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quinta-feira, 21 de junho de 2012

AS RELÍQUIAS DE SÃO JOÃO BATISTA - ENTERRO, RESTOS MORTAIS, CABEÇA, LENDAS









Procurei pesquisar sobre as lendas relacionadas ao enterro da cabeça e do corpo de São João Batista, como também das diversas lendas relacionadas ao encontro desses restos mortais.

















Alguns cristãos ortodoxos celebram festas relacionadas ao encontro dessas relíquias.







Primeira e Segunda descoberta da Cabeça de São João Batista (em 24 de fevereiro). De acordo com a tradição, após a execução de João Batista, seus discípulos enterraram seu corpo em Sebaste, mas Herodias enterrou a sua cabeça num monte de esterco

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  •  Posteriormente, Santa Joana, que era casada com um servo de Herodes (vide Lucas 8:3), recuperou secretamente a cabeça e a enterrou no Monte das Oliveiras, onde ela permaneceu escondida por séculos:
    • A "Primeira descoberta" ocorreu no século IV. A posse do local no Monte das Oliveiras onde a cabeça foi enterrada eventualmente passou para as mãos de um oficial do governo que se tornara um monge de nome Inocente. Ele construiu uma igreja e uma cela monástica ali. Quando ele começou a cavar para fazer a fundação, o recipiente com a cabeça de João foi encontrada. Mas, temeroso de que a relíquia pudesse ser dessecrada por infiéis, ele a escondeu novamente no mesmo lugar onde a encontrara. Após a sua morte, a igreja se arruinou e acabou sendo destruída.
    • A "Segunda descoberta" ocorreu no ano de 452. Durante os dias de Constantino, o Grande, dois monges em peregrinação a Jerusalém teriam tido visões de João Batista, que lhes revelou a localização de sua cabeça. Eles descobriram a relíquia, a colocaram num saco e voltaram para casa. No caminho, encontraram um ceramista de nome desconhecido e lhe deram o saco para carregar, sem contar-lhe o que ele continha. João então apareceu para ele e ordenou que ele fugisse dos preguiçosos e descuidados monges, levando consigo o que tinha em mãos. Ele o fez e levou a cabeça para casa consigo. Antes de morrer, ele a colocou num vasilhame e o entregou para sua irmã. Após algum tempo, um hieromonge de nome Eustátio, um ariano, tomou posse da cabeça e a utilizou para atrair fiéis para sua crença. Ele então enterrou a cabeça perto de Emesa, onde, eventualmente, um mosteiro foi construído. No ano de 452, São João apareceu para o arquimandrita deste mosteiro, Marcellus, e lhe indicou onde a cabeça estava escondida, enterrada num jarro de água. A relíquia foi então levada à cidade de Emesa e foi posteriormente transferida para Constantinopla.
  • A Terceira descoberta da Cabeça de São João Batista é comemorada no dia 25 de maio. A cabeça foi transferida para Comana, na Capadócia, durante um período de ataques muçulmanos (por volta de 820) e foi enterrada novamente durante o iconoclasmo. Quando as veneração dos ícones foi restaurada, por volta de 850 d.C., o patriarca Inácio de Constantinopla (847-857) viu, numa visão, o local onde ela fora enterrada. O patriarca comunicou o fato ao imperador bizantino Miguel III, que enviou uma delegação para Comana, onde a cabeça foi encontrada.

 

 

 

 

Relíquias

Cabeça de João Batista.
Na Catedral de Amiens, na França.
 
 
 
 
 
Cabeça de João Batista.
Na Residenz, em Munique.
 
 
 
 
Cabeça de João Batista.
Na igreja de San Silvestro in Capite, em Roma.
 
 
De acordo com antigas tradições, o local onde o corpo de João Batista foi enterrado foi Sebaste, perto da moderna Nablus na Cisjordânia, em já no século IV se mencionam relíquias suas sendo homenageadas ali. 





 

Os historiadores Rufino e Teodoreto relatam que um templo a João foi dessecrado ali em 362 d.C. por ordem de Juliano, o Apóstata, que queimou parte dos ossos.





 Uma parte das relíquias foi salva e levada a Jerusalém, depois para Alexandria, onde, em 27 de maio de 395, elas foram depositadas na basílica recém-dedicada ao Precursor, justamente no local onde antes estava o Serapeum. 

O túmulo em Sebaste continuou, ainda assim, a ser visitado por peregrinos e São Jerônimo foi testemunha de milagres sendo realizados ali. 

Atualmente, o túmulo está preservado no interior da Mesquita de Nabi Yahya ("Mesquita de João Batista"), que é considerado um profeta pelo Islã.






 






O destino final da cabeça de João é difícil de determinar.  






Nicéforo e Simeão Metafrástes dizem que Herodias a enterrou a na fortaleza de Machaerus (em concordância com Josefo). 

Outros escritores dizem que ela foi enterrada no palácio de Herodes em Jerusalém. 

Ali ela foi descoberta durante a época de Constantino e foi, secretamente, levada para Emesa, na Fenícia, onde ela foi novamente escondida em um lugar que permaneceu secreto até que a localização foi novamente revelada milagrosamente em 452/3.








 

Cabeça de São João Batista

Com o passar dos séculos, houve muitas discrepâncias nas várias lendas e nas histórias de diversas supostas relíquias no mundo cristão.

 Diversos locais diferentes reivindicam a posse da cabeça de João Batista

Entre os vários, estão:
  • A tradição muçulmana mantém que a cabeça de João foi enterrada na Mesquita dos Omíadas, em Damasco. O papa João Paulo II visitou a tumba de João Batista ali em sua visita à Síria em abril de 2001.
  • Na Idade Média, acreditava-se que os cavaleiros templários estavam com a cabeça e diversos registros de sua perseguição pela Inquisição, após a queda da ordem no início do século XIV, fazem referência a variadas formas de veneração à cabeça.
  • Alguns cristãos acreditam que a cabeça que está exposta na igreja de San Silvestro in Capite, em Roma, é a cabeça de São João.
  • A Catedral de Amiens alega ter a cabeça na forma de uma relíquia trazida de Constantinopla por Wallon de Sarton após o saque da cidade pela Quarta Cruzada (1204).
  • Alguns acreditam que ela foi enterrada na cidade turca de Antioquia (Antakya) ou no sul da França.
  • Em 1881, o The New York Times alegou que os internos de dois mosteiros franceses rivais costumavam exibir cabeças de São João, o primeiro a de "quando ele era um garoto" e outro o seu crânio após "ele ter se tornado um homem".
  • Alguns cristãos ortodoxos acreditam que um pedaço da cabeça está preservado no mosteiro romeno de Prodromos, em Monte Atos.
  • Um relicário na Residenz, em Munique, está marcado como contendo o crânio de São João Batista.

Outras relíquias

Acredita-se que diversas outras relíquias de João Batista existam, inclusive as seguintes:
  • De acordo com a tradição, São Lucas foi até a cidade de Sebaste e lá se apoderou da mão direita do Precursor (a mão que batizou Jesus) e a levou para Antioquia, sua cidade natal, onde ela realizou milagres. Reporta-se que a relíquia era exposta aos fiéis durante a festa da Exaltação da Cruz (14 de setembro). Se os dedos da mão estivessem abertos, interpretava-se como um sinal de um ano de abundância, se fechados, como de colheitas pobres (1 de setembro era o início do ano litúrgico e da estação das colheitas).
  • Em 7 de janeiro, a Igreja Ortodoxa celebra a "Festa da Transferência da Mão Direita do Santo Precursor" de Antioquia para Constantinopla, em 956, e o "Milagre de São João, o Precursor, contra os muçulmanos em Chios".
  • Em 1263, durante o domínio latino de Constantinopla pelos cruzados, o imperador franco Balduíno I deu um osso do pulso de São João Batista para Ottonus de Chichon que, por sua vez, o doou para uma abadia cisterciense na França.
  • Acredita-se que o braço direito e um pedaço de seu crânio estejam expostos no Palácio Topkapı, em Istambul, na Turquia.
  • No ano de 1484, a mão direita do Precursor foi dada pelo filho do sultão Bayezid II para os cavaleiros hospitalares da Ilha de Rodes para conseguir sua boa vontade. Os cavaleiros posteriormente levaram a relíquia consigo quando eles mudaram a sede da ordem para Malta. Quando Napoleão conquistou a ilha em 1798, a mão foi um dos poucos tesouros que o Grande Mestre Ferdinand von Hompesch recebeu permissão para levar embora da ilha. Em 12 de outubro de 1799, após Hompesch ter renunciado, ela foi presenteada, juntamente com os demais tesouros da ordem - o ícone da Theotokos de Philermos e uma lasca da Vera Cruz - para o imperador Paulo I, da Rússia, que acabara de ser eleito como novo Grande Mestre da Ordem Maltesa e foi levada para a capela do Palácio do Priorado em Gatchina, na Rússia. Após a morte de Paulo, em 1801, a relíquia foi transferida para o Palácio de Inverno, em São Petersburgo, e sobreviveu ao saque do local durante a Revolução Bolchevique em 1917 por estar na Igreja da cidade de Gatchina, junto com as outras relíquias, para uma celebração em sua honra no dia 12 de outubro. A relíquia eventualmente foi depositada no Mosteiro de Ostrog, em Montenegro, e de lá para a sua localização atual, no Mosteiro de Cetinje, também em Montenegro.
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  • Também acredita-se que a mão direita esteja preservada no Mosteiro Dionysiou, em Monte Atos.
  • Acredita-se que relíquias de João Batista estão nas mãos do Mosteiro de São Macário, o Grande, copta-ortodoxo, em Scetes, no Egito.
  • Em julho de 2010, um pequeno relicário foi descoberto sob a basílica do mosteiro do século V na Ilha de Santo Ivã, na Bulgária. Arqueólogos locais o abriram em agosto e encontraram fragmentos de um crânio, uma mão e um dente, que eles acreditam ser de João Batista com base na interpretação da inscrição em grego no relicário.






 


 "A Lenda das Relíquias de São João Batista", de Geertgen tot Sint. Jans  é um exemplo particularmente interessante, que vemos retratada numa pintura.






















No fundo vemos os enterros separados da cabeça e do corpo após a decapitação de João Batista, que se acredita ter ocorrido na primeira metade do século I dC (Illus.2a). 







 








 Em primeiro plano é processado a abertura do túmulo e da queima dos membros sobre as ordens do imperador romano Juliano, o Apóstata, c. 362 CE (Figura 2b, c); 








 










no centro é mostrado a redescoberta do salvado permanece no século XIII (Figura 2d e 2e)









 



 No entanto, a última cena também inclui um retrato de grupo dos Cavaleiros da Ordem de São João do Convento em Haarlem, assim mudando a cena para o final do século XV, quando as relíquias foram dadas à Ordem pelo sultão turco, o motivo específico foi comissionamento para esta pintura. 

O intervalo de tempo implícita nesta narrativa pictórica é, portanto, notavelmente ampliado, estendendo-se durante um período de mais de 1.000 anos.








 img1.jpg









































 FONTES:
 http://www.istoe.com.br/reportagens/96768_OSSOS+DE+SAO+JOAO+BATISTA+AGORA+NA+BULGARIA


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