No livro do Apocalipse, de maneira indireta e figurada, São João deixa claro a figura de Maria, na Arca que aparece no céu (Apo 11,19).
Maria é a Arca da Nova Aliança (Heb 9,4), pois teve a Palavra de Deus ( Jo 1,1), encarnada em seu ventre, Jesus, o Maná (Jo 6,31-35).
Maria é a Mulher vestida de sol, com a lua aos pés (símbolo de sua assunção) (Apo 12,1), personifica a Igreja, o povo de Israel. É Maria "aquela que deu à luz um filho que regerá o mundo com cetro de ferro" (Apo 12,5) o Salvador, e recebeu asas para voar (Apo 12,14).
Por isso, com relação à Assunção de Maria podemos dizer "Levanta-te, Senhor, ao teu repouso, tu e a arca da tua força."Salmos 132,7-8. Jesus, de fato, ergueu-se por seu poder (Ascenção) e buscou e elevou sua Arca, Maria, sua Mãe, (Assunção).
Um filho que levou profetas, não levaria sua Mãe?
A Assunção de Maria está escrita pela fé no coração do Cristianismo (Ef. 3,17) desde antes dos anos 300 d.c., quando os cristãos iam a Jerusalém para recordar a dormição (morte) da Virgem Maria e sua Assunção.
Todos os cristãos sempre acreditaram que Ela tinha sido levada de corpo e alma para o céu.
Essa tradição que recebemos dos primeiros cristãos e eles dos Apóstolos (2 Tess. 2,15; 2 Tim 21-2) foi definida pela Igreja como digna de fé.
Para nós, católicos, a Bíblia não é a única fonte de fé. A Bíblia, junto com a Igreja, o Magistério (Bispos e Papa) e a Tradição é que são nossa fonte de fé.
A Bíblia só não é nada, precisa da Igreja que a interprete (Atos 8,30-31), pois as interpretações pessoais são condenadas (II Ped 1,20) para se evitar as deturpações que causam divisões na Igreja (II Ped 3,16).
"A Igreja é a coluna e sustentáculo da Verdade" (I Tim 3,15) e não a Bíblia, mas a Igreja sem a Bíblia e o Magistério também não existe.
Jesus deu aos Apóstolos e seus sucessores o poder das chaves (Mat 16,19; 18,18), para definir a doutrina guiada pelo Espírito Santo, pois segundo ele ainda haveria muito por ser ensinado, que Jesus não disse (João 16, 12-13).
A Bíblia diz que nem tudo foi escrito nela (João 20, 30-31; 2 Tes 2,14-15).
Não foi escrito a ascensão de Moisés, mas São Judas a menciona (Jud 1,8-9), mesmo que esse fato só seja narrado em texto apócrifo, ou Janes e Jambres (2 Tim 3,7-8), personagens de textos apócrifos.
Só uma Igreja existia desde o início, a Igreja Católica, e ela, do ocidente ao oriente, sempre acreditou na Assunção de Maria como uma fé recebida dos primeiros cristãos e Apóstolos.
Se seu argumento for: não acredito na Assunção por que não está na Bíblia e não acredito na Igreja Católica, lembre-se que foi a Igreja Católica quem definiu toda a Bíblia, foi ela quem definiu a lista dos livros inspirados do Novo Testamento e do Antigo.
Os Apóstolos não falavam de guardar a Bíblia, pois a Bíblia sozinha é motivo de deturpação, mas os Apóstolos falavam de guardar a Doutrina (2 Tim 1,12-14; Rom 16,16-17; Tito 1,8-9; Tit 2,1; Heb 6,1-3; 2 Tim 2,1-2 ) e é essa doutrina, que vem desde o início dos séculos, que a Igreja Católica tem guardado.
Você lê um livro que ela fez, por sua Tradição e Magistério, e quer tentar insinuar que ela não tem autoridade?
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