Depois da Virgem Maria, a santa mais cultuada no Brasil colônia foi a mãe dela, Santa Ana, a avó de Cristo.
A Virgem Maria sempre acompanha Sant’Ana em três tipos iconográficos: Santas Mães, Sant’Ana Guia e, sobretudo, Sant’Ana Mestra.
A Iconografia das Santas Mães:
Nesta representação artística, Santa Anna é inserida em um contexto genealógico quando ela é representada com Maria adulta e o Menino Jesus. Este tipo iconográfico é conhecido como Santas Mães no mundo luso-brasileiro (Sant´Ana Triplice na Espanha e Ana selbdritt em alemão).
Santa Ana é representada em pé ou sentada: a avó do Messias segura em seus braços Maria, que, por sua vez, segura o Menino.

Na arte da Contra-Reforma é mais comum encontrá-la sentada ao lado de sua filha. Em muitas obras, é representado um livro que pode ser segurado por Ana ou pelas duas mães ao mesmo tempo. O Menino pode estar no colo da Virgem ou entre as duas Santas Mães.

Às vezes, a figura da mãe de Ana, Emerencianna (ou Esmeria), era
acrescentada às Santas Mães, segurando os três outros personagens em seus braços ou, simplesmente, acompanhando-os. Quatro gerações eram então representadas: três mães, adultas, e o Deus Menino.

A Iconografia de Sant’Ana Guia:
O tipo iconográfico de Sant’Anna Guia, no qual a mãe anda segurando sua filha pela mão, é menos comum. Frequentemente ela indica o caminho à sua filha com a outra mão.


A Iconografia de Sant’Ana Mestra:
Ela é representada sempre com o livro aberto nas mãos ou sobre os joelhos. Se estiver em pé, a filha está nos seus braços. Se Santa Ana estiver sentada — sua posição mais habitual —, a Virgem Maria está no seu colo ou em pé ao seu lado. A cadeira nos lembra que a Virgem Maria é a Sede da Sabedoria (Cristo).


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