quarta-feira, 13 de setembro de 2017

OS SANTOS E SEUS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

SANTO EGÍDIO E A CORÇA








 Santo Egídio se mudou para uma floresta na região de Nimes para viver como eremita e se dedicar ao estudo de Deus e durante essa época seu único companheiro foi um  uma pequena corça se dirigia todos os dias, para alimentá-lo com o seu próprio leite.









Na mais completa pobreza, alimentava-se apenas de ervas, de raízes e do leite dessa  corsa, que, segundo a tradição, foi-lhe enviada por Deus.

Um dia, durante uma batida de caça, o Rei dos Visigodos seguiu o animal até ao limiar da gruta onde vivia o eremita e uma flecha atingiu em cheio sua mão enquanto tentava proteger a corça dos caçadores do rei visigodo Vamba. 






Para reparar o sacrilégio cometido, o rei  disponibilizou médicos para cuidarem dos ferimentos da mão de Egídio e mandou construir um grande mosteiro, que tomou o nome de Saint-Gilles-du-Gard e que se tornaria uma etapa importante para o caminho dos peregrinos ao voltarem de Compostela, antes de tornar-se, ele mesmo, meta de peregrinação. 



SÃO BENTO E SEU CORVO DE ESTIMAÇÃO




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As representações de São Bento geralmente mostram, junto com o santo, o livro da Regra, um cálice quebrado e um corvo com um pão na boca, em memória ao pão envenenado que recebeu de um sacerdote invejoso.








São Gregório conta que, por sua ordem, o corvo levou o pão até onde ninguém o encontrasse.
A fama de São Bento, que morava no vale do Monte Subíaco, com seus 12 mosteiros, cresceu despertando a inveja de um Padre, um presbítero de uma igreja não distante.

A inveja o cegou a tal ponto que ele chegou a enviar um pedaço de pão envenenado como presente. São Bento recebeu educadamente e agradeceu, mas já previa o que ele continha.


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Havia um corvo que vinha todos os dias às refeições ser alimentado e São Bento lhe ordenou que levasse o pão aonde não pudesse ser encontrado por ninguém. O corvo pegou o pão e após 03 horas retornou para sua habitual refeição.





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O presbítero então, não conseguindo lhe tirar a vida, resolveu tentar seus discípulos, enviando mulheres nuas para passear nos jardins dos mosteiros. São Bento, humildemente, achou melhor abandonar Subiaco e tomou seu caminho junto com seus discípulos mas logo se retira, um acidente mata seu inimigo.


Um monge os alcançou e alegre o avisou "Volta pois o sacerdote que te perseguia já morreu". São Bento repreendeu fortemente o monge por sua alegria e chorou amargamente tanto a morte de seu inimigo como a falta de compaixão de seu irmão.

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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

FELIZ ANIVERSÁRIO, SANTA VIRGEM MARIA!



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Feliz aniversário, Minha Querida Mãe!
 Obrigado, Meu Deus, Pai de Cristo, por este dia! 
Obrigado por poder comemorar o Nascimento de tua Mãe, Maria, Jesus! Que a lembrança desse acontecimento 
afaste as sombras dos maus pensamentos, tristeza, desânimo
 ou qualquer tentação de pecado. 
Ó Jesus,  muito obrigado por nos ter dado uma Mãe no Céu.  Ensinai-me a cuidar e hornar a minha na terra, a ter paciência com seus defeitos, e saber como corrigi-la sem desrespeitá-la,
 quando for necessário.
Virgem Santa, 
ensine-me a ser humilde
 e a aceitar a vontade de Deus, a não me revoltar com a Cruz que devo carregar todos os dias e não me comparar com os outros,
 pois a cada um Deus tem uma Missão diferente. 
Obrigado, 
Meu Deus por todas as oportunidades e felicidades que me são dadas nesta vida. Perdoe-me as dúvidas, os medos e as inseguranças. 
Ó Espírito Santo ilumine minha mente e me dê os dons necessários para ser feliz servindo a Cristo nas coisas mínimas do dia a dia, lendo um livro, lavando um prato, arrumando a casa, etc. 
 Que  em tudo eu louve a Deus e esteja em comunhão com sua graça. Amém!


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Feliz aniversário, Mãe Maria! 
Que sejas sempre amada , que os católicos possam aprender mais do teu amor e de tua sabedoria e que o mundo, por meio de tua devoção, possa se converter a Cristo e renunciar à Besta da valorização do dinheiro e do poder, que os faz esmagar os pobres, a natureza, e as virtudes humanas.
Amém!

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

SÃO TOMÁS DE VILANOVA - PATRONO DAS CRIANÇAS - 08 DE SETEMRBO










Tomás foi um dos pregadores de maior destaque do século XVI na Espanha.

Como frade agostiniano e, mais tarde, como arcebispo, ele conquistou a reputação de ter feito grande caridade, promovido os estudos e encorajado o trabalho missionário.

Em tempos de grande materialismo no Espanha, Tomás de Vilanova viveu frugalmente.

Ele usava dos meios financeiros de sua afluente arquidiocese para concretizar programas sociais para os pobres e rejeitados.





Santo Tomás deu de comer aos que tinham fome e acolheu os sem-teto em sua própria casa. Antes de morrer, ele deu as poucas coisas pessoais que tinha aos necessitados.


Santo Tomás de Vilanova nasceu em Fuenllana (Espanha) no ano de 1488 mas foi criado em Villanueva (Vilanova, em português) de los Infantes, de onde tomou seu nome ao entrar na Ordem dos Agostinianos.

Seus pais, Alonso Tomás Garcia e Lucia Martinez de Castellanos, praticavam obras de caridade, socorrendo a toda espécie de necessitados.

Tomás herdou dos pais esta virtude. Dava a seus coleguinhas mais necessitados tudo o que podia, inclusive suas próprias vestes e calçados. Um dia em que os pais não estavam em casa, chegaram seis pobres pedindo esmola.






O menino, não encontrando nada para dar-lhes, foi ao galinheiro e pegou seis franguinhos, dando a cada um dos pobres um destes. E disse à mãe que, se houvesse mais um pobre, ter-lhe-ia dado também a galinha.

Seguindo o exemplo da mãe, desde muito cedo começou a jejuar, não só nos dias prescritos pela Igreja mas também em outros de sua devoção. Flagelava-se e fazia outras sortes de penitências como se fosse já um adulto.


Quando tinha 15 anos seus pais enviaram-lhe à famosa Universidade de Alcalá para cursar humanidades, retórica, filosofia e teologia. Seu sucesso foi tanto que nos nove anos de estudos naquela instituição ele foi aclamado por todo mundo. No entanto, sua virtude era ainda mais notável que sua ciência.

Apesar do seu sucesso, jamais perdeu a modéstia e a humildade: ele aceitava os elogios como se não fosse ele que estivesse em foco.

Aos 17 anos a morte de seu pai obrigou-o a voltar temporariamente para casa a fim de pôr em ordem os assuntos domésticos. Ele recebeu de herança uma grande residência que transformou em hospital para os pobres. Sua mãe cumpriu sua vontade, encerrando-se ela mesma no hospital para passar os seus anos de viuvez a serviço dos pobres.











Voltando para Alcalá passou a ensinar filosofia na Universidade. Ele tinha então 26 anos. Mas outras eram suas preocupações. Havia muito vinha ele pensando em consagrar-se inteiramente a Deus mediante a vida religiosa. Por isso, deixou as glórias do mundo pelo hábito agostiniano. Tomás fez sua profissão solene em 25 de novembro de 1517.

Ordenado sacerdote algum tempo depois, celebrou sua primeira missa no dia de Natal. Ele entrou em êxtase ao cantar o Glória. Tomás conservaria para sempre uma terna devoção à Divina Infância e ao Santo Sacrifício do altar. Ele costumava dizer que é péssimo sinal para um sacerdote quando ele é visto celebrar a Missa todos os dias sem se tornar cada vez melhor.

Não perdia um minuto durante o dia. Os lugares que mais frequentava eram o altar, o coro (para as orações), sua cela (uma cela em um mosteiro é o aposento de um membro da comunidade; a cela é utilizada para estudar e meditação, também), a bilbioteca (para os estudos) e a enfermaria (para cuidar dos doentes). O santo não podia ver um religioso ocioso e inútil que já o comparava a um soldado sem armas e exposto ao ataque de seus inimigos.

Dizia que ter ciência e grande erudição sem a piedade é como uma espada na mão de uma criança: é uma arma que pode ferir pois não tira proveito daqueles dons de ciência para ninguém. Ele criticava também os religiosos que, sob pretexto de devoção, não se aplicavam suficientemente ao estudo.









Designado à pregação ele a fazia com tanto empenho que o consideravam um outro São Paulo (pela profundidade de sua doutrina) ou um outro Elias da nova Lei (por causa do zelo que demonstrava em seus sermões).

Tomás reformou de tal maneira Salamanca que a cidade "se havia tornado um mosteiro". Muitos jovens renunciaram ao mundo para seguir a Deus. O próprio Imperador Carlos V quis ouví-lo e acabou escolhendo-o para seu pregador. Quando Tomás pregava fora do palácio, o Rei ia disfarçado para ouví-lo.

O santo não aprovava os pregadores que, para dar mostras de erudição, faziam longos e prolixos sermões. Por uma visão interior ele conhecia as necessidades espirituais de seus ouvintes e o mais admirável era que, por mais diferentes que fossem seus interlocutores, todos saíam com maior piedade após ouvir seu sermão.


Tomás foi eleito prior de Burgos e Valladolid e duas vezes foi provincial da Andaluzia e uma vez de Castela. No governo de seus súditos sua mansidão de coração e o atrativo de sua pessoa constituíam poderosas armas para exercer sua autoridade.

Nos seus governos, ele desejava primeiro que os oficios divinos fossem celebrados com toda a reverência e atenção possíveis; em segundo lugar, que os religiosos considerassem a meditação e a leitura espiritual como coisas invioláveis; terceiro, que a paz e a união na caridade fraterna fossem guardadas sem nenhuma alteração; e, finalmente, que ninguém fosse dominado pela preguiça ou pelo ócio, vícios que são os maiores inimigos da virtude, a ruina da alma, o destruidor da castidade e a fonte de todas as desordens.

Com tais normas, ele fez florescer a observância em todas as casas sob sua jurisdição. Ou seja: promoveu uma verdadeira reforma no sentido católico do termo.











Frei Tomás relutou em aceitar ser bispo, ele teve que curvar a cabeça e conformar-se com os desígnios da Providência. Tinha então ele 56 anos. Foi nomeado no dia 10 de outubro de 1544.

Conservou como arcebispo seu hábito religioso que ele mesmo remendava. O cabido da arquidiocese, pensando que ele não tivesse dinheiro para comprar roupas melhores, deu de presente quatro mil ducados para que comprasse trajes mais condizentes com seu posto. Imediatamente Tomás doou o dinheiro ao hospital, agradeceu muito ao cabido dizendo que o bem que era feito aos doentes ele o tomava como para si próprio.

Começou sua administração pela visita pastoral à sua circunscrição eclesiástica pregando por toda parte, resolvendo litígios, reformando conventos e extirpando os vícios. Promoveu um sínodo para acabar com muitos abusos e reformar o clero.

A caridade do então Dom Tomás era insuperável. Atendia diretamente no palácio inúmeros pobres. Não importava a hora do dia ou da noite em que os necessitados pediam seu auxílio. Freqüentemente acompanhava seus atos de caridade com milagres







A um paralítico que lhe pedia esmola, perguntou se preferia trabalhar e ganhar seu sustento com as próprias mãos. À resposta afirmativa, ele lhe disse:

"em nome de Jesus Crucificado, 
deixa tuas muletas e anda."


No mesmo instante o pobre começou a andar e a agradecer.

Santo Tomás de Vilanova tinha êxtases em público, o que contribuia para aumentar a veneração que por ele sentiam. Seus milagres também eram conhecidos por todo mundo.

Entretanto, como ele mesmo dizia, nunca temera tanto salvar-se como desde o momento em que se tornou arcebispo. Isso, devido às responsabilidades que lhe cabiam, pelo bem das almas de todos seus diocesanos. Por essa razão, aspirava ardentemente renunciar ao cargo e voltar para sua cela de religioso.

Enfim, quando ele suplicava com lágrimas a Nosso Senhor que o livrasse desse pesado fardo, o Crucificado lhe respondeu:

"Tenha ânimo, que no dia do nascimento de minha Mãe virás descansar."


No dia 8 de setembro de 1555, Tomás de Vilanova recebeu o prêmio demasiadamente grande de sua fidelidade.






Uma de suas maiores obras foi organizar várias formas de assistência. Entre elas, criou, no palácio episcopal, um orfanato para as criancinhas abandonadas, dando-lhes abrigo, cuidados e o carinho que tanto necessitavam. Acolhia de tal forma essas crianças que um dia chegou a ceder sua própria cama, pois não havia mais lugar para abrigá-las.




 

Por isso desejei, e foi-me dado o bom senso; supliquei, e vejo a mim o espírito da Sabedoria. Aprendi-a sem falsidade e reparto-a sem inveja: não escondo suas riquezas. Ela é um tesouro inesgotável para a humanidade: os que a adquirem estão preparados para a amizade com Deus, porque recomendados pelos dons da instrução.
 (Sb 7, 7.13-14).



 Pois é preciso que o bispo, como administrador de Deus, seja hospitaleiro, amigo do bem, prudente, justo, piedoso, disciplinado, apegado ao ensinamento seguro de acordo com a doutrina, a fim de ser capaz, tanto de expor na sã doutrina, como de refutar os que a contradizem. 
(Tt 1,7a.8s)








ORAÇÃO
Enviai, Senhor, à vossa Igreja, pastores cheios de uma caridade iluminada pela ciência, para que, seguindo o exemplo de Santo Tomás de Vilanova, levem-nos a cultivar a ciência e colocá-la a serviço da caridade.

Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Amén.


























quarta-feira, 6 de setembro de 2017

SANTA REGINA - PROTETORA CONTRA FEBRE E PEDRAS NOS RINS - 07 DE SETEMBRO








Em 252 uma jovem gaulesa com dezesseis chamada Regina (Rainha), convertida ao cristianismo , estava cuidando de suas ovelhas ao pé do Mont Auxois , lugar onde agora se presume estar o Oppidum de Alesia.  

O governador romano da Gália, Olibrius (ou Olimbrius) 1, torturou-a,  mas ela resistiu e se recusou até mesmo ao casamento para não abjurar sua fé.






Regina ou Reine, seu nome no idioma natal, viveu no século III, em Alise, antiga Gália, França. Seu nascimento foi marcado por uma tragédia familiar, especialmente para ela, porque sua mãe morreu durante o parto. Por essa razão a criança precisou de uma ama de leite, no caso uma cristã. Foi ela que a inspirou nos caminhos da verdadeira fé e da virtude.

Na adolescência, a própria Regina pediu para ser batizada no cristianismo, embora o ambiente em sua casa fosse pagão.

A cada dia, tornava-se mais piedosa e tinha a convicção de que queria ser esposa de Cristo. Nunca aceitava o cortejo dos rapazes que queriam desposá-la, tanto por sua beleza física como por suas virtudes e atitudes, que sempre eram exemplares. Ela simplesmente se afastava de todos, preferindo passar a maior parte do seu tempo reclusa em seu quarto, em oração e penitência.






Entretanto o real martírio de Regina começou muito cedo, e em sua própria casa. O seu pai, um servidor do Império Romano chamado Olíbrio, passou a insistir para que ela aprendesse a reverenciar os deuses. Até que um dia recebeu a denúncia de que Regina era uma cristã. No início não acreditou, mas decidiu que iria averiguar bem o assunto.

Quando Olíbrio percebeu que era verdade, denunciou a própria filha ao imperador Décio, que seduziu-a com promessas vantajosas caso renegasse Cristo. Ao perceber que nada conseguiria com a bela jovem, muito menos demovê-la de sua fé, ele friamente a mandou para o suplício. Regina sofreu todos os tipos de torturas e foi decapitada.

 Por volta do século seguinte, seu culto desenvolveu e é atestado a partir do Século V  de seu  martírio, tornando-se mais tarde objeto de um monte de lendas.





O encontro das relíquias de Santa Regina


Seu corpo foi transferido para fora da cidade de Alesia, onde uma Basílica foi construída sobre o seu túmulo, que atraiu grande número de fiéis que pediam por sua intercessão na cura e proteção.

O culto a santa Regina difundiu-se por todo o mundo cristão, sendo que suas relíquias foram várias vezes transladadas para várias igrejas.  Logo em seguida, surgiu a construção de um mosteiro e, ao longo do tempo, grande número de casas. Foi assim que nasceu a charmosa vila Sainte-Reine, isto é, Santa Rainha, na França.

Entre os seus milagres foram relatados a cura de uma criança chamada Hériboldus de uma febre, a cura de um homem, Réome, curado pela aplicação de um pedaço de madeira de seu túmulo sagrado e a cura de um religioso com a doença da pedra e parcialmente cego.






O culto de Santa Regina foi garantido pela descoberta em 1909 do "serviço eucarística" Alesia. A descoberta consiste de um conjunto que compreende um prato (patena) e três copos supostamente usados na celebração da Eucaristia. 
O prato tem uma gravura de peixe (o ichtus como Autun ), e o "Regina". Todos datados do século IV, sendo não mais questionada a existência da jovem mártir .

A aldeia, Alise-Sainte-Reine , que se desenvolveu ao pé do Mont Auxois a elevou para sua patrona e todos os anos, os habitantes organizam uma peça teatral (um mistério) em sua memória e honra. 






Esta tradição é atestada a partir de 866 e continua até hoje. Seria o mistério mais antigo continuamente comemorado na França. 


Esta festa secular ocorre, tradicionalmente, em todo o mundo cristão, no dia 7 de setembro.





 Os santos chegaram ao reino com a palma do martírio
e receberam da mão de Deus uma coroa de glória
 (T. P. Aleluia)

Pela intercessão de vossa Mártir, Santa Regina,
atendei benignamente, Senhor, a nossa súplica
(faz-se o pedido)
 e fortalecei-nos no testemunho da vossa verdade.
 Por Nosso Senhor.
Amém!





Muitos tormentos sofreram os Santos, para alcançarem
a palma do martírio (T. P. Aleluia)

ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que nos dais constância na fé e força
na fraqueza, concedei-nos, pelo exemplo e pela intercessão de Santa Regina,
 a graça que vos pedimos ( faz-se o pedido pessoal)
e  de participar na morte e ressurreição
de vosso Filho, para podermos também gozar convosco,
 na companhia de todos os Mártires, 
a plena alegria do vosso reino.
Por Nosso Senhor.
Amém!




Ant. 3 Os mártires morreram por Cristo, mas agora vivem
eternamente (T. P. Aleluia).

Cântico 1 Pedro 2, 21-24 21 

Cristo sofreu por nós, *
 deixando-nos o exemplo, †
 para que sigamos os seus passos. 22 Ele não cometeu pecado algum *
 e na sua boca não se encontrou mentira. 23 Insultado, não pagava com injúrias; †
maltratado, não respondia com ameaças. *
 Mas entregava-Se Àquele que julga com justiça. 24 Suportou os nossos pecados no seu Corpo, *
 sobre o madeiro da Cruz,
a fim de que, mortos para o pecado, †
vivamos para a justiça. *
 Pelas suas chagas fomos curados.

Ant. Os mártires morreram por Cristo, mas agora vivem
eternamente (T. P. Aleluia).




Ap 3, 10-12:
Porque guardaste a minha palavra com firmeza, também
Eu te guardarei na hora da provação que está para sobrevir ao
mundo inteiro, para provar os habitantes da terra. Eu venho
em breve: conserva com firmeza o que tens, para que ninguém
arrebate a tua coroa.
Farei do vencedor uma coluna no templo do meu Deus e
jamais sairá dele; escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o
nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do
Céu, de junto do meu Deus, e também o meu nome novo.



Os mártires de Cristo, no meio dos tormentos,
contemplavam o reino da glória e diziam: «Ajudai-nos, Senhor»
(T. P. Aleluia).







1 Jo 5, 3-5
O amor de Deus consiste em guardar os seus mandamentos.
E os seus mandamentos não são pesados, porque todo aquele
que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que vence
o mundo: a nossa fé. Quem é o vencedor do mundo, senão
aquele que acredita que Jesus é o Filho de Deus?









ORAÇÃO:

Senhor, que hoje nos alegrais com a festa anual de Santa Regina, concedei-nos a ajuda dos seus méritos, Vós que nos iluminastes
com o exemplo da sua fortaleza. 
Por Nosso Senhor.
Amém!









Fontes:


terça-feira, 5 de setembro de 2017

O TERMO SANTO NA BÍBLIA E NA IGREJA CATÓLICA - CULTO BÍBLICO DOS SANTOS


 O TERMO SANTO NO NOVO TESTAMENTO

 "E sereis para mim santos; porque eu, o Senhor, sou santo, e vos separei dos povos, para serdes meus." 
Levítico 20,26 


No começo da Igreja, o termo santo era usado para todos os fiéis batizados em Cristo:


“E aconteceu que, passando Pedro por toda a parte, veio também aos santos que habitavam em Lida- Atos 9,32

“Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade” - Romanos 12,13

“Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos” - Romanos 15,25

“Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus” - Efésios 1,1

“Aos santos e irmãos fiéis em Cristo, que estão em Colossos: Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo” - Colossenses 1,2

“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” 
- Judas 1,13.



Porém, com o tempo, principalmente com as perseguições aos Cristãos em Roma nos primeiros séculos, que colocou muitos em provação, o termo santo passou a ser um título de honra aos que perseveravam na fé e davam seu testemunho, aceitando a morte sem negar o Cristo.

Assim, os cristãos entenderam que ser santo, não é apenas ser batizado e sim perseverar na fé, dando testemunho, como nos diz a própria escritura:

 "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
(Mt 7,21) 

 Direis então: Comemos e bebemos contigo e tu ensinaste em nossas praças. Ele
, porém, vos dirá: Não sei de onde sois; apartai-vos de mim todos vós que sois malfeitores.
(Lc 13, 26-27)


"O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes. Porque, a quem muito se deu, muito se exigirá. Quanto mais se confiar a alguém mais se há de exigir." 
( Lc 12, 45-48). 

"O dia ( do julgamento ) demonstra-lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um. Se a construção resistir, o construtor receberá a recompensa. Se pegar fogo, arcará com os danos. Ele será salvo, porém passando de alguma maneira através do fogo" 
( I Cor 3, 13-15)

Assim, a morte é o ponto decisivo. Nesse momento, comparecemos diante de Deus (Hb 9,27) ( Rm 14,10) (II Cor 5, 10) e recebemos o que fizemos em vida ( II Cor 5,10), se fizemos o bem vamos para o céu (Lc23,42), (Mt 25,34), se o mal para o inferno (Mt 25,41).

Quando morremos, se formos bons, vamos imediatamente para o céu (Lc 23,43) , ( II Cor 5,1).
 Por isso, muitos santos desejavam a morte como um encontro com Cristo ( II Cor 5,8)

Logo, após a morte é que podemos afirmar, de fato ,se uma pessoa foi santa de verdade ou não, pois é depois que alguém morre que descobrimos toda a verdade sobre a vida dela:


"Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós, ou por algum juízo humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo.
Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é o Senhor.
Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha (Obs: o Senhor vem quando morremos, não só no fim do mundo), o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor. "
1 Coríntios 4, 4-5










Assim, com o tempo, o termo santo se tornou um título dado aos que vivem sua fé com heroísmo, evitando o pecado, praticando o Evangelho, sendo um exemplo para os demais cristãos. Os Santos são modelos de fé para imitar: 



 "12 para que não vos torneis negligentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas." 
(Hb 6,12)

"Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo"
(ICor 13,1)

"Irmãos, tomai como exemplo de sofrimento e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. "
(Tiago 5,10)

"Irmãos, sede meus imitadores, e atentai para aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós; "
(Filipenses 3,17)

"por isso alcancei misericórdia, para que em mim, o principal, Cristo Jesus mostrasse toda a sua longanimidade, a fim de que eu servisse de exemplo aos que haviam de crer nele para a vida eterna. "
(1 Timóteo 1,16)


 " Vós vos tornareis filhas de Sara, se praticardes o bem, sem vos deixardes intimidar por ninguém."
(I Pe 3,6)

" Responderam-lhe: Nosso pai é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se sois filhos de Abraão, fazei as obras de Abraão. "
(João 8,39)

No apocalipse, lemos que as obras dos santos, seus exemplos,  após a morte deles, servem de exemplo para os outros e continua o trabalho deles na Igreja:


"13 Então ouvi uma voz do céu, que dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanham. "
(Apo 14,13) 






Ainda vemos a veneração aos santos em passagens como: 


  
6 Mas ele lhe disse: Eis que há nesta cidade um homem de Deus, e ele é muito considerado; tudo quanto diz, sucede infalivelmente. Vamos, pois, até lá; porventura nos mostrará o caminho que devemos seguir. 
(1 Sm 9,6)



 13 Entrando vós na cidade, logo o achareis, antes que ele suba ao alto para comer; pois o povo não comerá até que ele venha, porque ele é o que abençoa a sacrifício, e depois os convidados comem. Subi agora, porque a esta hora o achareis. 
(1 Sm 9,13)

14 Perguntou-lhe ele: Como é a sua figura? E disse ela: Vem subindo um ancião, e está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra, e lhe fez reverência. 
(1 Sm 28,14)



"24 Então a mulher disse a Elias: Agora sei que tu és homem de Deus, e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade. "
(1 Re 17,24)



 "7 Quando, pois, Obadias já estava em caminho, eis que Elias se encontrou com ele; e Obadias, reconhecendo-o, prostrou-se com o rosto em terra e disse: És tu, meu senhor Elias? "
(1 Re 18,7)



"10 Mas Elias respondeu ao chefe de cinqüenta, dizendo-lhe: Se eu, pois, sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então desceu fogo do céu, e consumiu a ele e aos seus cinqüenta. "
(2 Re 1,10)



" 9 Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja sobre mim dobrada porção de teu espírito. "
(2 Re 2,9) 


" 14 Então, pegando da capa de Elias, que dele caíra, feriu as águas e disse: Onde está o Senhor, o Deus de Elias? Quando feriu as águas, estas se dividiram de uma à outra banda, e Eliseu passou. "
(2 Re 2,14)


"9 E ela disse a seu marido: Tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus.  
13 Pois Eliseu havia dito a Geazi: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei, ou ao chefe do exército? Ao que ela respondera: Eu habito no meio do meu povo.
14 Então dissera ele: Que se há de fazer, pois por ela? E Geazi dissera: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho.
16 E Eliseu disse: Por este tempo, no ano próximo, abraçarás um filho. Respondeu ela: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva.
17 Mas a mulher concebeu, e deu à luz um filho, no tempo determinado, no ano seguinte como Eliseu lhe dissera."
( 2 Re 4,9; 13-14;16-17)




" 7 Depois veio Eliseu a Damasco. E estando Bene-Hadade, rei da Síria, doente, lho anunciaram, dizendo: O homem de Deus chegou aqui.
8 Então o rei disse a Hazael: Toma um presente na tua mão, vai encontrar-te com o homem de Deus e por meio dele consulta ao Senhor, dizendo: Sararei eu desta doença? "
(2 Re 8, 7-8)

" 20 Depois morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas invadiam a terra à entrada do ano.
21 E sucedeu que, estando alguns a enterrarem um homem, viram uma dessas tropas, e lançaram o homem na sepultura de Eliseu. Logo que ele tocou os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés."
 (2 Re 13, 20-21)


"11 E Deus pelas mãos de Paulo fazia milagres extraordinários,
12 de sorte que lenços e aventais eram levados do seu corpo aos enfermos, e as doenças os deixavam e saíam deles os espíritos malignos. "
(At 18,11-12)



Passagens que mostram que os Santos, depois da morte , vivem em Deus  intercedendo por nós e  suas obras e méritos alcançados em vida são usadas em nosso favor:

Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. E Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus. 
(Êxodo 3,6) 


 E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é o meu nome eternamente, e este é o meu memorial de geração em geração. 
(Êxodo 3,15) 

 Lembra-te de Abraão, de Isaque, e de Israel, teus servos, aos quais por ti mesmo juraste, e lhes disseste: Multiplicarei os vossos descendentes como as estrelas do céu, e lhes darei toda esta terra de que tenho falado, e eles a possuirão por herança para sempre. 
(Êxodo 32,13) 


 Lembra-te dos teus servos, Abraão, Isaque e Jacó; não atentes para a dureza deste povo, nem para a sua iniqüidade, nem para o seu pecado; 
(Deuteronômio 9,27) 

 O Senhor, porém, teve misericórdia deles, e se compadeceu deles, e se tornou para eles, por amor do seu pacto com Abraão, Isaque e Jacó; e não os quis destruir nem lançá-los da sua presença 
(2 Reis 13,23) 


 Porque se lembrou da sua santa palavra, e de Abraão, seu servo
(Salmos 105,42) 

  Quem é Deus semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade, e que te esqueces da transgressão do resto da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque ele se deleita na benignidade. 
19 Tornará a apiedar-se de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades. Tu lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar. 
20 Mostrarás a Jacó a fidelidade, e a Abraão a benignidade, conforme juraste a nossos pais desde os dias antigos. 
(Miquéias 7,18-20 )

Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos. 
(São Mateus 22,32)
  
Quanto aos mortos, porém, serem ressuscitados, não lestes no livro de Moisés, onde se fala da sarça, como Deus lhe disse: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? 
(São Marcos 12,26) 


 Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado. 
(São Lucas 16,22) 


 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. 
(Lucas 16,24) 




Canonização de Santa Catarina de Sena