Milagres de Santo Estevão:
No livro XXII de “A Cidade de Deus”, Santo Agostinho
refere-se à ressurreição de seis mortos pela invocação de Santo Estêvão. 1- Um deles era um morto já com as mãos atadas, que se levantou depois de ter sido invocado sobre ele o nome do Beato Estêvão. 2 - Outro foi um menino esmagado por uma carroça, cuja mãe o levou à igreja de Santo Estêvão e o recebeu vivo e são. 3- Do mesmo modo uma monja agonizante foi levada à igreja de Santo Estêvão, onde expirou e logo, diante de todos, surpresos, ressuscitou curada. 4- Em Hipona, um pai levou a túnica de sua filha morta à igreja de Santo Estêvão, depois a jogou sobre o corpo e ela imediatamente ressuscitou. 5- Em outra ocasião, um jovem, cujo corpo foi untado com óleo de Santo Estêvão, ressuscitou logo a seguir. 6- Um menino levado morto à igreja de Santo Estêvão teve a vida restituída imediatamente, depois de se ter invocado o santo. 7- O eminente doutor Agostinho relata ainda que algumas flores do altar do mártir colocadas sobre os olhos de uma cega permitiram-lhe recuperar imediatamente a visão: “Quando o bispo Projectus estava trazendo as relíquias do glorioso mártir Estevão às águas do Tibilis, uma grande multidão de pessoas veio para encontrá-lo no santuário. A uma mulher cega suplicou que ela fosse levada ao bispo que estava carregando as relíquias. Ele deu a ela as flores que ele estava carregando. Ela levou, aplicou-as a seus olhos, e imediatamente viu.”
(Cidade de Deus, Livro XXII).
8- No mesmo livro relata que quando um importante cidadão, Marcial, infiel que não queria de modo algum se converter, ficou gravemente enfermo, seu genro, cheio de fé, foi à igreja de Santo Estêvão, pegou algumas flores que estavam no altar e escondeu-as junto da cabeça do doente, que tendo dormido sobre elas antes do dia nascer gritou que mandassem buscar o arcebispo.
Estando este ausente, veio um padre que diante da garantia
do moribundo de que passara a crer, administrou-lhe o batismo.
Ao saber que as últimas palavras do bem-aventurado
Estêvão tinham sido: “Cristo, receba meu espírito”, Marcial não deixou de repeti-las no tempo que lhe restou de vida.
9- Eis outro milagre relatado no mesmo livro:
uma senhora chamada Petrônia estava há tempos atormentada por uma enfermidade gravíssima e a grande quantidade de remédios que tomara não tinham produzido nenhum sinal de cura. Um dia consultou um judeu que lhe deu um anel com uma pedra engastada, o qual devia ser atado c om um cordão sobre sua carne nua, de forma que por virtude dele recobrasse a saúde. Mas tendo percebido que isso não lhe proporcionava bem algum, correu à igreja do protomártir e bem-aventurado Estêvão para lhe pedir que a curasse. No mesmo instante, sem que tivesse desamarrado o cordão, o anel caiu no chão e ela sentiu-se totalmente curada. "Se os Apóstolos e mártires, enquanto estavam em sua carne mortal, e ainda necessitados de cuidar de si, ainda podiam orar pelos outros, muito mais agora que já receberam a Coroa de suas vitórias e triunfos. Moisés, um só homem, alcançou de Deus o perdão para 600 mil homens armados; e Estevão, para seus perseguidores. Serão menos poderosos agora que reinam com Cristo? São Paulo diz que com suas orações salvara a vida de 276 homens, que seguiam com ele no navio [naufrágio na ilha de Malta. E depois de sua morte, cessará sua boca e não pronunciará uma só palavra em favor daqueles que no mundo, por seu intermédio, creram no Evangelho?" - São Jerônimo (340-420 d.C. - Adv. Vigil. 6) FEITOS MIRACULOSOS: DESCOBERTA E TRANSLADOS DO CORPO DE SANTO ESTÊVÃO
No ano de 415 (ou 417, não se sabe ao certo), um padre
chamado Luciano soube onde estavam as relíquias de Santo Estevão. O Padre teve, em sonho, uma visão de Gamaliel, aquele que educou o apóstolo Paulo, e este lhe disse que na tumba onde ele próprio havia sido sepultado, ao seu lado, na direção do Oriente, estava o corpo de Estêvão, que havia sido apedrejado contou ao Padre Luciano que mandou seus homens recolherem o corpo de Estêvão logo após a sua morte. Foram realizados funerais com cerca de 40 dias.
Assustado, o Padre passou vários dias jejuando e orando,
implorando a Deus que se aquela visão não fosse fruto apenas de sua imaginação, que pudesse se repetir e esclarecesse os detalhes obscuros.
Nas duas sextas-feiras seguintes, Padre Luciano teve
novas visões que lhe indicaram precisamente onde escavar para encontrar os despojos de Santo Estêvão.
Ajudado por camponeses, pôs-se a escavar no lugar que
julgava ser certo, mas nada encontrava.
Um monge da região sonhou com Gamaliel, que lhe dizia:
“Procura o Padre Luciano e dize que eu e Estêvão não estamos onde ele está cavando. Que ele procure noutro lugar, do lado em que sopra o vento de Boréia, no sítio chamado
O monge contou o sonho ao Padre Luciano e juntos
foram ao lugar indicado. Cavando, encontraram uma pedra tumular com a seguinte inscrição: KEAYEA CELIEL, que significa “Servo de Deus”. Foi encontrada, finalmente, a tumba de Estêvão.
O Bispo de Lidda, que presidia um Sínodo, foi chamado.
Quando abriram o esquife de Santo Estêvão a terra
tremeu e um suave e doce perfume desconhecido tomou todo o campo.
Nesse momento, 73 doentes ficaram curados.
Era o dia 03 de agosto.
Por decisão do Bispo João de Jerusalém, os despojos
do santo mártir foram colocados num relicário e levadas para a Igreja de Sião, onde Santo Estêvão havia sido ordenado Diácono.
A transladação, acreditam alguns estudiosos, ocorreu
no dia 26 de dezembro de 415.
Naquela época reinava uma seca devastadora sobre
a região, mas, no preciso momento do translado do corpo, uma chuva copiosa regou a terra.
Foi a primeira procissão de Santo Estêvão.
As relíquias permaneceram na Igreja de Sião até 15
de maio de 439, quando foram transferidas, numa grandiosa cerimônia, para uma Igreja erigida pelo Bispo Juvenal no local onde o santo fora apedrejado, a chamada Basílica de Santo Estêvão, que foi destruída pelos persas em 614 (mas reconstruída em 9 de maio de 1900).
Anos mais tarde, um Senador de Constantinopla foi enterrado
ao lado do Estêvão em Jerusalém, como desejava. Sua esposa, no entanto, decidiu regressar à terra natal, levando consigo o corpo do marido. Por engano, ela carregou o corpo do protomártir, que estava sepultado junto do Senador.
Somente no navio, já a caminho de Constantinopla, foi
descoberto o equívoco, quando, pela intercessão de Estêvão, a embarcação livrou-se de uma tempestade causada por demônios furiosos, que fugiram amedrontados pelo poder do jovem mártir.
Assim, o corpo do santo permaneceu em Constantinopla
por alguns anos.
Em 425, o Imperador Teodósio conseguiu autorização para
que o corpo de Estêvão fosse levado de Constantinopla para Roma, onde sua filha sofria de uma moléstia.
Ao tocar os despojos do santo, a menina ficou
imediatamente curada.
Depois disso, outros diversos fatos prodigiosos
se sucederam, comprovando que a vontade de Estêvão era ser sepultado ao lado de São Lourenço, o que ocorreu no mesmo ano na Basílica de São Lourenço Fora dos Muros, em Roma, onde repousam até hoje os restos mortais desses mártires e de São Justino.
Túmulo de Santo Estêvão
, São Lourenço e São Justino
na Basílica de São Lourenço Fora dos Muros
enviados a diversos lugares, onde também começaram a operar fatos miraculosos. Santo Agostinho, em sua célebre obra A Cidade de Deus, fala sobre a ressurreição de seis mortos e muitas outras curas milagrosas ocorridas pela intercessão de Santo Estêvão. Fontes: “Legenda Áurea, - Vidas de Santos” – Jaccopo de Varazze; |
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