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sábado, 25 de fevereiro de 2012

RITUAL DAS CINZAS DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS - PENITÊNCIA E CURA






Sempre gostei de rituais em minha oração pessoal. Antes, fazia-os por inspiração, depois aprendi como é útil preparar um ritual de oração, principalmente, após estudar um pouco sobre Magia e Wicca.

Li e estudei muito sobre Magia, Wicca, Ocultismo, Espiritismo, Parapsicologia, mas no fim de tudo, nada me foi mais atraente e seguro quanto a doutrina da Santa Igreja Católica.

Mas lendo sobre esses cultos, entendi um pouco mais o valor do ritual e da liturgia, esquecendo é claro as superstições , pois quem crê em Deus sabe que só Ele basta.

Também fui Franciscano por um tempo, mas a vocação franciscana não era muito minha praia, apesar de ter aprendido muito sobre esse carisma.

Um dos elementos rituais que gosto muito de fazer é o uso das cinzas na oração.

Na outra postagem, coloquei as citações bíblicas sobre esse uso.

E para que haja cinzas é necessário uma fogueira. Um ritual que volta e meia faço: preparo uma pequena fogueira a consagro e a acendo, oferecendo incenso enquanto ela queima, ou queimando ervas aromáticas enquanto rezo. As cinzas uso em rituais de penitência e cura.

Quando preciso dizer a Deus: "Senhor, reconheço que sou, apenas pó e cinza, por isso,  tenha piedade de mim e me livre de todo mal!"





RITUAL DAS CINZAS ( para penitência e cura)


Lembrando um ritual feito por São Francisco aqui deixo o que costumo fazer:

1 -Traço um círculo com as cinzas ( que podem ser de um fogueira de São João, que costumo sempre guardar as cinzas para essas ocasiões ou de outra feita em oração).

2- Coloco um pouco sobre a testa em forma de cruz ou sobre a cabeça em penitência.

3- Medito ajoelhado ou deitado sobre minha pequenez diante de Deus, em silêncio.

4- Recito o Salmo 50 de penitência.

5- Lavo-me com água benta rezando o "Confesso a Deus Todo- Poderoso".

( Pode ser feito para pedir a cura de uma doença, sempre fazendo orações que lhe venha a cabeça, pedindo por suas intenções e o perdão de seus pecados)



SÃO FRANCISCO E O A PREGAÇÃO DAS CINZAS
Agora examinemos o episódio da pregação das cinzas:








 No Memorial do desejo da alma ( esse o título exato da fonte biográfica conhecida como 2  Celano) se diz que a presença de Francisco se tornava menos intensa junto das irmãs, Numa determinada ocasião, ele aparece no mosteiro.

Celano afirma que Francisco recebe o pedido de seu vigário para que explicasse a Palavra de Deus às irmãs. Vencido pela insistência ele concedeu. Segundo o biógrafo foi Frei Elias que insistiu no pedido.

 No decorrer do relato, Tomás de Celano lembra que Francisco havia decidido ganhar certa distância dos mosteiros femininos. Mas o hagiógrafo faz questão de mostrar que o relacionamento da ordem minorítica com São Damião era diferente.

 O relacionamento de Francisco com as irmãs de São Damião não se limita a uma mera visita, mas o da oferta do dom da alimentação espiritual que caracteriza a mútua ajuda.

"Tendo-se reunido as senhoras, como de costume para ouvir a palavra de Deus ( cf. Jo 8,47), mas também não menos para ver o pai, ele, depois de ter elevado os olhos ao céu, onde sempre tinha o coração, começou a rezar a Cristo.

Depois, manda que seja trazida cinza, com a qual fez um círculo no pavimento ao seu redor, impondo o resto sobre a própria cabeça.

 Ao verem elas, o bem-aventurado pai dentro do círculo de cinza permanecer em silêncio, brota não pequena estupefação nos corações delas.







De repente, o santo se levanta, e estando elas atônitas recita no lugar de sermão o Miserere mei Deus (cf. Sl 50,3). Tendo-o terminando dirigiu-se imediatamente para fora " (2Celano 207).





O texto nos leva a compreender que Francisco, no começo não queria fazer pregação para as irmãs e depois é voto vencido, mas se limita a improvisar uma muda exortação.

 Essa atitude do Poverello está em plena sintonia com sua típicas atitudes: o de representar com gestos, com a mímica de toda a pessoa, a mensagem a ser transmitida.

O episódio se apresenta, pois, com todas as características de autenticidade. Queremos olhar com atenção as considerações do Celanense. Estamos diante de uma dramatização essencial da vida de penitência: ponto de partida para o caminho dos irmãos e das irmãs e que deveria continuar atuante em toda a existência terrena.

Francisco parece carregar cinza, elemento fácil de ser encontrado no caminho porque as comidas eram cozinhadas pelo fogo vivo improvisado ao longo das estradas.

Espalha cinzas em sua própria cabeça como se costuma fazer no começo da quaresma. Esse gesto estava em total consonância com o caminho dos irmãos e das irmãs que queriam fazer penitência. Francisco tem consciência de ser pecador. Nada tinha de próprio a não ser os vícios e os pecados, como dizia.

O silêncio que se seguiu à aspersão das cinzas não foi um espaço vazio ou embaraçante, como parece deixar transparecer Celano, mas momento de interiorização.

Através desse modo de mimar, Francisco torna palpável o abaixamento de Cristo, de sua vida que culminou na cruz. Assim, Clara viu o seu esposo no agir do Poverello e com admirável síntese haverá de exprimi-lo no Testamento: “O Filho de Deus fez-se para nós o Caminho, que nosso bem-aventurado pai Francisco, que o amou e seguiu de verdade, nos mostrou e ensinou por palavra e exemplo” ( Test. Clara 5).


 Francisco conclui sua pregação muda com a recitação do salmo 50.

 Sabemos que o salmo em questão é privilegiadamente usado pela liturgia penitencial, e constitui uma pérola do saltério. Canta a misericórdia de Deus dada a quem confessa seu pecado, até o dom do coração novo e de um espírito generoso, capaz de anunciar aos irmãos e às irmãs o nome de Deus, as maravilhas de seu amor, através da própria vida.

Para sororidade de São Damião este era um alimento sólido que manava da linfa pura do evangelho, que pode e deve ser procurado ao longo de toda a vida


 
 
 
 
 
 
 
 






6 comentários:

  1. Boa tarde, meu amado.

    Qualquer mesclado de textos do Antigo Testamento e das religiões que você já participou usado como base para rituais de cura, proteção e expiação de pecados, foi banido me Hebreus 9.13-14.

    O ritual judaico isolado apenas para purificação de quem tocasse nos mortos não dá base alguma para quarta-feira de cinzas praticada pelo catolicismo. Somente servia para aquelas ocasiões de contato com um defunto. E ainda que se use disso erroneamente, em Cristo os rituais do judaísmo foram cumpridos e abolidos (1Co 3.14-15). É um ritual de obras mortas, conforme esclarecem os textos apostólicos.

    Também não vale se utilizar de Gn 3.19, da frase "portanto és pó, e ao pó tornarás" como pretexto de lembrança ao arrependimento. Aquilo foi uma sentença! Não era chance alguma de se arrepender; o juízo fora exercido.

    O arrependimento pregado por Cristo não mais envolve ritual sacerdotal, mas a confissão de pecados de forma individual e sincera (MT 4.17; 1joão 1.7-9).

    Por favor, não utilizemos de textos isolados para difundir crenças particulares e usando o nome do Senhor.

    grato,
    Gessé.

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    1. Mais abaixo estão os comentários para seu texto.

      Só coloco aqui algo que esqueci de escrever no texto abaixo:

      O texto 1 Co 3,14-15 não fala sobre os riituais judaicos:

      Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão.
      Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.

      1 Coríntios 3:14,15

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  2. Boa tarde, meu amado.

    Qualquer mesclado de textos do Antigo Testamento e das religiões que você já participou usado como base para rituais de cura, proteção e expiação de pecados, foi banido me Hebreus 9.13-14.

    O ritual judaico isolado apenas para purificação de quem tocasse nos mortos não dá base alguma para quarta-feira de cinzas praticada pelo catolicismo. Somente servia para aquelas ocasiões de contato com um defunto. E ainda que se use disso erroneamente, em Cristo os rituais do judaísmo foram cumpridos e abolidos (1Co 3.14-15). É um ritual de obras mortas, conforme esclarecem os textos apostólicos.

    Também não vale se utilizar de Gn 3.19, da frase "portanto és pó, e ao pó tornarás" como pretexto de lembrança ao arrependimento. Aquilo foi uma sentença! Não era chance alguma de se arrepender; o juízo fora exercido.

    O arrependimento pregado por Cristo não mais envolve ritual sacerdotal, mas a confissão de pecados de forma individual e sincera (MT 4.17; 1joão 1.7-9).

    Por favor, não utilizemos de textos isolados para difundir crenças particulares e usando o nome do Senhor.

    grato,
    Gessé.

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    1. Gessé,
      Por favor, não se utilize, você, de textos isolados.

      Hebreus 9,13-14 é um trecho no qual São Paulo fala explicando para cristãos vindos do judaísmo que os sacrifícios e rituais para expiar pecados não têm mais validade, pois Cristo já é a expiação por nossos pecados na Cruz.

      Ora, eu sou católico, no meu Batismo, na Confissão e na Comunhão da Missa já sou lavado pelo sangue de Cristo. Esse trecho não se relaciona com a minha Igreja, muito menos com o ritual descrito acima.

      1- Ritual é um conjunto de gestos de valor simbólico, que pode ser comunitário ou individual. A oração é um ritual ( erguer as mãos, falar em voz alta, dizer no final ou no começo certas fórmulas ( Em nome de Jesus. Amém) ou o sinal da Cruz que fazemos ).

      O texto da postagem se inicia dizendo:
      "Sempre gostei de rituais em minha oração pessoal. ".

      Oração PESSOAL - é direito meu escolher como me relaciono com Deus, como falo com ele, se quero usar um círculo de cinzas para meditar que sou cinza e pó, qual o problema?

      Vocês, protestantes, cansam com a falta de conhecimento sobre Liturgia, História e Religião. Acham que a Bíblia deve ser lida ao pé da letra, como se um texto escrito para uma época, para um determinado povo, pudesse ser adaptado na íntegra para qualquer situação que interesse ao ponto de vista de vocês.

      Vocês fazem culto show, inventam orações loucas gritadas, histéricas, gostam de vender óleos, rosas, cds, etc., e vem aqui falar mal de um ritual? Como se vocês não tivessem nenhum? Como se tudo na religião de vocês estivesse igual ao que a Bíblia diz? Há muito em sua religião que é pura invenção humana, de pastor fulano, do século passado ou de ontem ou de hoje.


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    2. O ritual da Quarta Feira de Cinzas é apenas um gesto simbólico, como tudo é ( num batismo a água simboliza o Espírito Santo que nos regenera, mas não é o Espírito).

      Vai acabar com o ritual do Batismo?
      Jesus usou o pão e o vinho para falar de seu corpo e sangue e pediu que se fizesse esse gesto em sua memória ( ritual é o gesto simbólico).

      A Igreja Católica ( única que existe desde Cristo e os Apóstolos) é a coluna e sustentáculo da verdade, e não a Bíblia. Em nenhum lugar diz que a Bíblia é o sustentáculo da verdade, mas na Bíblia diz que a Igreja é :

      é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.

      1 Timóteo 3:15

      Essa Igreja, que recebeu autoridade de Cristo para ligar e desligar, que fez a Bíblia, deu o nome de Bíblia a Bíblia, escolheu o Novo Testamento e disse que a Bíblia seria composta de Novo e Antigo Testamento, não teria poder para estabelecer um mero ritual de oração?

      O ritual da Quarta feira de cinzas tem base bíblica,pois se refere às cinzas que já eram usadas em rituais como penitência pelo pecado, mas não significa que está escrito como mandamento na Bíblia, né?

      Está escrito que existe Santíssima Trindade?
      Está escrito "Jesus é Deus"?
      Está escrito quantos livros fazem parte da Bíblia?
      Está escrito na Bíblia o nome Bíblia?

      NÃO! Quem disse isso?
      A IGREJA CATÓLICA!

      Ora, essa Igreja não tem autoridade para colocar cinzas como símbolo de penitência na cabeça dos fiéis para lembrá-los da necessidade de se arrependerem de seus pecados?

      Menos, né?


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    3. Onde os textos abaixo, citados por você, de modo isolado ( algo que você acha que não faz), diz que não precisamos de padres para confessar pecados?

      "Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.

      Mateus 4:17"

      "Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.
      Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
      Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.

      1 João 1:7-9"

      Agora me diga se vocês, protestantes, confessam os pecado uns aos outros, como manda São Tiago? Leia abaixo:

      "Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.

      Tiago 5,16"


      A Bíblia diz que Jesus deu a Igreja o poder de ligar e desligar e aos Apóstolos, o de perdoar pecados, o que é a mesma coisa.

      "E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
      «queles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.

      João 20:22,23"

      Sua Igreja pratica isso?
      Sabe por que não? Porque a única Igreja descendente dos Apóstolos é a Católica, tanto Romana, quanto Ortodoxa. Assim que os Apóstolos morreram, deixaram Bispos e padres em seu lugar, e eles continuaram exercendo o papel dos Apóstolos, celebrando a ceia ( a Missa) e perdoando pecados ( Confissão).

      Na nossa Igreja, podemos confessar nossos pecados em oração pessoal, mas se o pecado é grave e nos incomoda a consciência podemos e devemos confessar ao próximo, como manda São Tiago (5,16). Porém, qualquer um pode ouvir nossa confissão? Não,né? Por isso, o Padre faz voto para não revelar os pecados do povo. E, ele, representante da Igreja, em nome dela, liga ou desliga o fiel dos seus pecados?

      "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.

      Mateus 18:18"

      OU seja, melhor ser católico e ter o conforto do perdão, e se sentir responsável por seus atos, pois na Confissão o Padre vai dar recomendações de como reparar seus erros , do que ser um protestante, como o Ministro Onyx, que depois de roubar, disse estar em paz com Deus , pois já tinha se arrependido.

      Ser protestante é fácil, faz qualquer erro, orou, pronto, está salvo.

      Ser católico, de verdade, é se arrepender, orar, mas além disso, confessar ao Padre, ouvir os conselhos dele e fazer a penitência para reparar seus erros, ou seja se roubou, devolva o que roubou, se matou, se entregue a polícia, etc.

      Antes de criticar a religião do outro, procure estudá-la primeiro e não a julgue a partir do seu próprio conhecimento apenas.

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