terça-feira, 24 de setembro de 2024

CRESCIMENTO EVANGÉLICO É PODER DO dEUS DINHEIRO

 





Lendo o livro A Reforma Empresarial da Educação, Nova direita, velhas ideias, de Luis Carlos Freitas, percebi que a força ideológica discursiva do Neoliberalismo faz-se presente, no Brasil, fortemente,  na religião evangélica ( interpretação minha a partir do livro).

A religião evangélica ( como toda religião ) funciona como um instrumento ideológico do Estado. 

No passado, a Igreja Católica teve essa função de forma evidente servindo aos interesses do reino de Portugal.

Atualmente, as igrejas evangélicas servem aos interesses do neoliberalismo americano.

Elas doutrinam o povo brasileiro a negar sua cultura de diversas formas e de um modo agressivo.

Elas impulsionam brasileiros a enxergarem e assumirem a cultura estrangeira como sendo a melhor, a de Deus.

 Vemos esse discurso cultural expresso :

na roupa dos pastores de paletó e gravata como empresários, homens de negócio, estilo "gringos", ricos;

 ou jovens fitness ao estilo coach de Instagram , tiktok, para atrair a juventude de pouca instrução; 

 a música de igreja  no estilo gospel americano ou negro gospel americano ;

 shows de milagres ( falsos)  com apelos psicológicos, emocional , lavagem cerebral;

 bazar de roupas usadas ( nada de doação caritativa estilo espiritismo ou esmola católica para indulgências);

mulheres dentro de um padrão de roupa e cabelo seguindo ideias machistas conservadoras;

E muito discurso sobre prosperidade, riqueza, dinheiro, dízimo, individualismo, egoísmo, competitividade... 

Todas as  Ideias do Deus Mercado, capitalista , neoliberal.

Uma frase do livro que me lembrou o avanço dos evangélicos:



"As garantias deveriam ser incluídas nas constituições nacionais "

Essa frase me lembra os estudos sobre como os evangélicos traçaram a meta de entrar na política para mudar nossas leis.


O perigo de termos uma bancada evangélica... o perigo de ter político pastor, deputada pastora, senador pastor...

Parece algo pior que a Idade Média.

Até na Idade Média, apesar dos erros dos filhos da Igreja Católica, havia uma clara distinção entre clero e Estado.

Essa distinção  acabou no Brasil: o clero evangélico está no Estado.

Isso é perigoso não só para os católicos, as minorias , as demais religiões, mas também para o futuro democrático, cultural e histórico  do nosso país.

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