Santo Antônio Maria Gianelli nasceu em Cereta, perto de Chiavari, na Itália, no dia 12 de abril de 1789, ano da Revolução Francesa. A seu modo, foi também um revolucionário, pois sacudiu as instituições da Igreja no período posterior ao “furacão” Napoleão Bonaparte.
Sua família era de camponeses pobres e nesse ambiente humilde aprendeu a caridade, o espírito de sacrifício, a capacidade de dividir com o próximo. Desde pequeno era muito assíduo à sua paróquia e foi educado no seminário de Gênova, onde ingressou em 1807.
Aos vinte e três anos estava formado e ordenado sacerdote. Lecionou letras e retórica e sua primeira obra a impressionar o clero foi um recital organizado para recepcionar o novo bispo de Genova, monsenhor Lambruschini. Intitulou o recital de “Reforma do Seminário”. Assim, tranqüilo, direto e com poucos rodeios; defendia a nova postura na formação de futuros sacerdotes. A repercussão foi imediata e frutificou durante todo o período da restauração pós-napoleônica.
Entre os anos de 1826 e 1838 foi o pároco da igreja de Chiavari, onde continuou intervindo com inovações pastorais e a fundação de várias instituições, entre elas seu próprio seminário. Em 1827, criou uma pequena congregação missionária para sacerdotes, que colocou sob a proteção de santo Afonso Maria de Ligório, destinada a aprimorar o apostolado da pregação ao povo e à organização do clero.
Depois, fundou uma feminina , de caráter beneficente, cultural e assistencial, para a qual deu um nome pouco comum, “Sociedade Econômica”, e entregou-a às damas da caridade, destinada à educação gratuita das meninas carentes.
Era, na verdade, o embrião da congregação religiosa que seria fundada em 1829, as “Filhas de Maria Santíssima do Horto”, depois chamadas de “Irmãs Gianellinas”.
Era, na verdade, o embrião da congregação religiosa que seria fundada em 1829, as “Filhas de Maria Santíssima do Horto”, depois chamadas de “Irmãs Gianellinas”.
Em 1838, foi nomeado bispo de Bobbio. Com a ajuda dos “padres ligorianos”, reorganizou sua própria diocese, punindo padres pouco zelosos e até mesmo expulsando os indignos.
Também reconstituiu a pequena congregação com o nome de “Oblatos de Santo Afonso Maria de Ligório”. Aos cinquenta e sete anos, morreu no dia 7 de junho de 1846, em Piaceza. Na obra escrita que deixou, expõe seu pensamento “revolucionário”: a moralidade do clero na vida simples e reta de trabalho no seguimento de Cristo.
Reacionária para aqueles tempos tão corrompidos pelo fausto napoleônico das cortes que oprimiam o povo cada vez mais miserável. Portanto um tema atual, que deve ser lembrado, sempre, nas sociedades de qualquer tempo.
Antônio Maria Gianelli foi canonizado por Pio XII em 1951 e suas instituições femininas ainda hoje florescem, principalmente na América Latina. Por esse motivo é chamado de o “Santo das Irmãs”.
Gianelli deixou muitos escritos, incluindo um "Life of St. Columba" , panegíricos, regras, sermões, discursos e uma correspondência moral com sua correspondência.
- "Endereço para o Povo de Chiavari para a colocação da pedra fundamental do Conservatório" , Tip. Argiroffo, Chiavari 1857
- "sermões diferentes" - 2 volumes -, Sac. Marcone, Genoa 1875
- "Discursos e Panegíricos" , Sac. Marcone, Genoa 1878
- "Cartas Pastorais" , publicado Gianelliane de 1980
- "Vou dar um sinal para ver" , Pensamentos de St. Antonio Gianelli, Roma 1988
ORAÇÃO
Santo Antonio Maria Gianelli,
fundador de duas congregações religiosas,
intercedei junto a Deus para que dê aos nossos sacerdotes
essa mesma fidelidade para serem agradáveis a Deus
e verdadeiros testemunhos para o povo.
Por Cristo Nosso Senhor.
Amém!
Oração de Santo Antônio Maria Gianelli:
Deus, nosso Pai, não fazeis distinção de pessoas. Diante de vós, Senhor, todos somos iguais: ninguém é mais justo, é mais correto, é mais digno que o outro. Diante de vós, frágil é quem se julga forte; pobre, quem se acha rico; nada, quem se considera tudo; tolo, quem se reputa sábio. Ajudai-nos, pois, a construir um mundo em que a dignidade de cada pessoa seja respeitada e garantida. Uma sociedade em que os sentimentos de fé e de esperança prevalesçam sobre os da descrença e da falta de horizontes. Fazei florescer, em frutos de paz, as lágrimas dos corações aflitos. Saciai os que têm fome de justiça, de verdade e de libertação. Nenhuma voz seja calada à força; tropeço algum nos desvie do bom caminho. Nem a abundância nem a necessidade obscureçam nossa dignidade humana. Que se cumpram um a um nossos sonhos de fraternidade. Amém.
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