A piedade medieval do Ocidente desenvolveu a oração do Rosário como alternativa popular à Oração das Horas (Oração dos Padres, Freiras e Monges, composta de 150 salmos bíblicos).
O rosário é uma oração vocal, resumo do
Evangelho, pois medita toda a vida de Jesus e Maria, seus mistérios
gozosos, dolorosos, luminosos e gloriosos.
Rezar o rosário é rezar a Bíblia, pois ele é composto, quase que completamente de orações evangélicas o Pai-nosso (Mt 6,9-13), a Ave Maria ( Lc 1,28. 42.) e o Glória ao Pai (Lc 2, 14).
Rezar o rosário é rezar a Bíblia, pois ele é composto, quase que completamente de orações evangélicas o Pai-nosso (Mt 6,9-13), a Ave Maria ( Lc 1,28. 42.) e o Glória ao Pai (Lc 2, 14).
Ao rezar, cada Pai-nosso, as 10 Ave-Marias e o Glória deve-se dar a cada um deles uma intenção, um pensamento, desejo e meditação diferente do outro, levando em conta os textos bíblicos do mistério rezado .
Já em latim, os verbos orare e recitare têm sentidos muito próximos:
o primeiro significa “pronunciar uma fórmula ritual, uma oração, uma defesa em juízo”; o segundo, “ler em voz alta e clara” (portanto, o mesmo que em português recitar).
Entretanto, para orare prevaleceu na
latinidade e nas línguas românicas o sentido de rezar,
isto é, dizer ou fazer uma oração ou súplica
religiosa (cfr. A. Ernout–A. Meillet, Dictionnaire
étymologique de la langue latine — Histoire des mots,
Klincksieck, Paris, 4ª ed., 1979, p. 469).
Nós, católicos, damos ao verbo rezar
um sentido bastante amplo e genérico, e reservamos a
palavra oração mais especialmente — mas não
exclusivamente — para os diversos gêneros de oração
mental, como a meditação, a contemplação
etc. Não há razão, portanto, para fazer dessa
ligeira diferença, comum nos sinônimos, um tema de
disputas.
Alguns não católicos dizem que “não devemos orar
repetidas vezes”, e apelam para a Bíblia, a passagem do Evangelho de
São Mateus (6,7):
“Nas vossas orações,
não queirais usar muitas palavras, como os pagãos, pois
julgam que, pelo seu muito falar, serão ouvidos”.
A interpretação deste texto de São
Mateus não é entretanto a que os protestantes lhe dão.
Ele significa simplesmente que a eficácia da oração
não decorre da loquacidade ( palavras bonitas para convenver a Deus), mas sobretudo das boas disposições
do coração.
As disposições sendo boas, em
princípio, quanto mais se reza, melhor!
Até porque rezar é repetir uma fórmula,
mas o que muda é o porque se reza, como se reza, com que intenção, com
que desejo, com que pensamento.
Isaías no capítulo 6, versículo 3, ao falar de uma visão que teve dos serafins no céu, descreve que esses anjos, oravam repetindo uma mesma fórmula, ou seja, rezavam repetidas vezes clamando uns aos outros:
Isaías no capítulo 6, versículo 3, ao falar de uma visão que teve dos serafins no céu, descreve que esses anjos, oravam repetindo uma mesma fórmula, ou seja, rezavam repetidas vezes clamando uns aos outros:
"Suas vozes se revezavam e diziam: Santo, santo, santo é o Senhor
Deus do universo! A terra inteira proclama a sua glória!"
(Is 6,3)
Além do mais, como judeu, Jesus aprendeu
a rezar muitos salmos (Mt 26,30), e participou de muitas cerimônias
judáicas e no Evangelho não consta que Ele fosse contra elas, muito pelo
o contrário ele mesmo frequentava o Templo de Jerusalém.
Os próprios não católicos quando cantam um hino , estão rezando, pois ninguém inventa uma canção do nada.
E o próprio
Jesus Cristo, Nosso Senhor, deu o exemplo de uma oração
longa e repetitiva no Horto das Oliveiras, quando, prostrado com o
rosto em terra, rezou por mais de uma hora, dizendo:
"Pai, se é
possível, afaste-se de mim este cálice; mas não
se faça a minha vontade, e sim a vossa."
( Mt 26, 39-44;
Lc 22, 41-45)
Jesus orou por três vezes com as memas
palavras, usando uma fórmula, porém o que contava era a intensidade com
que ele dizia essas palavras:
"Deixou-os e foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras ." (Mt 26,44)
"Deixou-os e foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras ." (Mt 26,44)
Quanto à necessidade da insistência na
oração, no Evangelho de São Lucas (11, 5-8) se
lê a impressionante lição do Divino Mestre:
“Se
algum de vós tiver um amigo, e for ter com ele à
meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães,
porque um meu amigo acaba de chegar a minha casa de viagem, e não
tenho nada que lhe dar; e ele, respondendo lá de dentro,
disser: Não me sejas importuno, a porta já está
fechada, e os meus filhos estão deitados comigo; não me
posso levantar para te dar coisa alguma. E, se o outro perseverar em
bater, digo-vos que, ainda que ele se não levantasse a
dar-lhos por ser seu amigo, certamente pela sua importunação
se levantará, e lhe dará quantos pães precisar”.
Maria é a Orante perfeita, figura da Igreja (Apoc 12).
Quando rezamos a ela, aderimos com ela ao plano do Pai (Lc 1,38), que
envia seu Filho para salvar todos os homens.
Como o discípulo bem-amado,
acolhemos em nossa casa a Mãe
de Jesus (Jo 19,27), que se tornou a mãe de todos os vivos, pois
se em Eva, somos filhos do pecado ( Gn 3,20), (Rm 5,12), em Cristo,
recebemos vida nova ( Rm 5,19) e Maria é a mãe dessa nova geração de
redimidos ( Apoc 12,17).
Podemos rezar com ela e a ela.
A oração da Igreja é acompanhada pela oração de Maria, que lhe está unida na esperança.
A oração da Igreja é acompanhada pela oração de Maria, que lhe está unida na esperança.
Por isso, em todas as aparições marianas, Maria pediu aos fiéis que rezassem o rosário, o terço.
Perdi o link para um site que tinha trechos biblicos apropriados a cada misterio. voces sabem desse site? Ler esses trechos me ajudava muito a meditar enquanto rezava. Obrigada.
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