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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

SÃO VICENTE E SANTO ANASTÁCIO

SÃO VICENTE MÁRTIR













A Igreja comemora no dia de hoje a festa de dois grandes mártires, São Vicente, em cuja memória Santo Agostinho fez diversos sermões, nasceu em Saragossa, na Espanha, e recebeu do Bispo Valério o diaconato.

Valério com dificuldade falava; para que aos diocesanos não faltasse a pregação da palavra divina, encarregou a Vicente da missão de pregar em seu lugar.


O jovem diácono desempenhou-se com tanta proficiência deste cargo, que a diocese de Saragossa se distinguiu pelo espírito de piedade.

Quando Diocleciano principiou a perseguição, apareceu na Espanha seu emissário Daciano, com ordem de exterminar a Igreja Católica naquele país.

Valério e Vicente foram as primeiras vítimas.





Valério foi mandado ao desterro, e Vicente submetido a cruéis torturas.

Tão desumanas foram, que – assim opina Santo Agostinho – para sofre-las era preciso uma assistência divina especial.

O mesmo Santo Padre elogia Vicente uma paciência angélica, uma tranqüilidade imperturbável e uma paz tão extraordinária, que causou admiração e espanto até aos próprios algozes.

Daciano, ao ver isto, não pôde dominar a fúria, que se lhe manifestava no olhar faiscante e na voz trêmula.

Ferro e fogo foram os instrumentos de que Daciano se serviu, para martirizar o santo diácono.









Ele foi estirado na prateleira e, quando ele estava quase quebrado, Daciano, perguntou com escárnio: " como  se sente agora?"

Vicente respondeu com alegria em seu rosto, que ele tinha rezado para estar asssim por amor de Cristo .

 A carne do mártir foi rasgada com ganchos, ele foi amarrado em uma cadeira de ferro em brasa, banha e sal foram esfregadas em suas feridas, e em meio a tudo isso, ele mantinha os olhos erguidos para o céu, e permanecia impassível.

Ele foi lançado em um calabouço solitário, com os pés no tronco, mas os anjos de Cristo iluminaram as trevas, e asseguraram a Vincente que ele estava perto de seu triunfo.

O cárcere do mártir encheu-se de grande luz, e os Anjos desceram, cantando com Vicente o louvor de Deus.

O próprio carcereiro, vendo este espetáculo, converteu-se ao cristianismo e recebeu o batismo.

Os cristãos a que antes era vedado entrar em comunicação com o diácono-mártir, aproximaram-se-lhe, beijaram-lhe as feridas e embeberam panos em seu sangue, guardando-os como preciosas relíquias.












Para que os cristãos nada pudessem fazer com o corpo do mártir, Daciano deu ordem que fosse lançado num pântano, mas um corvo defendeu-o contra as feras.

Mandou então que o atirassem ao mar, mas o mar despejou-o.

 Os cristãos tomaram o corpo e sepultaram-no numa capela perto de valência.




procissão de são vicente em valência













Mais tarde as santas relíquias foram transportadas para a abadia de Castres, em Languedoc, na França, ocasião em que se observaram muitos milagres.



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SANTO ANASTÁCIO










Chosroas, rei da Pérsia, tomou Jerusalém em 614 e nesta ocasião se apoderou do santo Lenho e levou-o consigo.

Deus serviu-se desta circunstância, para operar a salvação de muitos Persas.

Um deles foi Anastácio, filho de um célebre feiticeiro. A santa Cruz, de que tanto se falava, excitou-lhe também a curiosidade e desejo de vê-la.



Sem ter a intenção de abraçar a religião de Cristo, nela se instruiu e a admiração crescia-lhe, à media que se aprofundava nos santos mistérios.

Depois de algum tempo, se dirigiu a Hierápolis, hospedando-se em casa de um artista cristão. Este, no intuito de fazê-lo conhecer a fundo a religião cristã, convidou-o para assistir a diversas reuniões cristãs.

As santas imagens, as representações dos santos mártires tocaram-lhe o coração bem ao vivo e despertaram-lhe o desejo de, como eles, um dia poder sacrificar a vida em testemunho da fé, que estava prestes a abraçar.

Após longa preparação, recebeu o santo Batismo e entrou para um convento em Jerusalém.

Tinha um zelo tão vivo e ardente, que em pouco tempo, entre os irmãos, era o primeiro em virtude e santidade.

Tinha por leitura predileta, além da Bíblia, a história dos mártires.

As lutas e vitórias, os triunfos dos heróis comoviam-no até lágrimas e cada vez mais pronunciado se lhe tornava o desejo de morrer pela fé, o que fez com que saísse do convento e se dirigisse a Cesaréia, na Palestina.



Vendo entre os soldados alguns que cometiam atos vergonhosos, censurou-os energicamente.

Este rigor chamou a atenção do governador, que suspeitava de Anastácio um espião e mandou-o prender.

Perguntado pela religião que professava, Anastácio respondeu que tinha abandonado a magia, para ser cristão.



Não faltaram promessas e ameaças para fazê-lo renunciar à fé – Anastácio permaneceu firme.

Seguiram-se então os maus tratos e verdadeiras torturas. Anastácio, porém, para tudo só tinha uma resposta:

“Sou cristão, e como cristão quero morrer”.



São Justino, seu abade, sabendo dos sofrimentos que o súdito sofria por amor de Cristo, mandou que a comunidade rezasse pelo pobre perseguido, para que não lhe faltasse a graça divina.

 Destacou dois monges, que o deviam visitar e consolar.



Da Palestina foi Anastácio, por ordem do imperador, transportado para a Pérsia.

 Lá o esperava o martírio tão almejado.

Chosroas envidou primeiro todos os esforços para afastá-lo da religião cristã.

 Ofereceu-lhe uma alta patente no exército; permitiu-lhe viver como simples monge, contanto que só verbalmente negasse a fé cristã, embora de coração continuasse fiel discípulo de Cristo:

“Que mal poderia causar esta negação? Poderá haver nisto uma ofensa a Cristo, se de coração com ele ficas unido?”

 Anastácio declarou que teria horror até da sombra da hipocrisia. De novo lhe foram oferecidas colocações honrosas.



A resposta de Anastácio foi a mesma:

“A pobreza do meu hábito – disse ao general – fala-te eloqüentemente do desprezo que tenho pelas vaidades do mundo. Honras e riquezas de um rei, que hoje existe e amanhã será pó, não me tentam!”

 Vendo assim frustradas as tentativas , o rei recorreu à tortura. Cada dia era aplicado um novo tormento, experimentada nova provação. Anastácio, porém, preferiu sofrer a negar a fé.










O dia 22 de janeiro de 628 trouxe-lhe afinal a salvação e a glória.

Esgotadas a paciência e crueldade do rei, deu o mesmo ordem de enforcar e decapitar o santo mártir.



Pouco antes da morte, Anastácio tinha predito a morte do tirano Chosroas. Esta profecia realizou-se dez dias depois, quando o imperador Heráclito invadiu e conquistou a Pérsia.

 


O corpo do Santo, que tinha sido atirado aos cães, foi por estes respeitado.












Os fiéis resgataram-no e deram-lhe sepultura no convento de São Sérgio.

As relíquias foram mais tarde transportadas para Constantinopla e de lá para Roma.



Santo Anastácio é padroeiro dos ourives, porque gozava da hospitalidade de um ourives, por ele instruído na religião.

 È invocado também em grandes tentações e em casos de possessão diabólica, porque pela aplicação das suas relíquias a um médico persa, possesso, este ficou livre da possessão.




RELICÁRIO DE SANTO ANASTÁCIO




Um comentário:

  1. La Asociación VIA VICENTIUS VALENTIAE , que presido , está recuperando un camino histórico desde Roda de Isábena hasta Valencia que rememora los pasos de San Vicente Mártir , cuando en el siglo IV fue apresado en Caesar Augusta junto al Obispo Valero por los soldados romanos enviados por el Cónsul Daciano y trasladado a Valencia para sufrir martirio ante la negativa a renunciar a su fe. Así la difusión del conocimiento de este hecho provocó en los siglos siguientes una corriente de peregrinaciones desde toda Europa hasta Valencia para visitar los restos del mártir , convirtiéndose este fenómeno en algo muy anterior a las peregrinaciones medievales a Santiago de Compostela.

    Todos los detalles del Camino de San Vicente Mártir, que discurre desde Roda de Isábena, hasta Traiguera, atravesando de Norte a Sur Aragón , y atravesando la provincia de Castellón y Valencia para enlazar con la antigua VIA AUGUSTA hasta llegar a Valencia en un camino de unos 750 km , y multitud de aspectos históricos y leyendas del santo pueden consultarse en las webs que la asociación ha creado en Internet: www.caminodesanvicentemartir.es y http://viavicentius.blogspot.com. En ellas, junto a la información práctica como mapas y perfiles de la ruta, el peregrino puede acceder a consejos para caminantes, un foro especializado y abundantes datos sobre la biografía de San Vicente Mártir y el arte o la arquitectura dedicados al Santo, además de consultar la Carta Vicentina y el Libro de Peregrinos, e incluso obtener la Credencial Vicentina. Asimismo realizamos reportajes ,conferencias, videos y artículos que pretenden difundir las excelencias de este camino . Se insiste particularmente en la idea de que este es un gran proyecto de recuperación histórica que queda al servicio de la sociedad con aspectos tan maravillosos como son las peregrinaciones ,el senderismo , el cicloturismo y la recuperación del tránsito por pueblos olvidados y de la misma Via Augusta como parte de su trayecto. Quedo a vuestra más absoluta disposición para aportar nuestro granito de arena en el conocimiento de nuestra historia . Un saludo afectuoso.

    Salvador Raga Navarro
    PRESIDENTE
    Asociación VIA VICENTIUS VALENTIAE - VIA ROMANA


    www.caminodesanvicentemartir.es
    http://viavicentius.blogspot.com/

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