Lendo o livro A Reforma Empresarial da Educação, Nova direita, velhas ideias, de Luis Carlos Freitas, percebi que a força ideológica discursiva do Neoliberalismo faz-se presente, no Brasil, fortemente, na religião evangélica ( interpretação minha a partir do livro).
A religião evangélica ( como toda religião ) funciona como um instrumento ideológico do Estado.
No passado, a Igreja Católica teve essa função de forma evidente servindo aos interesses do reino de Portugal.
Atualmente, as igrejas evangélicas servem aos interesses do neoliberalismo americano.
Elas doutrinam o povo brasileiro a negar sua cultura de diversas formas e de um modo agressivo.
Elas impulsionam brasileiros a enxergarem e assumirem a cultura estrangeira como sendo a melhor, a de Deus.
Vemos esse discurso cultural expresso :
na roupa dos pastores de paletó e gravata como empresários, homens de negócio, estilo "gringos", ricos;
ou jovens fitness ao estilo coach de Instagram , tiktok, para atrair a juventude de pouca instrução;
a música de igreja no estilo gospel americano ou negro gospel americano ;
shows de milagres ( falsos) com apelos psicológicos, emocional , lavagem cerebral;
bazar de roupas usadas ( nada de doação caritativa estilo espiritismo ou esmola católica para indulgências);
mulheres dentro de um padrão de roupa e cabelo seguindo ideias machistas conservadoras;
E muito discurso sobre prosperidade, riqueza, dinheiro, dízimo, individualismo, egoísmo, competitividade...
Todas as Ideias do Deus Mercado, capitalista , neoliberal.
Uma frase do livro que me lembrou o avanço dos evangélicos:
"As garantias deveriam ser incluídas nas constituições nacionais "
Essa frase me lembra os estudos sobre como os evangélicos traçaram a meta de entrar na política para mudar nossas leis.
O perigo de termos uma bancada evangélica... o perigo de ter político pastor, deputada pastora, senador pastor...
Parece algo pior que a Idade Média.
Até na Idade Média, apesar dos erros dos filhos da Igreja Católica, havia uma clara distinção entre clero e Estado.
Essa distinção acabou no Brasil: o clero evangélico está no Estado.
Isso é perigoso não só para os católicos, as minorias , as demais religiões, mas também para o futuro democrático, cultural e histórico do nosso país.
é verdade
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