Em Minas Gerais, no último quartel do século XIX, D. Isabel Ferreira da Silva ficou viúva e tinha duas filhas e um filho, o Joaquim Mariano da Silva, que quando tinha treze anos pegou coleirinha e pneumonia.
O menino estava muito doente e a mãe ficava noite e dia ao lado da cama do filho.
Em uma tarde, a D. Virgilina Fernandes, proprietária de uma fazenda próxima ao sítio de D. Isabel, foi visitá-la e achou que o menino não passava daquela noite.
A mãe continuava de vigília e durante a noite, quando estava quase adormecendo sentada ao lado do filho, ouviu uma voz que disse:
Se você fizer um cruzeiro para mim, eu curo seu filho.
Se você fizer um cruzeiro para mim, eu curo seu filho.
D. Isabel acordou assustada, mas não deu muita importância, pensando que estava sonhando. A voz veio mais duas vezes e repetiu a frase e, na terceira vez, D. Isabel perguntou: Mas quem é você?
De manhã, o menino acordou e pediu um mingau para a mãe. D. Isabel fez o mingau e, muito feliz, saiu para ir à fazenda de D. Virgilina.
D. Virgilina, quando viu D. Isabel, achou que ela chegava para pedir madeira para o caixão porque o menino teria morrido, mas ao contrário, ele foi para pedir madeira para fazer o cruzeiro dedicado a São João Batista.
Os carpinteiros da fazenda de D. Virgilina fizeram o cruzeiro para D. Isabel e foram em procissão até o local onde ele foi colocado. O menino ficou bom e eles decidiram comprar uma imagem de São João Batista.
O menino Joaquim Mariano da Silva não tinha dinheiro e foi de trem, no vagão de cargas porque era mais econômico, até Aparecida onde ele comprou uma imagem de São João Batista.
Ele levou a imagem no colo de Aparecida a Uberlândia, fazendo baldeações. Em Uberlândia, a imagem precisava ir de carro de boi até Martinésia.
Um morador da localidade ofereceu o seu carro de boi para ir buscar a imagem e o menino em Uberlândia.
Um morador da localidade ofereceu o seu carro de boi para ir buscar a imagem e o menino em Uberlândia.
Quando a imagem chegou a Martinésia, ainda não havia uma capela que foi construída, inicialmente, coberta de folha. Mais tarde, ela foi feita de adobe, telha e assoalho.
A imagem permanece na capela de São João Batista, mas atualmente ela está na sacristia porque a igreja está em reforma.
A imagem permanece na capela de São João Batista, mas atualmente ela está na sacristia porque a igreja está em reforma.
FONTES:
Nenhum comentário:
Postar um comentário