A Igreja celebra hoje (16) São Cornélio e São Cipriano, que por amor a Deus e zelo pela fé em Jesus Cristo sofreram o martírio no século III. Os testemunhos dos dois santos ajudam na compreensão de que o cristão, quando está firme no amor esponsal por Cristo e sua Igreja, não rejeita a fé, ainda que padeça duras incompreensões, até o martírio de sangue.
Cornélio
Cornélio nasceu em Roma. Foi eleito para o pontificado depois de um período vago na cátedra de São Pedro, devido à violenta perseguição imposta pelo imperador Décio. O papa Cornélio foi eleito quase por unanimidade, menos por Novaciano, que esperava ser o sucessor, martirizado por aquele cruel tirano.
Assim, Novaciano consagrou-se bispo e proclamou-se papa, isto é, antipapa. Nessa condição, criou-se o primeiro cisma da Igreja.
Assim, Novaciano consagrou-se bispo e proclamou-se papa, isto é, antipapa. Nessa condição, criou-se o primeiro cisma da Igreja.
A Igreja debatia, internamente, para tentar uma solução definitiva quanto à conduta a ser adotada em relação a um dos seus maiores problemas da época, referente aos “lapsos”, nome dado aos sacerdotes e fiéis que renegavam a fé e separavam-se da Igreja durante as perseguições que se impunham aos cristãos.
Segundo os partidários de Novaciano, Cornélio teria adotado um discurso e uma postura muito indulgente, boa e compreensiva para com os desertores da fé católica. Atitudes que lhe valeram grandes atribulações e incompreensões. Mas a toda essa oposição contou sempre com o apoio incondicional e fiel do bispo Cipriano de Cartago, Argélia, norte da África.
Entretanto o imperador Décio morreu em combate, sendo sucedido por Galo, que voltou com as perseguições. Assim, o papa Cornélio acabou preso e exilado para um lugar que hoje se chama Cività-Vecchia, em Roma.
No exílio, o papa Cornélio passou os últimos dias da sua vida. Onde encontrava um pouco de alegria era nas cartas que recebia do bispo Cipriano, seu admirador e amigo de fé, muito preocupado em mandar-lhe algumas palavras de consolo.
Morreu em junho de 253, sendo sentenciado ao martírio por ordem daquele imperador, por não aceitar prestar culto aos deuses pagãos. Foi sepultado no Cemitério de São Calixto.
A festa litúrgica do santo papa Cornélio foi colocada, no calendário da Igreja, no dia 16 de setembro, junto com a de São Cipriano, que depois também foi martirizado pela fé em Cristo.
Santo Antônio Abade, Papa São Cornélio e Santa Maria Madalena, com devoto de joelhos.
Em algumas comunidades europeias, ele é patrono dos animais de fazenda.
Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Cornélio governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Relicário de São Cornélio, Papa e Mártir.
SÃO CIPRIANO DE CARTAGO - BISPO E MÁRTIR - 16 DE SETEMBRO
A festa litúrgica do santo papa Cornélio foi colocada, no calendário da Igreja, no dia 16 de setembro, junto com a de São Cipriano, que depois também foi martirizado pela fé em Cristo.
Santo Antônio Abade, Papa São Cornélio e Santa Maria Madalena, com devoto de joelhos.
Em algumas comunidades europeias, ele é patrono dos animais de fazenda.
Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Cornélio governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Relicário de São Cornélio, Papa e Mártir.
SÃO CIPRIANO DE CARTAGO - BISPO E MÁRTIR - 16 DE SETEMBRO
Cipriano de Cártago não deve ser confundido com outro Santo de mesmo nome que foi feitiçeiro e é festejado com Santa Justina. Existem dois: Cirpriano de Cartago, Bispo e Mártir, festejado com São Cornélio, e Cirpriano, o feitiçeiro, Bispo e Mártir, festejado junto com Santa Justina.
Thascius Cecilianus Cyprianus nasceu na África em torno do ano de 200.Um pagão, tornou-se um advogado, professor e muito conhecido pela sua eloquência em defender seus pontos de vista nos tribunais. Ele foi convertido para o cristianismo por Caecilius, um velho sacerdote em 246 e tronou-se um renomado especialista em textos bíblicos.
Em 248, Cipriano tornou-se bispo de Cartago, hoje moderna Tunísia, mas teve que fugir logo depois para escapar a perseguição que se seguiu aos cristãos. Um padre chamado Novatus provocou considerável dificuldade sobre o papel dos “lapsis”,(cristãos que renunciavam a sua fé para escapar a tortura e a morte). Cipriano conseguiu reunir um Concílio em Cartago em 251 e nele o seu grande trabalho chamado “De Catholicae Ecclesiase Unitate” foi lido.
Em 248, Cipriano tornou-se bispo de Cartago, hoje moderna Tunísia, mas teve que fugir logo depois para escapar a perseguição que se seguiu aos cristãos. Um padre chamado Novatus provocou considerável dificuldade sobre o papel dos “lapsis”,(cristãos que renunciavam a sua fé para escapar a tortura e a morte). Cipriano conseguiu reunir um Concílio em Cartago em 251 e nele o seu grande trabalho chamado “De Catholicae Ecclesiase Unitate” foi lido.
Quando Cartago foi atingida pela praga em 252, Cipriano trabalhou para ajudar as vitimas e ele e os cristãos foram culpados pela epidemia e foram odiados pela população. Cipriano escreveu “De Mortalite” para consolar os cristãos naquele tempo de duros reveses. Pouco tempo depois, ele se opôs a política do batismo do Papa Esteves (254-257).
Cipriano escreveu ao Papa sobre a necessidade de rebatizar os cristãos, entretanto, um decreto imperial proibindo aos cristãos de se reunirem iniciou uma perseguição pelo Imperador Valeriano (253-260).
Cipriano foi preso e ordenado a participar das cerimonias religiosas pagãs oficias do Estado. Quando ele se recusou foi exilado em uma cidade a 75 km de Cartago.
Em 258, Cipriano foi julgado por Calerius Máximo, um procônsul que ordenou que ele fosse decapitado no dia 14 de setembro. Os ‘Atos do Martírio” são detalhados.
Ele foi pioneiro da literatura latino-cristã e teve um papel importante na Igreja Católica ocidental.
Seus escritos apresentam um zelo pastoral muito lúcido e contém inteligentes decisões. Seus tratados incluem “DeCatholicae Ecclesiase Unitate”, sobre a natureza da unidade da Igreja , o “De Lapsis” sobre as condições que os cristãos poderiam retornar a Igreja e á fé, e “Ad Quirinam” uma compilação de textos bíblicos.
Cipriano escreveu ao Papa sobre a necessidade de rebatizar os cristãos, entretanto, um decreto imperial proibindo aos cristãos de se reunirem iniciou uma perseguição pelo Imperador Valeriano (253-260).
Cipriano foi preso e ordenado a participar das cerimonias religiosas pagãs oficias do Estado. Quando ele se recusou foi exilado em uma cidade a 75 km de Cartago.
Em 258, Cipriano foi julgado por Calerius Máximo, um procônsul que ordenou que ele fosse decapitado no dia 14 de setembro. Os ‘Atos do Martírio” são detalhados.
Ele foi pioneiro da literatura latino-cristã e teve um papel importante na Igreja Católica ocidental.
Seus escritos apresentam um zelo pastoral muito lúcido e contém inteligentes decisões. Seus tratados incluem “DeCatholicae Ecclesiase Unitate”, sobre a natureza da unidade da Igreja , o “De Lapsis” sobre as condições que os cristãos poderiam retornar a Igreja e á fé, e “Ad Quirinam” uma compilação de textos bíblicos.
Uma de suas máximas era: “Você não pode ter Deus para seu pai, se não tem a Igreja como sua mãe”.
São Cipriano tem seu nome incluído na primeira oração Eucarística. Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um bispo segurando uma palma e uma espada.
Relicário de São Cipriano de Cartago
Deus eterno e todo-poderoso, que a vossos pastores associastesSão Cipriano, a quem destes a graça de lutar pela justiça até a morte, concedei-
nos, por sua intercessão, suportar por vosso amor as adversidades, e correr ao encontro de vós que sois a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Santo Antônio Abade, com São Cornélio e São Cipriano
Lc 22, 28-30
Vós que permanecestes a meu lado nas minhas tribulações,
comereis e bebereis à minha mesa no meu reino.
Senhor, que destes ao vosso povo,
em São Cornélio e São Cipriano,
pastores dedicados e mártires invencíveis,
concedei-nos, por sua intercessão,
que, fortalecidos pela fé, trabalhemos incansavelmente pela unidade da Igreja.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco
na unidade do Espírito Santo.
Aumentai em nós, Senhor,
o vosso espírito de fortaleza,
para que, a exemplo dos santos mártires Cornélio e Cipriano,
dêmos testemunho da verdade do Evangelho.
Por Nosso Senhor.
Das Cartas de São Cipriano, bispo e mártir
(Ep. 60, 1-2.5: CSEL 3, 691-692.694-695) (Sec. III)
Fé generosa e firme
Cipriano a Cornélio, irmão no episcopado.
Tivemos conhecimento, irmão caríssimo, do glorioso testemunho da vossa fé e fortaleza, e a glória da vossa pública confissão de fé deu nos tanta alegria que nos consideramos participantes e companheiros dos vossos méritos e louvores. De facto, se formamos todos uma só Igreja, se temos um só coração e uma só alma, qual é o sacerdote que não se congratula com a glória de outro sacerdote, como se fosse própria, e qual é o irmão que não se alegra com a felicidade dos seus irmãos?
Não se pode exprimir suficientemente a alegria e o contentamento que aqui se manifestaram, quando fomos informados da vossa vitória e fortaleza, quando soubemos que vós fostes um verdadeiro chefe dos irmãos na confissão da fé e que a mesma confissão de fé do chefe foi confirmada pela confissão dos irmãos. Deste modo, sendo o primeiro a caminhar para a glória, levastes muitos companheiros a participar da mesma glória; e sendo o primeiro a confessar a fé em nome de todos, persuadistes o povo à confissão da mesma fé. Não sabemos o que mais havemos de louvar em vós, se a vossa fé generosa e inquebrantável, se a inseparável caridade dos irmãos. Assim se manifestou publicamente a coragem do bispo à frente do seu povo e se afirmou claramente a fidelidade do povo em plena solidariedade com o seu bispo. Em vós toda a Igreja de Roma deu um magnífico testemunho, unida num só coração e numa só voz.
Brilhou em todo o seu esplendor, irmão caríssimo, a fé que o Apóstolo elogiava na vossa comunidade. Já então ele previa em espírito esta gloriosa coragem e fortaleza. Já então, anunciando o futuro, celebrava a glória dos vossos méritos e, exaltando os louvores dos pais, estimulava a coragem dos filhos. Com a vossa perfeita concórdia e com a vossa fortaleza, destes a todos os cristãos um magnífico exemplo de união e constância.
Irmão caríssimo, a providência do Senhor nos adverte que está iminente a hora do nosso combate. A bondade divina nos vai prevenindo, com salutares inspirações, de que se aproxima o dia da nossa prova. Por isso, em nome da caridade que nos une, ajudemo nos uns aos outros, perseverando assiduamente com todo o povo nos jejuns, vigílias e orações. Estas são as nossas armas celestes que nos conservam firmes, fortes e perseverantes. Estes são os dardos espirituais e os baluartes divinos que nos protegem.
Lembremo nos uns dos outros, em perfeita concórdia e unidade de espírito; oremos sempre e em toda a parte uns pelos outros; e procuremos aliviar esta hora de tribulação e angústia com a nossa mútua caridade.
São Cornélio. Painel pintado sobre madeira.
Anônimo. Escola flamenga. XVI.
Imagem de São Cornélio da Igreja de São Pedro in Chains.
Baye. Cornwall. Grã-Bretanha. XVIII.
Busto votivo em agradecimento pela protecção
que o Papa São Cornélio trouxe para a população da aldeia de Englos
durante uma epidemia em 1832 que prevaleceu em toda a Europa e
no Pas-de-Calais, em particular.
Englos. Pas-de-Calais. XIX.
Batismo de Santa Basila.
Speculum historial. V. de Beauvais. XV.
Martírio de São Cornélio.
Jacques Callot. XVII.
São Cornélio e São Cipriano de Cartago.
Ilustração de um Breviário de Paris. XV.
São Cornélio é considerado o protetor do gado
em algumas regiões da europa.
Editores Pellerin. XIX.
Que o espírito santo de deus mim fortaleça na fé na caridade e no testemunho que eu tenha a coragem que os mártires tiveram de proclamar que Jesus Cristo e o unico deus e salvador da minha vida e que a sua misericórdia esteja sempre com migo muito obrigado meu senhor e meu deus meu deus e meu tudo
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