Cada devoção a um Santo ou a uma invocação a Maria ou a Jesus são formas de contemplar "a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, isto é, conhecer a caridade de Cristo, que desafia todo o conhecimento" (Efésios 3, 18-19), pois quando nos dedicamos a cultuar a memória de algum Santo (Provérbios 10,7; Mateus 26,13) ou algum aspecto da vida de Jesus e Maria estamos contemplando seus exemplos e virtudes para aprender a praticá-los.
Ao ser devoto de um Santo ou Santa, contemplo sua vida, exemplos, virtudes, (Hebreus 13,6-7; Tiago 5,9-10) para tornar-me semelhante a ele ou ela (I Pedro 3,6; João 8,38-39) vendo na vida de santidade desse irmão ou irmã as maravilhas de Deus.
Ao ser devoto da Virgem Maria também buscamos imitar-lhe as virtudes, porém a devoção a ela é mais importante que aos demais Santos (Lucas 1,48), por isso a Virgem recebe diferentes nomes ou títulos, como Nossa Senhora de Nazaré ou da Conceição. Cada título corresponde a um mistério de Deus na vida de Maria ou a alguma milagre ou aparição, como em Fátima ou Lourdes.
Olhar para Maria, contemplar sua vida, invocá-la sob um nome ou título particular são formas de meditar o mistério maior, o único ser humano todo mergulhado em Deus, Trindade Santa, de forma plena e total (Lucas 1,35).
Ser devoto de um Santo é uma mostra de humildade e reconhecimento de nossa pequenez, de que precisamos uns dos outros (I João 5,15), da intercessão incessante do próximo (II Coríntios 1,11; Filipenses 1,19) e de que os servos de Deus são administradores dos mistérios de Deus (I Coríntios 4,1), que por serem fiéis no pouco foram postos acima dos outros (Mateus 25,21), como exemplos, intercessores (II Coríntios 5,9;Apocalipse 5,8), luzeiros que brilham na casa de Deus, a Igreja (Mateus 5,14-15).
A oração de um Santo pode muito mais que as nossas que ainda peregrinamos na terra (I Pedro 1,17), pois Deus escuta a oração do justo(Provérbios 15,8. 29).
A Bíblia diz que "a memória do justo alcança bênçãos" (Provérbios 10,7) e que "uma cidade prospera pela bênção dos Justos" (Provérbios 11,11).
E plenamente justos só os que já estão no céu (Apocalipse 5,8), as almas que já chegaram à perfeição (Hebreus 12,23) e que nos cercam como uma nuvem (Hebreus 12,1).
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Ser devoto de algum aspecto da vida de Jesus, como sua infência ( o Menino Jesus) ou sua paixão ( Senhor Santo Cristo, Senhor do Bom fim, etc) ou sua ressurreição e glória (Senhor Salvador do Mundo, Jesus Misericordioso, Sagrado Coração, etc) são formas de mergulharmos no mistério da vida do Senhor.
Deus é tão glorioso que por mais que meditemos e contemplemos algum aspecto da vida de Jesus sempre tem algo novo, uma lição nova que podemos aprender.
Alguns criticam as devoções católicas e esquecem que a própria Bíblia nos dá devoções, olhares diferentes que podemos lançar ao mistério de Jesus: Ele é chamado de Leão da Tribo de Judá, o Cordeiro de Deus, Aquele que caminha no meio dos sete candelabros de ouro, o Príncipe da Paz, etc.
Cada título que é dado a Jesus nos mostra uma forma de devoção, um jeito de olhar o mistério grandioso do Senhor em nosso meio, na história de nossa Salvação.
As imagens dos Santos, Maria e Jesus são permitidas pela Bíblia (Êxodo 25, 18-22;31,1-6; 1 Reis 6, 18. 23-35; I Reis 7, 18-51; Ezequiel 41,1. 17-26; ) , e são expressão de nossa devoção interior, representações externas, que têm a função de nos recordar a importância da oração e manter nossa mente elevada aos céus (Números 21, 7-9).
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