SANTA ÚRSULA E A LENDA DAS ONZE MIL VIRGENS - 21 de outubro

Úrsula foi uma santa natural da Grã-Bretanha, martirizada por volta do ano 383 em Colônia na Alemanha.

  

Padroeira dos jovens, especialmente as meninas da escola, e de todas as mulheres que se dedicam especialmente ao cuidado e à educação do seu próprio sexo.

Atributos na arte: Flecha, Virgens, Navio, Coroa, Arminho alinhado capa, palma do martírio, o pessoal do Peregrino com uma bandeira branca e vermelha (símbolo cristão da Vitória) cruz, Pomba.

Festa dia: 21 de outubro.

Era filha do rei Dionotus da Inglaterra. Era celebrada no calendário litúrgico em 21 de outubro até 1969 quando foi removida após uma revisão pela origem duvidosa dos fatos.

Úrsula nasceu no ano 362, filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra. Era uma linda menina, meiga, inteligente e caridosa. Cresceu muito ligada à religião, seguindo aos princípios da fé e amor em Cristo.

A fama de sua beleza se espalhou e logo os pedidos de casamento sugiram.

Mas, por motivos políticos, seu pai aceitou a proposta feita pelo duque Conanus, pagão, oficial de um grande exército amigo.

Quando soube que o pretendente não era cristão, Úrsula primeiro recusou, mas depois, devendo obediência à seu pai e rei, aceitou, com a condição de esperar três anos.

Período que achou suficiente para o duque se converter, ou desistir da aliança. Para isso rezava muito junto com suas damas da corte.

Mas parecia ser um matrimônio inevitável.

Em discurso apresentado com chavões e doçura, Ursula aceitou a proposta de Conon com três condições:

  

1) Conon fornecerá dez virgens das mais nobres de sangue para servir Ursula como suas damas e acompanhantes e para cada uma dessas, mil virgens atendente nobres, (e todas as senhoras devem ser ou tornarem-se cristãs).

2) Conon deve esperar três anos antes de casar com Úrsula para que ela e seus 11 mil assistentes possam fazer uma grande peregrinação aos Santuários Sagrados e visitar as relíquias dos santos mártires e santos.

3) Conon deve se tornar um cristão e ser batizado, pois Ursula não pode casar com quem não partilha a sua fé.

Então, para surpresa de Úrsula, Conon concordou!

Ele veio para a Bretanha, encontrar seu pai, e acertar com ele o comprometimento e a viagem dela e de suas acompanhantes.

 Algumas versões da lenda dizem que ele permaneceu na Bretanha para ajudar a governar o reino, enquanto outros dizem que ele viajou com Ursula em castidade divina.

De qualquer maneira, ela dirigiu-se para Colónia, Alemanha, a sua primeira parada, onde ela tem um sonho que, após seu retorno a essa cidade, ela e todas as suas virgens serão massacrados e serem mártires de Cristo.

Ela disse às companheiras suas premonições e elas ficaram surpresas, assim foi durante toda a sua viagem, muito mais anciosa pela volta a Colônia.

Na época acertada a expeição, Ursula partiu com as virgens em dois navios.

 Eram jovens virgens como ela e se casariam também, com guerreiros escolhidos pelo duque Conanus.

As lendas e tradições falam em onze mil virgens, mas, depois, outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que eram onze meninas.

O fato real e trágico foi que, navegando pelo rio Reno, quando chegaram em Colônia, na Alemanha, a cidade estava sob o domínio do exército de Átila, rei dos hunos, povo bárbaro e pagão.

Logo os soldados hunos mataram todos da comitiva e das virgens, apenas Úrsula escapou, pois Átila ficou maravilhado com a beleza e juventude da nobre princesa.

Ele tentou seduzi-la e lhe propôs casamento. Mas, a custo da própria vida, Úrsula o recusou dizendo que já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo.

Cego de ódio ele pessoalmente a degolou. Tudo aconteceu em 21 de outubro de 383. Em Colônia, uma linda igreja guarda o túmulo de Santa Úrsula e suas companheiras.

Desde que Úrsula sofreu o martírio em Colônia, ela é um dos seus três santos padroeiros, os outros dois são os Três Reis do Oriente ,cujas relíquias estão na Catedral, e São Gereon o único que  tem a sua própria igreja.

Como padroeiro da cidade, Ursula está bem representada nas igrejas por toda a cidade, nomeadamente no retábulo e uma escultura na nave da Igreja, bem como todo o ciclo de pinturas de sua legenda na Basílica de Santa Úrsula, pintadas ao longo de muitos anos por muitas mãos.

Além disso, a basílica contém seu túmulo e uma sala muito especial chamada de Câmara de Ouro, que abriga os restos mortais das 11 mil virgens, organizadas em esplendor rococó com a cabeça relicário de ouro e muitos ossos e mensagens para a Virgem Maria nas paredes.

As relíquias foram descobertas em 1106 durante uma escavação nos muros da cidade.

Até o século 13, sua legenda tinha evoluído para o fabuloso fábula que passaram para nós hoje.

Apesar de sua posição como padroeira das meninas da escola e da cidade de Colônia, o dia de festa de Santa Úrsula foi removido do calendário geral da Igreja Católica em 1970, talvez por falta de comprovações históricas a respeito de sua lenda.

Mesmo sem comprovações históricas, o que ao meu ver não siginifca em absoluto que ela não tenha existido de fato, apesar dos exageros da Idade Média, a lenda de Santa Úrsula não deixa de ser uma história belíssima de fé e amor a Cristo e um exemplo de como devemos tudo sacrificar para buscar o Reino de Deus na Terra.

Relicários de Santa Ursula e suas companheiras, da Câmara de ouro de Colônia, Alemanha

 

Na idade média a italiana Ângela de Mérici, leiga e terciária franciscana, fundou uma congregação de religiosas chamada Companhia de Santa Úrsula destinada à formação cristã das famílias através da educação das meninas, futuras mães em potencial. Um avanço para as mulheres, pois até então só os homens eram contemplados com a instrução.

 A fundadora escolheu a Santa Úrsula como padroeira após uma visão que teve. Atualmente as Irmãs Ursulinas, como são chamadas as filhas de Santa Ângela celebrada em 27 de janeiro, estão presentes nos cinco continentes. Com isto a festa de Santa Úrsula, no dia 21 de outubro, se mantem sedimentada e muito robusta em todo o mundo católico.

Santa Úrsula, rogai por nós!