI DO TÚMULO E LIVRA A CIDADE DE CÁSSIA DE TERREMOTO
No grande terremoto que sofreram alguns lugares da Itália, em 12 de maio de 1730, contam que o corpo de Santa Rita levantou-se da urna em que estava e, suspenso no ar por espaço de várias horas, reprimiu o golpe do espantoso terremoto, que na cidade de Cássia não passou de ameaça. Esse fato foi confirmado pelo bispo do lugar e divulgado por toda a Europa.
CORPO DA SANTA SUSPENSO NO AR
Outro espantoso fato ocorrido foi quando o superior da Ordem Agostiniana foi visitar o corpo de Santa Rita e o corpo se levantou da urna, suspenso no ar, em sinal de respeito ao superior da ordem.
Essas maravilhas e outras muitas estão arroladas no processo de beatificação de Santa Rita de Cássia.
Outros Milagres atribuídos, pela Santa Igreja Católica, a Santa Rita registrados na biografia de Padre Cavallucci, reproduzida no primeiro volume da Documentação ritiana antiga:
Se observa que já antes de sua canonizacao, perto do tumulo de Rita, se viam "muitas imagens de prata, de cera, de figuras em madeira e em tela, de ferros, de correntes de escravos, pontas de espingardas quebradas, como ex-votos, em sinal de gracas alcancadas", tudo "fielmente registrado dos Tabeliões na presença de testemunhas.
Perto do sagrado corpo de Rita, continua o biográfo, "se veem muitos doentes e feridos serem curados de gravíssimas enfermidades, muitos cegos voltarem a ver, muitos mudos de nascença terem recebido a fala, mancos e defeituosos ficarem sãos";
além dos endemoninhados que vinham liberados e não faltava quem afirmava ter fugido da morte certa graças à intercessão da Freira Rita.
Nesta biografia são citados 46 milagres, os primeiros onze dos quais todos no ano 1457 o que se pode supor que sejam aqueles descritos pelo Tabelião Casciano Domenico Angeli. Eis:
- Battista D’Angelo de Colgiacone não avendo a luz nos olhos, mandou devotos para rezar ao Senhor Deus na frente do corpo da Beata Rita e por misericórdia infinita foi satisfeito, retornando-lhe a vista como antes.
- No dia 25 do mesmo mês Lucretia de Ser Pauolo de Colforcello, estava mal devido à grande idade e inchada por hidropisia, se fez conduzir na frente do corpo da Beata Rita, fazendo devotas orações, retornou sã como antes.
- Ainda no mesmo mês uma mulher chamada Cecca d’Antonio surda de um ouvido por cinco anos contínuos, invocando principalmente l’Onipotente Deus e a Beata Rita foi liberada com claríssimos sinais na presença de muitas pessoas.
- No dia 29 do mesmo mês. Salimene d’Antonio do Poggio tendo um dedo da mão insensível a muito tempo, encostando-o no corpo da Beata com grande reverência e humildade, devoção e fé, foi curado na presença de muita gente e derramando muitas lágrimas, rendeu graças ao Senhor e à Beata Rita.
- No último dia de Maio de 1457. Giacomuccia de Leonardo da Ocone tormentada por muitos anos por uma gravíssima dor nas pernas e no corpo, nos dois últimos anos não se alimentava bem. Carregada nos braços foi levada até à presença do corpo da Beata e implorando ao Senhor e a Ela, ficando por oito dias na Igreja, foi curada e com grandíssima alegria agradeceu a Deus em primeiro lugar e à Beata Rita.
- No mesmo dia Cecca de Gio da Biselli de Norcia tendo nascida muda, como comprovam os parentes e outras pessoas que vieram visitar o corpo da Beata, depois de tantas devotas orações, ela começou a falar e dizer Ave Maria e outras palavras, com grandíssimo estupor dos parentes e de tantas pessoas.
- No dia 2 de junho de 1457. Matteo do Re d’Ocone. Bernardo seu filho, tinha uma pedra na bexiga que lhe causava muita dor. Com grande devoção implorou à Beata Rita e seu filho foi curado do sofrimento.
- No dia 3 do mesmo mês, Espirito d’Angelo de Cassia tinha sofrido por 4 anos de dores fortíssimas à ciática, rezando à Beata Rita, foi curado.
- No dia 7 Mattia de Cancro da Rocca Indulsi de Norcia tendo nascida muda e levada aos seus parentes a fim de rezarem por ela, obteve a graça de Deus de poder falar com a língua livre e isto foi causa de estupor entre as pessoas que a escutaram falar e foram feitas procissões por todos os Sacerdotes e uma Pregação do R. P. Mestre Giovanni Pauletti de Cassia.
- No mesmo dia Cecco d’Antonio de Sao Cipriano de Matrice mudo de nascença, conduzido por seu pai ao corpo da Beata Rita, com ardentes orações, ficaram dois dias alì e recebendo a graça com grandíssimo estupor de todos.
- No dia 8 de junho de 1457. Lucia de Santi do Castel de Santa Maria de Norcia, cega de um olho a 15 anos e do outro quase não via nada, colocada a mão no corpo da Beata Rita, onde ficou por 15 dias em oração, foi finalmente iluminada dos dois olhos, com lágrimas e suspiros louvava e agradecia à Divina Majestade.
Como se pode constatar, as curas milagrosas são de diferentes doenças, inclusive cegueira e mutismo de nascença.
Os outros milagres foram entre os anos 1447 e 1603.
Se trata de curas de doenças de todos os tipos: paralisias totais, pedra na bexiga, dificuldade de fala, feridas consideradas incuráveis e em putrefação, abcessos na garganta, loucura, ossos quebrados, feridas infeccionadas, hemorragias, possessões por "espíritos imundos", peste, cancer na garganta e outros.
Além de citar os milagres acertados e protocolados, o Padre Cavallucci informa que "ainda hoje nos nossos tempos, ao abrir a Caixa e a arca onde se incontra o corpo, se sente uma fragrancia a qual parece feita de várias misturas odoríficas, sentindo-se até que a caixa està aberta, e que todas as vezes que o Nosso Senhor Jesus Cristo concede qualquer graça por intercessão da Beata Rita, este odor e esta fragrancia se sente mais nos dias antes e depois que a caixa vem fechada, como aconteceu tantas vezes e que depois aparece alguém de outras cidades trazendo ofertas em agradecimento pelos votos deles...".
Os Cavallucci acrescenta ainda que as monjas do mosteiro tinham hábito de no mês de maio preparar pequenos pãezinhos que no dia da festa da freira Rita, o dia 22, distribuiam ai necessitados; e "por ter provado este pão" muitos vinham liberados das febres e de outras enfermidades.
Ainda: o óleo da lanterna que era costantemente acesa sobre o tumulo de Rita, era tido como milagroso, por isso as monjas "davam o óleo desta lanterna a diversas pessoas a fim de que esfregassem nas partes doentes e doloridas e assim encontravam melhoras.