Páginas

sábado, 16 de abril de 2011

RELÍQUIA - O VÉU DE SANTA VERÔNICA - O VÉU DE MANOPELLO



O VÉU DE SANTA VERÔNICA É CHAMADO DE VÉU DE MANOPELLO, POR TER REAPARECIDO NESSA CIDADE DA ITÁLIA.

ABAIXO TEMOS UM RELATO DO ENCONTRO DESSA RELÍQUIA, E MAIS ADIANTE POSTAREI SOBRE AS PESQUISAS RELATIVAS A ELA:












“No tempo de Júlio II, pontífice romano, por volta do ano do Senhor de 1506, [...] vivia em Manoppello, terra muito civilizada e bem situada, rica e opulenta de todas as coisas necessárias à vida humana, nos Abruzos Exteriores, província do reino de Nápoles, Giacom’Antonio Leonelli, físico doutor [...].

Estava um dia Giacom’Antonio Leonelli em praça pública, quase à porta da igreja matriz cujo título é o de São Nicolau de Bári, em honesta conversa com outros seus pares; bem em meio ao colóquio, chegou um peregrino que ninguém conhecia, de aspecto religioso e muito venerando, o qual, recebendo os cumprimentos de uma tão boa roda de cidadãos, disse com termos plenos de gentileza e humanidade ao doutor Giacom’Antonio Leonelli que tinha de lhe dizer em segredo uma coisa que muito lhe agradaria, por ser-lhe de utilidade e proveito.


Puxando-o, assim, à parte, até o limiar da igreja de São Nicolau, entregou-lhe um pacotinho e, sem desembrulhá-lo, disse-lhe que tivesse em grande conta aquela devoção, pois receberia de Deus muitos favores e sempre prosperaria tanto nas coisas temporais quanto espirituais.




Afastando-se, com o pacotinho nas mãos, até a fonte de água benta, Giacom’Antonio começou a abri-lo.



Ao ver a Santíssima Imagem do Rosto de Cristo Nosso Senhor ficou, a princípio, um tanto assustado, prorrompendo em lágrimas sinceras, as quais depois refreou, para não aparecer assim a seus amigos.







Dando graças a Deus por um dom tão grandioso, dobrou a imagem como estava antes, dirigiu-se em seguida ao peregrino desconhecido, para agradecer-lhe e acolhê-lo em sua casa, mas não o viu mais.

Espantado, quase gaguejando, perguntou aos amigos, que lhe afirmaram tê-lo visto entrar com ele na igreja, mas não sair dela.




Cheio de admiração, mandou procurá-lo diligentemente dentro e fora de Manoppello, mas não foi possível encontrá-lo, pelo que todos acreditaram que aquele homem sob o aspecto de peregrino deveria ser um anjo do Céu ou outro santo do Paraíso”.

É assim que a Relatione historica de padre Donato da Bomba, composta entre 1640 e 1646, conta, com tons evidentemente lendários, a chegada do Véu do Santo Rosto a Manoppello.

 Desse ponto em diante, o que a Relatione diz é historicamente comprovado: em 1618, Marzia Leonelli, filha e herdeira de Giacom’Antonio, vendeu o véu a Donat’Antonio de Fabritiis, que, por sua vez, doou-o em 1638 aos capuchinhos instalados em Manoppello.

Em 1646, um ato notarial autenticaria a doação.

 O véu, muito danificado e desfiado, foi então limpo, recortado e arranjado numa moldura, como diz ainda a Relatione:





 



“O próprio padre Clemente, tomando a tesoura, cortou todos aqueles farrapos ao redor e, purificando muito bem a Santíssima Imagem de toda a poeira, as traças e outras sujeiras, deixou-a como hoje se encontra.








 O acima referido Donat’Antonio, desejoso de gozar dessa Santíssima Imagem com maior devoção, mandou-a esticar num caixilho de madeira, com cristais de um lado e de outro, ornado com lavores em nogueira por um de nossos frades capuchinhos, chamado frei Remigio da Rapino (pois não confiava em outros mestres seculares)”.

A moldura e os vidros são os mesmos que até hoje compõem o ostensório que abriga o Véu do Santo Rosto, exposto num santuário nas imediações de Manoppello (município pertencente à província italiana de Pescara, mas à diocese de Chieti).










A igreja de São Miguel Arcanjo, em Manoppello, edificada em 1630, que desde 1638 conserva o véu do Santo Rosto. Foi praticamente reconstruída na década de 1960; a fachada é desse período




REFERÊNCIAS:

http://www.30giorni.it/br/articolo.asp?id=21100







Nenhum comentário:

Postar um comentário