" Embora esteja morto, por meio da fé ainda fala."
Hebreus 11,4
É conhecido apenas como o primeiro bispo da história cristã da cidade de Colônia, na Alemanha.
Desde o século IV, criou-se uma tradição cristã, na cidade de Trier, na Alemanha, segundo a qual Materno teria vindo da Palestina. E não é só isso: o próprio apóstolo Pedro é que o teria enviado para divulgar o Evangelho ao mundo germânico.
Essa tradição fazia de Trier a primeira sede episcopal cristã da Alemanha, portanto dotada de jurisprudência sobre as demais, por uma questão de antigüidade.
A figura de Materno, o bispo de Colônia, é, de fato, muito importante para a história da Igreja, que já estava liberta das perseguições externas, graças ao imperador Constantino.
Mas a Igreja continuava exposta às divisões internas dos cristãos, que, insistentemente, prejudicavam a si próprios.
Materno é um de seus pacificadores, convocado a deixar a Alemanha para resolver um grande conflito nascido no norte da África: o cisma donatista.
Liderados pelo bispo Donato, esse grupo de radicais tinha uma visão extremamente elitista, era totalmente contrário às indulgências e pregava a segregação dos bons cristãos daqueles infiéis e traidores.
Os donatistas consideravam traidores os cristãos que, por medo, durante a perseguição do imperador Diocleciano, haviam renegado a fé e entregado os livros sagrados às autoridades romanas.
Até mesmo negavam-se a aceitar a re-inclusão dos sacerdotes que haviam agido dessa maneira, bom como a inclusão de novos sacerdotes, caso também tivessem sido considerados, anteriormente, indignos.
E por isso os donatistas de Cartago não reconheciam o novo bispo, Ceciliano, porque um dos bispos que o consagraram havia renegado à fé, durante as perseguições.
"a memória do justo alcança bênçãos"
(Provérbios 10,7)
Chamado para arbitrar, o imperador Constantino, em 313, escreve ao papa Melquior, de origem africana, para convocar o bispo Ceciliano, bem como outros, favoráveis ou não à sua questão, para uma decisão final, imparcial. E ainda o informa que os bispos Materno, da Alemanha, Retício e Martino, da França, já estavam a caminho de Roma.
O imperador Constantino, obedecendo às suas conveniências políticas, promoveu um ato incisivo no colegiado eclesiástico, afiançando o caso africano também aos bispos da Alemanha e da França.
Mais nada se sabe de Materno depois dessa importante missão em Roma, que se concluiu com a sentença favorável ao bispo Ceciliano.
Mas o cisma não terminou, mesmo contando, também, com a notável presença de santo Agostinho, bispo de Hipona.
Entretanto, em Trier, a fama de santidade de seu primeiro bispo fez a figura de Materno tomar vulto e a população começa a venerá-lo.
Ao longo dos séculos, a catedral de Trier, que abriga as relíquias de são Materno, foi reconstruída e, hoje, podemos ver o grau de devoção dos fiéis estampado nos vitrais desse templo.
Relicário de São Materno na Catedral de Trier
Seu culto foi autorizado pelo Vaticano, em conseqüência dessa devoção secular e ainda presente nos fiéis.
A data de sua tradicional festa litúrgica, no dia 14 de setembro, foi mantida.
Oração:
Ó Deus pai de bondade,
que enviastes vosso servo São Materno para reconciliar os cristãos entre si
e manter a unidade da fé, ensinai-nos a viver de tal modo unidos a Vós
que em tudo que fizermos proclamemos vosso amor.
Por Cristo Nosso Senhor.
Amém.
Pela intercessão de São Materno,
concedei-nos, Senhor, a graça de vivermos em paz e a unidade
para vossa Igreja.
Por Cristo Nosso Senhor.
Amém.
São Materno de Colônia,
orai por nós!
ALGUMAS FONTES DE PESQUISA:
http://de.wikipedia.org/wiki/Maternus
http://www.rheinische-geschichte.lvr.de/persoenlichkeiten/M/Seiten/Maternus.aspx
http://www.roscheiderhof.de/kulturdb/client/einObjekt.php?id=23572
http://terradeadoradores.com.br/santo_do_dia/sao-materno-de-colonia/
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