Os elos restantes da corrente - que a tradição secular afirma ter
mantido São Paulo acorrentado, na prisão em Roma, entre 61 e 63 d.C. - estão expostos num artístico relicário iluminado, próximo ao seu
túmulo na Basílica Papal de São Paulo Fora dos Muros.
Assim, esta que é a mais importante relíquia do Apóstolo dos Gentios pode agora ser venerada, melhor que no passado, pelos milhares de fiéis e peregrinos que a cada dia acorrem ao templo.
Até agora ela era mantida numa urna de ouro e cristal na capela da Abadia Beneditina, junto com outras relíquias.
A
decisão de colocá-la em destaque maior no Altar da Confissão, sob o
Baldaquino de Arnolfo di Cambio, foi tomada pelo Arcipreste da Basílica,
Cardeal Andrea di Montezemolo, para assinalar início do Ano Paulino (2008-2009).
No relicário de bronze, com uma janela de cristal, e sobre um revestimento de seda, estão expostos os nove anéis restantes da corrente, tendo nas extremidades duas moedas romanas com a efígie do imperador Nero, de quem São Paulo foi prisioneiro e mártir.
Relicário sobre o túmulo do Apóstolo Paulo.
O relicário planejado pelo Cardeal Montezemolo é obra do escultor Guido Veroi, autor do desenho da Porta Paulina, da medalha comemorativa do Ano Paulino e de uma moeda do Estado do Vaticano, lançada em comemoração dos dois mil anos do nascimento de São Paulo Apóstolo.
São João Crisóstomo foi um dos primeiros a venerar a corrente de São Paulo.
Todos os anos, na
solenidade litúrgica de 29 de junho, a corrente é levada em procissão em
torno da Basílica de São Paulo Fora dos Muros, pelo Abade.
Nos últimos
anos, essa procissão tem assumido uma conotação ecumênica, com a
participação dos cristãos ortodoxos e protestantes.
Basílica de São Paulo Fora dos Muros
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