segunda-feira, 24 de julho de 2017

OS SANTOS E SEUS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO I


ÍNDICE:


1- SANTA GERTRUDES DE NIVELLES E OS GATOS

2 - SANTO PAULO EREMITA  E O CORVO

3- SÃO SERAFIM DE SAROV E O URSO

4 - SÃO CORBINIAN E O URSO

5- SÃO FRANCISCO DE ASSIS E O LOBO DE GÚBIO

6 - SÃO JERÔNIMO E SEU LEÃO DE ESTIMAÇÃO

7- LEITURA DO LIVRO DO PROFETA ISAÍAS




1- SANTA GERTRUDES DE NIVELLES E OS GATOS







Escritos confirmam que Santa Gertrudes de Nivelles e suas freiras mantiveram gatos para controlar a população de roedores. Algumas pessoas acreditam que seu patrocínio provavelmente se originou da alegação de que a água de seu poço e o pão cozido em seu forno eram pensados ​​para repelir os ratos.



Outras contas dizem que ela rezou para que os ratos se afastassem e eles fizeram. Por causa do grande êxodo do rato, as pessoas se referiram a ela como a padroeira dos amantes de gatos.




Ela é muitas vezes retratada com um gato perto dela ou com ratos correndo por seu hábito. Os camundongos em suas imagens são representações das almas presas no Purgatório, por quem ela intercedia e tinha devoção. 


2 - SANTO PAULO EREMITA  E O CORVO






O primeiro e mais famoso dos eremitas, tornou-se órfão aos 14 anos. Aos 20, durante a perseguição do imperador romano pagão Décio, fugiu para uma gruta no deserto. Milagrosamente um corvo trazia-lhe um pão cada dia. Quando Santo Antão, considerado o “pai dos monges”, tinha noventa anos, Deus revelou-lhe que havia no deserto outro monge mais antigo e mais santo do que ele; e encarregou-o de ir visitá-lo. 
Enquanto dialogavam, veio o corvo e trouxe duas rações de pão. Paulo, cheio de admiração, disse:

“Vê, como Deus é bom e misericordioso, mandou-nos o nosso manjar. Sessenta anos aqui estou e recebo diariamente um “pãozinho”; por causa de tua visita, mandou-me hoje ração dobrada”. 

Quando São Paulo Eremita morreu, Santo Antão foi avisado miraculosamente e voltou par sepultá-lo, mas não tinha como fazer uma cova,  visto que não existia instrumento nenhum no deserto, com que pudesse remover a terra. Deus veio-lhe em auxilio. Da floresta próxima vieram dois leões, os quais com grandes uivos se deitaram aos pés do cadáver; depois de terem assim dado sinal de gratidão, escavaram na terra uma abertura assas larga e funda, para nela poder-se sepultar o corpo do Santo Eremita. 

Santo Antão rezou sobre o defunto e sepultou-o.



3- SÃO SERAFIM DE SAROV E O URSO




Serafin foi glorificado (canonizado) pela Igreja Ortodoxa Russa em 1903. O Papa João Paulo II referiu-se a ele como um santo. Serafim viveu numa cabana de madeira numa floresta, fora do mosteiro de Sarov e levou um estilo de vida solitário como eremita por 25 anos.

Um dia, uma freira do convento vizinho de Diveyevo, vindo para visitar São Serafins em seu eremitério no bosque perto de Sarov, encontrou o velho monge sendo visitado por um urso. Aterrorizada, a freira soltou um grito. O Santo respondeu batendo levemente no urso e despedindo-o, mas quando a freira se sentou ao lado do ancião, o urso voltou e deitou-se aos pés de São Seraphim. "Eu estava tão aterrorizado como antes", a freira mais tarde gravou, "mas quando eu vi o padre Seraphim, bastante despreocupado, tratando o urso como um cordeiro, acariciando-o e lhe dando pão, eu me acalmei." Seu medo a deixou inteiramente.







4 - SÃO CORBINIAN E O URSO





 São Corbinian, um bispo do século 8 de Freising, na Baviera, viajava por uma estrada para Roma, quando um urso apareceu de repente e matou o cavalo de carga do Santo. O santo bispo repreendeu o urso e o forçou a levar suas malas e carga o resto do caminho para Roma. O urso permaneceu um símbolo tradicional da Arquidiocese de Munique-Freising, e foi apresentado no brasão episcopal de Joseph Ratzinger como chefe daquela arquidiocese, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e finalmente papa.



5- SÃO FRANCISCO DE ASSIS E O LOBO DE GÚBIO


No tempo em que São Francisco morava na cidade de Gúbio apareceu no condado um lobo grandíssimo, terrível e feroz, o qual não somente devorava os animais como os homens, de modo que todos os citadinos estavam tomados de grande medo.

Pelo que São Francisco, tendo compaixão dos homens do lugar, quis sair ao encontro do lobo.
 O lobo foi ao encontro de São Francisco com a boca aberta: e chegando-se a ele São Francisco fez o sinal da cruz e o chamou a si, e disse-lhe assim:

“Vem cá, irmão lobo, ordeno-te da parte de Cristo que não faças mal nem a mim nem a ninguém”.

 Imediatamente após São Francisco ter feito a cruz, o lobo terrível fechou a boca e cessou de correr; e dada a ordem, vem mansamente como um cordeiro e se lança aos pés de São Francisco como morto.


Então São Francisco lhe falou assim:

(...) "prometo te dar continuamente o alimento enquanto viveres, pelos homens desta terra, para que não sofras fome; porque sei bem que pela fome é que fizeste tanto mal. Mas, ... quero, irmão lobo, que me prometas não lesar mais a nenhum homem, nem a nenhum animal: prometes-me isto?”

 (...)
E estendendo São Francisco a mão para receber o juramento, o lobo levantou o pé direito da frente, e domesticamente o pôs sobre a mão de São Francisco, dando-lhe o sinal como podia.
(...)

Então todo o povo a uma voz prometeu nutri-lo continuadamente. 

E depois o dito lobo viveu dois anos em Gúbio; e entrava domesticamente pelas casas de porta em porta, sem fazer mal a ninguém, e sem que ninguém lho fizesse; e foi nutrido cortesmente pela gente; e andando assim pela cidade e pelas casas, jamais nenhum cão ladrava atrás dele.

Finalmente, depois de dois anos o irmão lobo morreu de velhice.



6 - SÃO JERÔNIMO E SEU LEÃO DE ESTIMAÇÃO



Uma tarde, no monastério em Jerusalém,  São Jerônimo sentou-se com outros monges para ouvirem a lição do dia quando um gigantesco leão aproximou-se andando em três patas, com a quarta pata levantada. Os monges correram, cada um para um lado. Mas São Jerônimo calmamente levantou-se e foi ao encontro do hóspede. O leão ofereceu a pata ferida ao bom padre. Jerônimo examinou-a, notou que havia alguns espinhos. Jerônimo retirou com cuidados os espinhos e aplicou uma pomada. O ferimento rapidamente sarou. O gentil cuidado amansou o leão que ia e vinha pacificamente onde estava São Jerônimo como se fosse um animal doméstico. 





Os irmãos sugeriram que o leão poderia ser usado para proteger o jumento que carregava a lenha para o monastério. E assim foi por muito tempo. O leão guardava o jumento enquanto este ia e vinha. Um dia, entretanto, o leão estava muito cansado e dormiu enquanto o jumento pastava. Foi quando egípcios mercadores de óleo levaram o jumento.

O leão lá pelas tantas acordou e passou a procurar o jumento. Com incrível ansiedade procurou-o dia. No final do dia voltou e ficou no portão do monastério parado, consciente de sua culpa o leão não tinha mais o seu andar orgulhoso.

Os outros monges logo concluíram que o leão tinha na verdade comido o jumento. Jerônimo mandou que eles procurassem pela carcaça do jumento. Não encontraram a carcaça, nem outro sinal de violência. Os monges levaram a noticia para São Jerônimo que disse "Eu fico triste pela perda do asno, mas não façam isto com o leão. Tratem dele como antes, dêem comida e ele fará o serviço do jumento. Façam com que ele traga em seu lombo algumas das peças de lenha." E assim aconteceu.

 Um dia, do alto de uma colina, viu na estrada homens montados em camelos e em um jumento. Ele então foi ao encontro deles. Ao se aproximar, reconheceu o amigo e começou a rugir. Os mercadores assustados correram como puderam, deixando o jumento, os camelos e sua carga para atrás.

O leão conduziu os animais para o mosteiro. Quando os monges viram aquela cena inusitada, um leão liderando um jumento e camelos, logo chamaram São Jerônimo. Ele abriu os portões e disse: "Tirem a carga dos camelos e do jumento, lavem suas patas e dêem comida e esperem para ver o que Deus tinha em mente quando nos deu o leão".

Suas instruções foram seguidas, o leão começou a rugir de novo e balançar o rabo alegremente. 
Neste meio tempo, Jerônimo sabendo o que viria disse: "Meus irmãos, preparem refrescos porque novos hóspedes estão chegando e deverão ser tratados dignamente".

Assim se preparam para receber as visitas e em breve os mercadores estavam no portão. Foram bem-vindos, mas vendo os camelos, o jumento e o leão, prostraram-se aos pés de São Jerônimo e pediram perdão pelas sua falhas.  Os mercadores ofereceram metade do óleo que carregavam e mais alguns alimentos para os monges.

São Jerônimo aceitou a oferta e os mercadores partiram com sua benção, voltando alegres para o seu povo. São Jerônimo então disse "vejam, meus irmãos, o que Deus tinha em mente quando nos mandou o seu leão"!














Leitura do Livro do Profeta Isaías (11, 6-10):


6 O lobo e o cordeiro viverão juntos e o leopardo deitar-se-á ao lado do cabrito; o bezerro e o leão comerão juntos e até mesmo uma criança poderá tangê-los. 7 A vaca e o urso pastarão lado a lado, enquanto suas crias descansam juntas; o leão comerá palha com o boi; 8 a criança de peito vai brincar em cima do buraco da cobra venenosa; e o menino desmamado não temerá pôr a mão na toca da serpente. 9 Não haverá danos nem mortes por todo o meu santo monte: a terra estará tão repleta do saber do Senhor quanto as águas que cobrem o mar. 10 Naquele dia, a raiz de Jessé se erguerá como um sinal entre os povos; hão de buscá-la as nações, e gloriosa será a sua morada.

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.




ALGUMAS FONTES:
http://tesourosdaigrejacatolica.blogspot.com.br/2012/06/sao-jeronimo-e-o-leao.html
http://www.catster.com/lifestyle/st-gertrude-patron-saint-of-cats-history-prayer-patricks-day
https://en.wikipedia.org/wiki/Corbinian
https://en.wikipedia.org/wiki/Seraphim_of_Sarov

Nenhum comentário:

Postar um comentário