Muitas notícias dizem que é um movimento livre de estudantes.
Mas como é livre se tem o mesmo nome, organização e origem?
Este movimento é antigo: emergiu no século 19 como resultado de articulações de estudantes de igrejas evangélicas da Europa e da América do Norte.
Nos Estados Unidos já existiam as Associações Cristãs de Moços (ACMs ou YMCA, no inglês) e as Associações Cristãs de Moças e foi a partir delas que foi desenvolvida a visão e as estratégias para formar uma federação internacional de movimentos estudantis ( que se dizem ecumênicos) autônomos e autodirigidos.
Esses movimentos articulavam orações, cultos e estudos bíblicos realizados em intervalos nas escolas e universidades.
Em 1895 foi fundada na Suécia, a Federação Mundial do Movimento Estudantil Cristão (FUMEC), em evento que reuniu líderes estudantis de dez países da América do Norte e da Europa.
Entre os fundadores estavam o metodista John R. Mott (EUA) e o luterano Karl Fries (Suécia).
Durante e após as guerras mundiais, a FUMEC desempenhou importante apoio aos refugiados na Europa e atuou nos processos de reconciliação entre os cristãos divididos pelo nacionalismo e pelas guerras.
A organização também contribuiu para a fundação do Conselho Mundial de Igrejas, em 1948, com o qual está conectada até o presente.
No século 21, a FUMEC atua em todos os continentes, em dimensão ecumênica, com mais de dois milhões de associados de todas as principais denominações evangélicas, católicos e ortodoxos, em 90 países.
A organização declara, em seus objetivos, que procura capacitar e conectar jovens líderes em todo o mundo para que possam “compreender sua fé cristã em conexão com a realidade e estabelecer um forte compromisso com a justiça social, com a mesma profundidade e paixão que trazem para seus estudos”.
O movimento estudantil cristão se estabeleceu no Brasil por meio da “União de Estudantes para o Trabalho de Cristo” (UTEC), criada em 1926. A UTEC se restringia a congregar estudantes secundaristas de escolas evangélicas para recrutar e treinar missionários.
Com a visita de representantes da FUMEC, nos anos 1930, a UTEC ampliou sua visão e atuação e se transformou na União Cristã de Estudantes do Brasil (UCEB).
Em 1940, também pelas articulações com a FUMEC, foi criado o Movimento de Cristãos Acadêmicos do Brasil (MCAB), voltado a estudantes universitários.
Em 1945, os dois movimentos se fundiram, mantendo o nome da UCEB.
A UCEB teve papel importante na releitura da Bíblia e no desenvolvimento da teologia da libertação entre evangélicos.
A perseguição imposta pela ditadura militar, a partir de 1964, levou à extinção da UCEB, mas muitos dos seus integrantes atuaram no desenvolvimento do movimento ecumênico no Brasil.
Entre as articulações estudantis cristãs no Brasil também está a Aliança Bíblica Universitária do Brasil (ABUB), fundada em 1957, com o objetivo de compartilhar o Evangelho nas universidades e nas escolas secundárias por meio de grupos organizados pelos próprios estudantes.
Esses encontros, que têm sido parte da história do movimento estudantil cristão EVANGÉLICO, seguem a tradição de outras iniciativas como a Aliança Bíblica de Secundaristas (ABS), também promovida pela ABUB, que fomenta esses grupos em escolas de ensino médio.
Historicamente, os círculos bíblicos sempre ocorreram durante os horários de intervalo, e com o objetivo de compartilhar a fé e estimular a convivência entre os jovens cristãos .
Eles argumentam que é "de forma espontânea" .
Mas sabemos que não é de forma espontânea .
Como jovens iam descobrir que esse movimento existia sem membros da Igreja mandarem eles fazer?
O que está em jogo é a Teologia do Domínio:
Evangélicos querem estar presente em todos os setores da sociedade para a dominar.
Qual o perigo?
Ameaça às outras culturas e religiões.
Várias denúncias mostram que esses intervalos estimulam de forma direta ou indireta o fanatismo, o bullying e a intolerância religiosa com alunos de religião afro, umbandistas, espíritas, católicos.
Jovens que não estudam outras religiões acabam se tornando fanáticos religiosos.
E os jovens fanáticos são úteis para os políticos que querem voto!
Já os jovens que estudam todas as religiões evitam o fundamentalismo e o fanatismo, se tornam cidadãos críticos conscientes.
E um cidadão crítico consciente é um perigo para o Congresso brasileiro, militares, juízes, empresários, e o poder estrangeiro americano ( maioria evangélica)...
A Elite que deseja manter o sistema como está:
pobre alienado e conformado aceitando qualquer salário mínimo.
Fonte:
https://coletivobereia.com.br/desinformacao-sobre-intervalos-biblicos-nas-escolas-de-pernambuco-acusacoes-de-proibicao-sao-infundadas/
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